Ex-prefeito de Bambuí joga no lixo testes de Covid, HIV e Hepatite e população fica sob risco de contaminação

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O material descartado foi encontrado na tarde de sábado (Fotos: Reprodução/Instagram – Prefeitura)

A Prefeitura de Bambuí detectou no início da tarde de sábado (4), uma grande quantidade de produtos farmacêuticos literalmente jogados no lixo. O material foi encontrado em um imóvel de propriedade do município, localizado à Rua Joaquim Eliziário Magalhães 85, no Centro da cidade.  O imóvel se encontrava fechado desde o ano passado e o material, que pode ser altamente contagioso, foi descoberto após uma denúncia anônima.

De acordo com a Prefeitura, “45 caixas contendo testes de COVID-19, HIV, Hepatite e outros, além de um grande número de produtos odontológicos, inclusive reagentes e anestesias” foram encontradas abandonadas no imóvel.  Ainda não há informações detalhadas sobre o material, entretanto dados relevantes como data de vencimento de todos os produtos e as causas em que foram jogados no lixo sem serem utilizados ainda precisam ser esclarecidos.

Sabe-se que o produto, adquirido com verba do governo federal, não foi utilizado e o mais grave é que entre o material descartado estão testes importantes, como covid-19 e HIV. De acordo com a Prefeitura o material foi descartado no local há pouco mais de três meses. “Estima-se, a partir do relato de um trabalhador da Franpav [empresa terceirizada], dado à Polícia Militar e que detinha a chave do local, que os materiais foram despejados há cerca de três meses”, disse a Prefeitura. O imóvel foi interditado com o aviso “risco biológico”.

A Prefeitura disse ainda que a Vigilância Sanitária constatou risco biológico de contaminação.  “Pedimos que nenhum cidadão entre no espaço sem a devida autorização”, disse o Executivo em nota oficial.

Ainda não há informações sobre quando o material será retirado nem para onde será encaminhado. A Prefeitura também não forneceu nenhuma informação sobre a procedência do material descartado.

O Portal do Sintram tentou contatos com a ex-secretária municipal de Saúde, Cláudia Oliveira, e também com o ex-prefeito Olívio Teixeira, que a princípio são suspeitos de terem autorizado o descarte do material contagioso no imóvel da Prefeitura e aguarda retorno.

Reportagem: Jotha Lee
Comunicação Sintram


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