
Um foragido da Justiça brasileira, condenado a penas que somam mais de 23 anos de prisão pelos crimes de tráfico de drogas, associação criminosa, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e outros delitos, foi capturado nos Emirados Árabes Unidos, em uma ação integrada que envolveu o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), a Polícia Federal (PF) e a Interpol.
Natural de Uberlândia, o influenciador Lohan Ramirez, foi um dos principais alvos das operações Diamante de Vidro, Má Influência e Erínias, conduzidas pelo MP. As operações apuraram a atuação de organizações criminosas voltadas ao tráfico de drogas, movimentação ilícita de capitais e até um suposto esquema para atentar contra autoridades de segurança pública.
A localização e a prisão do foragido foram possíveis após trabalho de inteligência que reuniu diversos órgãos de segurança. O nome de Lohan Ramirez foi incluído na difusão vermelha da Interpol após requerimento formulado pelo MP e decisão da 1ª Vara Criminal de Uberlândia, o que possibilitou a prisão em território estrangeiro, onde, segundo apurado, ostentava uma vida de luxo.
Com a prisão do influenciador, serão realizados os trâmites burocráticos visando a sua extradição para o Brasil, onde cumprirá as penas já impostas pela Justiça, inclusive com trânsito em julgado.
Lohan Ramirez foi alvo da operação Diamante de Vidro, voltada a combater o tráfico de drogas, receptação, estelionato e lavagem de capitais. Como resultado de uma das fases da operação, foi condenado a uma pena de sete anos e seis meses de reclusão. Outra etapa da operação, resultou na condenação a três anos de reclusão.
O nome da operação Má Influência foi dado em razão de Lohan Ramirez atuar como influenciador digital, com mais de meio milhão de seguidores, mas, na realidade, promover a venda ilegal de anabolizantes, além de praticar lavagem de dinheiro por meio da aquisição de joias, veículos de luxo e ocultação de dinheiro em espécie. Como resultado dessa operação, até o momento, ele foi condenado a uma pena de 12 anos, 11 meses e 18 dias de prisão.
Também foi um dos principais investigados da operação Erínias, que apurou um esquema para assassinar autoridades da comarca de Uberlândia. Segundo o MP de Uberlândia, Lohan Ramirez ainda é réu em outros processos pendentes de decisão judicial.
Com informações do MP