Ministro da Fazenda diz que Romeu Zema aumentou a dívida de Minas em 55% e deu calote nos pagamentos

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Zema deu calote em credores, afirma ministro Fernando Haddad (Fotos: Reprodução)

O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, usou as redes sociais para responder a críticas do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo) e apontou que a dívida do Estado teve um aumento de 55% no período da gestão do atual governador.

De acordo com o Ministério, no primeiro mandato de Zema – 2019/2022 – a dívida de Minas Gerais aumentou 33%. “Após dois anos já alcançou incremento de 55% no conjunto, passando de R$ 119 bilhões em 2018 para R$ 185 bilhões em 2024”, disse o Ministro.

Fernando Haddad disse ainda que o crescimento da dívida não foi provocado apenas pelos juros, mas também pelo calote. “A dívida cresceu não só pelos juros, mas pelo calote nos pagamentos. No governo Zema, o Estado deu calote em mais de R$ 30 bilhões devidos ao governo federal, em mais R$ 12 bilhões junto a Instituições Financeiras, fora os calotes em outros credores privados, fazendo o Estado um dos mais endividados do país e com brutal crescimento da dívida”, afirmou Haddad.

O ministro disse que Zema não fez o dever de casa, como afirmou o governador em Rede Social. “Mesmo com cinco anos de governo (final de 2023), o Estado seguia não pagando credores privados em dia, com mais de R$ 5 bilhões em restos a pagar processados de exercícios anteriores e saldo de caixa líquido, em fontes do Tesouro não vinculadas, negativo em mais de R$ 5 bilhões, evidenciando que o Estado não tem dinheiro para pagar seus gastos, e dava calote não só na União, mas em outros credores privados do Estado também”, assegurou Haddad.

“Os desafios fiscais são muitos para todos, sem dúvida, mas somos da ala que acredita que calote não se confunde com ajuste fiscal. Até há os que pensam diferente como bem vimos num passado recente, mas nós acreditamos na importância do estado brasileiro dar exemplo e pagar em dia suas obrigações”, alfinetou Fernando Haddad.  “Até por isso, concordamos com o Propag, para quem sabe fazer com que Estados que não honram suas obrigações finalmente possam encontrar um caminho para o verdadeiro ajuste fiscal. É um grande gesto e um grande esforço fiscal da União em prol dos estados brasileiros, especialmente para os mineiros”, finalizou.

O Propag, ao qual se refere é o ministro, é o Programa do governo federal de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados, que visa renegociar as dívidas dos estados e do Distrito Federal com a União.  O Propag foi instituído no ano passado e oferece condições favoráveis para renegociação das dívidas, permitindo que os estados invistam em áreas essenciais como educação, saúde e infraestrutura.

Reportagem: Jotha Lee
Sintram Comunicação


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