
O prefeito da cidade de Bambuí, Firmino Júnior (Podemos), que durante os dois primeiros meses de seu mandato à frente da administração da cidade causou enormes danos a 235 trabalhadores que prestaram serviços de limpeza urbana ao município, foi obrigado a pagar parte das dívidas trabalhistas contraídas pela Franpav, empresa terceirizada pela gestão passada.
A Franpav foi contratada pelo ex-prefeito Olívio Teixeira para a prestação de serviços de limpeza urbana ao custo de R$ 10 milhões. Com 235 trabalhadores terceirizados, a empresa era responsável pela limpeza urbana e de esgotos, entre outras atividades de manutenção da cidade. No final do ano passado, a Franpav não conseguiu honrar seus compromissos e a prestação de serviços foi interrompida. Os trabalhadores foram demitidos sem receber os pagamentos atrasados e as rescisões contratuais.
O Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Divinópolis e Região Centro-Oeste (Sintram), representado pelo presidente Marco Aurélio Gomes e outros diretores, esteve m Bambuí por três vezes atendendo a pedido dos trabalhadores da Franpav. Foram feitas várias tentativa de acordo para o acerto da dívida, porém o prefeito que deixou o governo no final do passado, Olívio Teixeira, e o prefeito que assumiu o cargo em janeiro, Firmino Júnior, não demonstraram nenhuma vontade política para sanar o problema e se negaram a quitar a dívida.
O Sintram denunciou o caso no Tribunal Regional do Trabalho e finalmente a justiça obrigou o prefeito Firmino Júnior a depositar parte dos valores em uma conta do Banco do Brasil. A decisão ocorreu após uma audiência de conciliação realizada na 2ª Vara do Trabalho da cidade de Formiga, mediada pelo juiz substituo Luciano José de Oliveira. Em nota publicada em seu perfil em uma rede social, a Prefeitura de Bambuí disse que os valores depositados judicialmente pela Prefeitura relativos ao mês de dezembro/2024 serão destinados ao pagamento dos colaboradores terceirizados, com as contas indicadas pela empresa e informadas também na Prefeitura”.
A Prefeitura está pagando os valores determinados pela Justiça relativos a dezembro, entretanto, centenas de ações judiciais trabalhistas ainda estão correndo na Justiça para o pagamento das rescisões contratuais, que incluem, além dos direitos trabalhistas, dívidas que ficaram pendentes de meses anteriores.
Reportagem: Jotha Lee
Sintram Comunicação