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Estupro, assédio sexual, violação sexual mediante fraude e importunação sexual. Esses são os crimes pelos quais poderá responder o médico, Danilo Costa, de 46 anos, denunciado por 15 vítimas em Itabira e Barão de Cocais, cidades da região central de Minas Gerais. O suspeito, preso no dia 4 deste mês, foi indiciado após investigações coordenadas pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG).
Entre as vítimas estão nove pacientes e seis funcionárias do hospital onde o profissional atuava. As apurações se iniciaram após uma mulher denunciar ter sido estuprada durante uma consulta com o suspeito, em uma unidade hospitalar de Itabira. Segundo ela, assim que entrou no consultório, foi agarrada e violentada.
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No curso das investigações, foram ouvidas outras vítimas, colegas de trabalho do suspeito e funcionários do hospital em que o médico prestava serviços. “Conseguimos perceber um padrão das vítimas. Elas eram muito vulneráveis, seja por uma doença ou por alguma questão de conflito familiar”, destacou o delegado que conduziu as investigações, João Martins Teixeira.
APURAÇÕES
Em um dos casos, denunciado no dia 24 de janeiro deste ano, ficou constatado por meio de laudos periciais a presença de PSA no corpo da vítima, proteína produzida pelas células epiteliais da próstata.
De acordo com o delegado, o exame deu negativo para a presença de espermatozóide. “Isso indica que o material colhido pertence a um homem vasectomizado. Durante as investigações, conseguimos verificar que esse suspeito havia feito essa cirurgia [vasectomia] tempos antes. Isso é mais um indício que robustece as investigações”, explicou.
Ainda segundo João Teixeira, há suspeitas de que possa haver outras vítimas de cidades da região. “Por isso, a Polícia Civil permanece vigilante e aberta para receber novas denúncias. Caso necessário, outro inquérito policial será instaurado”, informou. O delegado informou, ainda, que o médico permaneceu em silêncio durante depoimento à Polícia Civil.
VÍTIMAS
As vítimas, com idades entre 35 e 52 anos, eram pacientes e funcionárias do hospital onde o profissional atuava. A equipe da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) iniciou as investigações após uma paciente denunciar o abuso ocorrido durante atendimento com o suspeito para o tratamento de um câncer. Com o início das investigações, novas vítimas relataram abusos sexuais semelhantes cometidos pelo suspeito.
Entre algumas medidas cautelares já adotadas pela Jusitça, está a suspensão do passaporte do médico. O médico continuará preso, conforme pediu o Ministério Público.
Com informações da Polícia Civil