O governador Romeu Zema (Novo) está forçando a municipalização das escolas estaduais, mesmo confrontando a opinião contrária da população e dos professores. Em 2021, Zema lançou o Projeto Mãos Dadas, cujo objetivo é transferir o ensino fundamental para os municípios. Mais de 750 prefeituras, entre elas a de Divinópolis, receberam a proposta do governo estadual. Até agora, de acordo com a Agência Minas, a agência oficial do governo do Estado, 154 prefeituras já aderiram ao Projeto Mãos Dadas.
Na Assembleia Legislativa, o assunto vem sendo discutido na Comissão de Educação, que denunciou a tática usada pelo governo do Estado, que está ameaçando fechar escolas para que os municípios se vejam forçados a fazer a municipalização.
Em Divinópolis, a Escola Estadual do Bairro Vale será fechada até o final do ano. A informação foi dada pela própria superintendente regional de Ensino, Luiza Amélia Coimbra, em reunião com a comunidade escolar na semana passada. Segundo a superintendente, os alunos serão transferidos para a Escola Municipal Padre Guaritá. A princípio, a escola do Bairro Belo Vale passará a ser um anexo da escola Padre Guaritá.
Situação semelhante já está em andamento, com o provável fechamento das escolas estaduais São Vicente e Nossa Senhora do Sagrado Coração, que também serão transformadas em anexos de escolas da rede municipal.
Essa semana a secretária municipal de Educação, Andréia Dimas, em nota oficial, chamou as notificas sobre a municipalização de “inverdades, fake news”. Entretanto a secretária permanece em silêncio sobre a transformação de escolas estaduais em anexos da rede municipal.
OLIVEIRA
Situação semelhante vive a cidade de Oliveira. O fechamento da Escola Estadual Mário Campos e Silva, já está sem debate na Assembleia. De acordo com a ALMG, no dia 9 desse mês, a administração da escola foi surpreendida com o anúncio de encerramento de suas atividades no final deste ano. A justificativa apresentada pela Superintendência Regional de Ensino teria sido a identificação de problemas estruturais no prédio onde funciona a escola.
Fundada em 1957, a Escola Estadual Mário Campos e Silva tem cerca de 700 alunos, divididos em 26 turmas do sexto ao nono ano e de Educação para Jovens e Adultos (EJA). A notícia do possível fechamento da instituição de ensino gerou grande mobilização da comunidade local, de acordo com informações do deputado Lucas Lasmar, que tem a cidade de Oliveira como sua principal base eleitoral.
O parlamentar avalia que essa decisão pode levar ao aumento da evasão escolar. “As escolas para as quais os 700 alunos seriam transferidos estão situadas a uma distância considerável das instalações atuais, o que dificultaria o transporte dos estudantes”, afirma. “Além dos prejuízos educacionais, ressaltamos também o valor histórico dessa instituição que, ao longo de 66 anos, tem moldado gerações de oliveirenses”, completa.
O Escola Mario Campos oferece toda a estrutura necessária para o conforto e desenvolvimento educacional dos seus alunos, como por exemplo: Internet, Banda Larga, Refeitório, Biblioteca, Quadra Esportiva, Quadra Esportiva Coberta, Laboratório de Ciência, Laboratório de Informática, Auditório, Pátio Descoberto, Área Verde, Sala do Professor e Alimentação.
Reportagem: Jotha Lee
Comunicação Sintram