Ex-prefeita de Santa Luzia é condenada a 36 anos de prisão por corrupção e outros crimes

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A ex-prefeita de Santa Luzia, na região metropolitana de Belo Horizonte, Roseli Ferreira Pimentel, foi condenada a 36 anos de prisão e quase R$ 372 mil em multas por lavagem de dinheiro, corrupção passiva e ativa e associação criminosa. A decisão é da 3ª Vara Criminal e da Infância e Juventude da cidade.

Roseli foi acusada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) de ter comprado um imóvel de R$ 3 milhões com dinheiro público, que teriam sido pagos por propina. Durante as apurações do órgão, ainda houve acusação de que ela, junto ao ex-marido, Efraim da Silva Dias, e o empresário Paulo Eduardo Berbert, teriam se juntado para cometer os crimes de lavagem de dinheiro e falsidade ideológica.

Roseli foi considerada culpada por oito crimes, no total, contra a administração pública. Por ora, Roseli não será presa e teve direito de recorrer das condenações em liberdade. A defesa da ex-prefeita informou que já recorreu da decisão. Das acusações, seis delas são de lavagem de dinheiro. Em maio deste ano, ela foi absolvida de uma outra acusação, de assassinato. Ainda há possibilidade de recurso nos dois casos. Conforme a decisão, as penas somadas em todas os crimes são de 36 anos e 1 mês de reclusão em regime fechado, e 770 dias-multa, que equivalem a dois terços do salário-mínimo à época das acusações, de 2016, fixado em R$ 724.

Efraim Silva Dias foi condenado a 21 anos de reclusão em regime fechado e pagamento de 300 dias-multa. Ele também poderá recorrer em liberdade, e teve acusações aprofundadas por ser policial aposentado. O imóvel comprado pelo casal deve ter propriedade transferida ao Estado de Minas Gerais. Ainda, o empresário Paulo Eduardo Berbert Lopes também foi condenado pelas práticas criminosas a 29 anos e 10 meses de reclusão em regime fechado e pagamento de 470 dias-multa. O empresário poderá responder em liberdade.

DEFESA

“A defesa técnica de Roseli Ferreira Pimentel informa que o recurso cabível já foi interposto e que todas as questões relacionadas à sentença serão discutidas no âmbito do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais (TJMG)”, informou nota encaminhada pelo advogado de Roseli.

Fonte: Jornal O Tempo

 

 


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