O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga nesta quarta-feira (28) os primeiros números oficiais do Censo 2022, que trará a contagem oficial da população de todos os municípios brasileiros, além de fornecer uma série de outras informações para orientar as políticas públicas da União, estados e municípios. A última contagem oficial da população aconteceu em 2010 e por um período de 12 anos, o número de habitantes das cidades brasileiras foi calculado através de estimativas matemáticas. De acordo com o IBGE, o Censo 2022 esteve a um passo de ser comprometido. A falta de apoio para acesso dos recenseadores a áreas remotas ou carentes e resistência de alguns cidadãos abastecidos por notícias falsas por pouco fizeram o equivalente a quase um estado do Rio de Janeiro deixar de ser contado.
Em Divinópolis, o IBGE não conseguiu fazer a contagem em cerca de três mil domicílios. “Ou as residências estavam fechadas ou o morador se recusou a receber o recenseador”, explica o chefe da agência do IBGE em Divinópolis, José Ferreira Rodrigues.
Conforme o Portal do Sintram antecipou em reportagem exclusiva publicada no dia 29 de maio, o número oficial de habitantes de Divinópolis sofrerá uma significativa redução em relação à última estimativa populacional divulgada pelo IBGE em dezembro de 2021, quando o Instituto calculou uma população de 242.500 habitantes para o município. Pela contagem oficial do Censo 2022, a população da cidade ficará em torno de 230 mil habitantes. “Esse número pode variar para mais ou para menos, com maior probabilidade de variar para menos”, informou José Ferreira Rodrigues. A confirmar os 230 mil moradores, Divinópolis perderá mais de 12.500 habitantes em relação à estimativa feita pelo IBGE em 2021, o que corresponde a uma cidade do porte de Martinho Campos.
A última contagem oficial da população brasileira através do Censo foi feita pelo IBGE em 2010, ano em que Divinópolis contabilizou 213.016 moradores. Com a possibilidade de a população oficial ficar em 230 mil no Censo 2022, o crescimento da população da cidade nos últimos 12 anos foi de apenas 7,9%.
De acordo com José Ferreira Rodrigues, uma dos fatores que mais influenciaram na estagnação da população da cidade foi a falta de investimentos, especialmente na abertura de vagas de emprego que pudessem atrair trabalhadores de outras regiões do estado. Ele cita como exemplo a cidade de São Sebastião do Oeste, cuja população deverá crescer em torno de 20% em relação à estimativa de 2021. Segundo José Ferreira, em São Sebastião do Oeste houve investimentos importantes que atraíram muitos trabalhadores que engrossaram a população da cidade.
Reportagem: Jotha Lee
Comunicação Sintram