Maria Fumaça do Bairro Esplanada é tombada pelo Patrimônio Histórico de Divinópolis

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O prefeito de Divinópolis, Galileu Machado MDB), assinou o decreto de tombamento definitivo da Maria Fumaça 340, hoje uma relíquia da era de ouro do transporte ferroviário na cidade. Exposta na Praça do Ferroviário do Bairro Esplanada, a Maria Fumaça tem valor artístico, estilístico, cultural e histórico, que foram decisivos para o reconhecimento do município ao bem histórico, de acordo com a lei municipal de Proteção do Patrimônio Cultural. O decreto oficializando o tombamento foi publicado na edição desta quinta-feira (14) no Diário Oficial dos Municípios.

A Maria Fumaça foi construída na década de 1940

De acordo com o decreto, o bem cultural fica sujeito às diretrizes de proteção estabelecidas pela Lei Complementar n° 189, de 25 de março de 2019, não podendo ser destruído, mutilado ou sofrer intervenções sem prévia deliberação do Conselho Municipal do Patrimônio Cultural de Divinópolis e aprovação da Secretaria Municipal de Cultura.

“Quaisquer intervenções físicas a serem realizadas no referido bem tombado neste Decreto deverão ser previamente aprovadas pelo Conselho Municipal do Patrimônio Cultural de Divinópolis”, destacou o decretou assinado pelo prefeito Galileu Machado. Ainda conforme o decreto, a conservação do bem é de interesse público, por sua vinculação a fatos memoráveis da história ou por seu valor arqueológico, etnológico, bibliográfico ou artístico.

Para a historiadora da secretaria Municipal de Cultura, Karine Mileibe, o tombamento definitivo do bem é um reconhecimento do processo de desenvolvimento da cidade. “Mais um bem da história da cidade e da ferrovia está protegido pelo tombamento. Não tínhamos até então um bem imóvel tombado dessa importância. Foi a segunda Maria fumaça construída nas oficinas de Divinópolis no período da segunda guerra mundial”, afirmou a historiadora.

Karine Mileibe conta que a Maria Fumaça foi construída na década de 1940, durante a segunda guerra mundial. “Essa Maria Fumaça fazia viagens nas linhas do município. Foi um marco, pois representa a vinda da ferrovia para Divinópolis. E quando a ferrovia se instalou no município, terrenos foram comprados para a construção da vila operária. Tudo era novidade na época”, destacou Karine Mileibe.

O historiador Eliseu Ferreira destaca que essa foi a terceira locomotiva construída em Divinópolis e que todas eram identificadas por números. “Essa do Bairro Esplanada era a número 340. A primeira foi a 225 e a segunda foi a de número 339. Muita gente já usou essa locomotiva para trafegar nacionalmente. Ela era movida a vapor e fez por muitos anos toda a rota do estado até Goiás. Puxava, junto com os passageiros, alguns tipos de carga. Essa locomotiva rodou até o princípio da década de 70”, contou o historiador.

Com informações da Diretoria de Comunicação


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