Empresas de ônibus vão embolsar mais de R$ 9 milhões esse ano para manutenção do congelamento da tarifa
manter a tarifa do transporte coletivo congelada no valor de R$ 4,15. Esse valor foi fixado em 2021 e nos últimos três anos a Prefeitura está bancando as empresas do transporte coletivo através do chamado “complemento tarifário”, o que garante o congelamento da tarifa.
Nos últimos três anos, as empresas concessionárias do transporte coletivo embolsaram R$ 19,3 milhões da Prefeitura para garantir o vale transporte sem reajuste. Em 2022 a Prefeitura pagou R$ 5,7 milhões a título de complemento tarifário, em 2023 o valor subiu para R$ 6,3 milhões, e no ano passado foram mais R$ 7,2 milhões. Esses recursos foram repassados em parcelas mensais às empresas e, esse ano, o subsídio deverá ficar acima de R$ 9,1 milhões.
COPASA
Em vídeo postado no Instagram, o prefeito Gleidson Azevedo disse que vai usar os R$ 70 milhões pagos pela Copasa para bancar o subsídio do transporte público. Apesar de o prefeito insistir que esse dinheiro foi uma indenização ao município, na verdade foi o valor pago pela Copasa para comprar a permanência da companhia na prestação de serviços de abastecimento de água e tratamento do esgoto em Divinópolis. Como compensação, o prefeito repassou para a Copasa o abastecimento de água em 23 comunidades rurais, que deverão começar a pagar a tarifa pelo abastecimento ainda esse ano.
A Copasa já iniciou a avaliação dos sistemas de abastecimento existentes nessas comunidades rurais. Após essa avaliação, serão feitos os projetos de saneamento para permitir a contratação das obras de adequação aos padrões da Copasa para prestação de serviços de abastecimento de água e iniciar a cobrança da tarifa, que será a mesma utilizada na zona urbana. A tarifa será cobrada nas seguintes comunidades rurais: Ferrador, Lago das Roseiras, Buritis, Boa Vista, Choro, Costas, Quilombo, Mata dos Coqueiros, Branquinhos, Córrego Falso, Cachoeirinha, Amadeu Lacerda, Perobas, Djalma Dutra, Lagoa, Lajes, Lava-pés, Laginha, Tamboril, Cacoco, Cachoeirinha Ponte de Ferro, Córrego do Paiol e Lopes.
R$ 70 MILHÕES
Os R$ 70 milhões pagos pela Copasa ao Município no ano passado em troca de sua permanência no município e faturar, sem licitação, o abastecimento de água nessas comunidades rurais, começarão a ser utilizados agora, conforme garantiu o prefeito. “Enquanto a gente tiver condição, a gente vai continuar subsidiando [as empresas do transporte]. A Prefeitura vai usar uma pequena parte daquela indenização dos R$ 70 milhões para subsidiar o vale transporte”, disse o prefeito em vídeo na rede social.
Reportagem: Jotha Lee
Comunicação Sintram