Justiça manda afastar o vereador Rodrigo Kaboja e Eduardo Print Júnior da presidência da Câmara; assessora parlamentar é investigada

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Eduardo Print Júnior e Rodrigo Kaboja foram afastados dos cargos sob acusação de corrupção

Objetivo é combater os crimes de corrupção ativa e passiva praticados em um contexto de proposição/aprovação de projetos de lei de alteração de zoneamento urbano municipal

O Ministério Público de Minas (MPMG) deflagrou na manhã desta quinta-feira, 25 de maio, a Operação Gola Alva, denominação que tem como referencial práticas criminosas não-violentas, com motivação financeira, envolvendo pessoas de status social e autoridades públicas. Estão sendo cumpridos seis mandados de busca e apreensão na cidade de Divinópolis. Os alvos são dois vereadores, três empresários locais e uma servidora do Poder Legislativo.

A decisão judicial contemplou, ainda, como medidas cautelares, o afastamento do cargo do vereador Rodrigo Kaboja (PSD) e o afastamento da função de presidente da Câmara Municipal de Eduardo Print Júnior (PSDB). Eles estão proibidos de contato entre os investigados. O procedimento investigatório criminal segue em tramitação. Além dos vereadores, estão sendo investigados os empresários Hamilton Antônio Oliveira (ex-Diredil), Eduardo Costa Amaral, Márcio  Domingues Júnior e Nicácio Diegues Júnior. A assessora parlamentar do vereador Rodrigo Kaboja, Cássia de Souza Gontijo Amaral também está sendo investigada. O MP pediu a prisão de Cássia, mas o juiz Mauro  Riuji Yamani negou o pedido.

Trata-se de operação desencadeada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) Regional de Divinópolis e pela Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público, com o apoio da Polícias Militar e Civil. O objetivo é combater os crimes de corrupção ativa e passiva praticados em um contexto de proposição/aprovação de projetos de lei de alteração de zoneamento urbano municipal.

Conforme o MP, a investigação, que se estendeu por seis meses, escancarou a cultura de arranjos de conveniência e troca de favores escusos, mediante a sistemática mercantilização de alterações legislativas, nas quais resplandecem, exclusivamente, os interesses particulares e financeiros dos envolvidos.

A Operação Gola Alva contou com a participação de dois promotores de Justiça, seis agentes do Gaeco, dois servidores do Ministério Público, nove policiais militares e nove policiais civis.

Aguarde mais informações

Com informações do MPMG

  • Essa reportagem foi atualizada as 10h25 para acrescentar novas informações

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