Renê Nogueira assassinou o gari Laudemir de Souza e foi para a Academia (Foto: Montagem)

O Ministério Público de Minas Gerais (MP) pediu à Justiça o bloqueio de bens do empresário Renê Nogueira Júnior, 47 anos, que assassinou o gari Laudemir de Souza Fernandes em Belo Horizonte. Em parecer anexado aos autos do processo, o MP requereu o bloqueio de até R$ 3 milhões, “com preferência para dinheiro em espécie ou depositado em qualquer modalidade de instituição e aplicação financeira”. Na visão do MP, a medida deve atingir também a esposa do suspeito, por entender que, como dona da arma de fogo usada no crime, ela responde solidariamente pelo caso. 

O pedido inicial partiu da defesa da vítima. No parecer enviado à Justiça, o MP entendeu que o padrão de vida exposto pelo casal nas redes sociais e as trajetórias profissionais de ambos “fazem presumir a capacidade financeira para arcar com uma vultuosa quantia indenizatória”. O pedido leva em conta o risco de que, com a repercussão do caso na sociedade, o casal possa desviar parte do patrimônio, lesando o interesse legítimo dos familiares da vítima.

CONFISSÃO

Renê Nogueira Júnior confessou ter matado o gari Laudemir Fernandes. A confissão foi realizada em depoimento no Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), nesta segunda-feira (18). A informação foi confirmada oficialmente pela Polícia.

Durante o interrogatório, o empresário informou que atirou contra o gari Laudemir durante uma discussão de trânsito e que cometeu o crime de homicídio. Disse também que a esposa dele, a delegada Ana Paula Lamego Balbino Nogueira, não tinha conhecimento de que ele pegou a arma. Ele informou, ainda, que esta foi a primeira vez que ele usou o armamento dela.

A confissão do crime foi feita logo após os advogados de Renê anunciarem que abandonaram a defesa do empresário.

Renê foi preso em uma academia no último dia 11, horas após a morte de Laudemir. O empresário ameaçou a motorista do caminhão da limpeza urbana porque queria passar com o carro na rua onde o veículo estava parado. Os colegas de equipe foram defender a mulher, momento em que o empresário atirou e atingiu o gari.

Com informações do MP

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