Greve paralisa aulas no Cefet; professores da Universidade Federal de São João Del Rei entram em estado de greve

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A greve paralisou as aulas na unidade do Cefet em Divinópolis (Foto: site/Cefet)

Os professores das universidades federais, institutos federais e centros federais de educação tecnológica iniciaram uma greve nacional nesta segunda-feira (15). Os trabalhadores rejeitaram a proposta apresentada pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos na última Mesa Setorial Permanente de Negociação, ocorrida quinta-feira (11).

De acordo com o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições do Ensino Superior (Andes), a proposta apresentada pelo governo federal foi de reajuste salarial zero, com aumentos apenas no auxílio alimentação, que passaria de R$ 658, para R$ 1 mil; no valor da assistência pré-escolar, de R$ 321,00 para R$ 484,90, além de 51% a mais no valor atual da saúde suplementar.

A proposta foi rejeitada em reunião com a participação de 34 seções sindicais do setor, que também votaram pelo movimento paredista resultando em 22 votos favoráveis, sete contrários e cinco abstenções.

Na pauta nacional unificada, os docentes pedem reajuste de 22,71%, em três parcelas de 7,06%, a serem pagas em 2024, 2025 e 2026. Também estão na pauta a revogação da portaria do Ministério da Educação 983/20, que estabelece aumento da carga horária mínima de aulas e o controle de frequência por meio do ponto eletrônico para a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica. A revogação do Novo Ensino Médio e da Base Nacional Comum para a Formação de Professores (BNC-Formação) também estão em discussão.

O Comando Nacional de Greve (CNG) foi instalado nesta segunda-feira (15) em Brasília. Nesta terça-feira (16), até o dia 18 de abril, o movimento dará início à Jornada de Luta “0% de reajuste não dá!”, convocada pelo Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe). Está prevista ainda a realização de uma semana de atividades locais nas instituições entre 22 e 26 de abril.

Em nota, o Ministério da Gestão informou que, além de formalizar a proposta apresentada na última quinta-feira, também foi assumido o compromisso de abrir, até o mês de julho, todas as mesas de negociação específicas de carreiras solicitadas para dar tratamento às demandas e produzir acordos que sejam positivos aos servidores.

De acordo com o órgão, já há dez mesas tratando de reajustes para a educação com acordos consensualizados e oito estão em andamento. Além disso, foi criado um grupo de trabalho para tratar da reestruturação do Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação (PCCTAE). “O relatório final do GT, entregue no dia 27/3 à ministra da Gestão, Esther Dweck, servirá como insumo para a proposta do governo de reestruturação da carreira, que será apresentada aos servidores na Mesa Específica de Negociação”, informou o Ministério

DIVINÓPOLIS   

A greve nacional atinge diretamente Divinópolis. O Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet/MG) confirmou a paralisação dos 70 professores que lecionam na unidade de Divinópolis. Segundo o Cefet, na semana passada a categoria decidiu aderir à paralisação nacional. Nesta segunda-feira (15) não houve nenhuma atividade em sala de aula.

Já a Universidade Federal de São João Del Rei (UFSJ) continua com suas atividades normais. De acordo com a Assessoria de Comunicação da instituição, na semana passada houve uma reunião entre o Sindicato representante da categoria e a direção da UFSJ. Nesta reunião ficou acordado que os professores da instituição, decretariam estado de greve.

Ainda de acordo com a assessoria, as aulas estão normais nesta segunda-feira em todas as unidades da UFSJ. Explicou que o estado de greve significa que a qualquer momento os professores poderão aderir ao movimento nacional. Ainda segundo a assessoria, os técnicos da instituição completaram 30 dias de greve no último dia 11.

Reportagem: Jotha Lee
Comunicação Sintram
Com informações da Agência Brasil

 

 


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