Ministro da Educação pode errar português, diz Eduardo Bolsonaro

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Eduardo Bolsonaro defendeu nesta terça-feira (4) a permanência do ministro da Educação, Abraham Weintraub, no governo. O ministro tem sido alvo de constantes críticas de membros da oposição pelos problemas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2019. Weintraub também segue sendo criticado por erros de português que comete com frequência nas redes sociais.

O ministro já escreveu “imprecionante” ao invés de impressionante, “antessessores” ao invés de antecessores,  “paralização”  no lugar de  paralisação. No início do ano, ainda chamou o escritor Franz Kafka de “kafta” em uma audiência no Senado.

Porém, o filho do presidente da República acredita que Weintraub, mesmo com os erros, é um ótimo ministro. “Para mim é o melhor ministro da Educação de todos os tempos”, disse Eduardo.

Quando questionado se um ministro responsável pela pasta da Educação pode escrever errado, o deputado disse que não é o ideal. “Mas às vezes acontece. Vamos combinar que vocês da imprensa também, quando eu leio lá, eu vejo lá um erro, erro de digitação. Acontece”, defendeu o deputado. “Quem é aqui que às vezes não tem uma dúvida com uma palavra e recorre ao dicionário ou ao Google?”, questionou.

A reportagem insistiu e perguntou se tais falhas, que a imprensa às vezes também comete, caberiam para um ministro da Educação e Eduardo perguntou o nome do veículo e seguiu: “eu vou ficar olhando lá o Congresso em Foco e quando tiver um erro eu vou falar, ‘mas da imprensa?'”, brincou em tom humorado.

NO SENADO

O senador Humberto Costa (PT-PE) sugeriu ao presidente Jair Bolsonaro, nesta terça-feira (4), em Plenário, que demita o ministro da Educação, Abraham Weintraub. O senador afirmou que se isso não acontecer brevemente, ele espera, ao menos, que o ministro consiga explicar no Senado o que motivou os erros na correção das provas do Enem. Segundo Humberto, os equívocos desacreditaram o exame e o transformaram em pesadelo para os estudantes que sonham em ingressar no ensino superior.

Para o senador pernambucano, a educação, na administração de Jair Bolsonaro, sofre com retrocessos que se manifestam por meio da cruzada contra o pensamento, da negação da ciência, da interferência na pesquisa e do desmonte de universidades públicas e políticas públicas adotadas em governos anteriores. “Recente comissão externa da Câmara dos Deputados constatou que o ministério não tem sequer um planejamento estratégico, não tem um cronograma para suas ações. Que o Fundeb de 2020, ano em que se esgota a sua validade, não tem uma proposta elaborada pelo governo, por parte do Ministério da Educação, para a sua renovação”, disse.

Na opinião de Humberto Costa, Weintraub não atua com a responsabilidade exigida pelo cargo, usando o seu tempo para promover ataques e disseminar ideias falsas e insanas nas mídias sociais.

Clique aqui e veja a entrevista completa de Eduardo Bolsonaro

Fonte: Agência Senado


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