Prefeitura e concessionária garantem que não há risco de paralisação e negociações já estão em andamento

A coleta de lixo em Divinópolis está ameaçada e uma paralisação dos serviços não está descartada. O motivo é a insatisfação dos 62 trabalhadores que prestam serviços à Engesp Construções, empresa terceirizada responsável pela coleta do lixo urbano em Divinópolis. Em nota divulgada no início da manhã desta quarta-feira (23) a Prefeitura confirmou que as manifestações dos coletores começaram na segunda-feira, quando oito trabalhadores não compareceram ao trabalho.
A Empresa responsável pela coleta do lixo em Divinópolis é a Engesp Construções, cujo contrato de prestação de serviços foi assinado em 2022. A empresa recebe, anualmente, pouco mais de R$ 10 milhões (R$ 10.094.713,20) para a prestação do serviço, sem os aditivos contratuais assinados ao longo dos últimos dois anos. O contrato com a empresa foi renovado no início desse ano e termina em abril de 2027.
O Portal do Sintram apurou que, entre outras reclamações, os garis reclamam de assédio e das precárias condições de trabalho, inclusive relacionadas a equipamentos de segurança. A Prefeitura disse que a direção da Secretaria de Serviços Urbanos (Semsur) esteve na sede da Engesp, no Bairro Espírito Santo, antes do início do turno de trabalho desta quarta-feira (23). Disse que foram ouvidas as demandas dos trabalhadores, porém não informou quais são essas reivindicações.
A Prefeitura disse, ainda, que além de representantes da empresa, também participaram da reunião trabalhadores, sindicato e a equipe da Secretaria Municipal de Operações e Serviços Públicos (Semosp). “Durante o encontro, todos os pontos levantados foram debatidos, resultando em consenso entre as partes envolvidas”, informa a nota oficial.
Foi formada uma Comissão dos coletores de resíduos que vai acompanhar as negociações entre empresa, sindicato e Prefeitura. A Engesp não se pronuncia e diz que “todas as informações serão fornecidas pela Prefeitura”.
O QUE ACONTECEU
Nos últimos três dias os coletores de resíduos fizeram algumas manifestações, entre elas uma espécie de operação tartaruga, que reduziu a coleta em vários pontos da cidade. Algumas ruas, principalmente nos bairros mais afastados da região central, acumularam grandes quantidades de lixo, uma vez que a coleta foi completamente suspensa. A Prefeitura assegurou que no momento a situação está contornada, acrescentando que nesta quarta-feira todos os 62 coletores estão trabalhando normalmente, enquanto aguardam o andamento das negociações para atendimento de suas reivindicações.
TAXA
A população paga uma taxa anual da coleta de lixo que já vem embutida na conta do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU). A menor taxa para a coleta residencial é de R$ 53,19 e a maior é de R$ 1.489,32. A taxa é calculada com base na área construída do imóvel.
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Reportagem: Jotha Lee
Sintram Comunicação
Eu sou coletor,mas em outa cidade,outro estado. Mas creio que as condições de trabalho desses coletores não seja muito diferente das que nós aqui vivemos. Eu só acho que pelo serviço que nós coletores prestamos,o salário é até vergonhoso… Aqui nós tambem estamos brigando por aumento de salário,mas a empresa não quer aceitar. Eu acho que as prefeituras deveriam tomar vergonha na cara e tomar uma atitude quanto a isso,pq por mais que não sejamos funcionários públicos, nós estamos prestando um serviço para toda a população,e as prefeituras deveriam exigir já no ato de assinatura de contrato com as empresas ja exigir um pagamento de salário digno e não um salário minimo… Oque se faz hoje com um salário minimo pagando aluguel e com filhos dentro de casa??