Um garoto de 11 anos foi brutalmente espancado na saída da Escola Municipal João Severino de Azevedo, no Bairro Davanuze, na quinta-feira (12). A Prefeitura, que até então permanecia em silêncio, se manifestou nesta segunda-feira (16) em nota oficial, após ser provocada por um veículo de imprensa.
O boletim de ocorrência da Polícia Militar diz que a agressão ocorreu durante o horário de aulas, mas a Prefeitura nega. Segundo o B.O, o garoto foi segurado por um colega de turma enquanto outro aluno desferia diversas pauladas nas costas e no rosto da vítima. Informação não confirmada, diz que um dos alunos agressores estava de posse de uma faca. A idade dos agressores não foi revelada.
Apesar da violência do caso, a Prefeitura admite que a família da vítima só foi comunicada pela escola no dia seguinte. Na nota publicada nesta segunda-feira, a Prefeitura diz que a agressão ocorreu fora do ambiente escolar e do horário de aulas. “A situação não ocorreu dentro do ambiente escolar, tampouco durante o horário de aulas. Na ocasião, a vice-diretora da escola, em seu trajeto de volta para casa, identificou três adolescentes envolvidos em uma briga em uma rua próxima a unidade escolar. Demonstrando responsabilidade, compromisso com a comunidade e atenção aos estudantes mesmo fora dos muros da escola, a servidora imediatamente interveio, colocando fim ao conflito”, diz a nota.
Segundo a Prefeitura, no dia seguinte, sexta-feira (13), a direção da escola convocou os responsáveis pelos adolescentes, entretanto, os pais dos dois agressores não apareceram.
“Os estudantes seguem recebendo acompanhamento e orientação dos profissionais da educação, enquanto as causas do desentendimento ainda estão sendo apuradas. Importante destacar que a condução da situação por parte da escola reafirma o zelo e a postura ética dos servidores da unidade, que têm a formação humana e o acolhimento como pilares da prática pedagógica”, afirmou a Prefeitura.
VIOLÊNCIA NAS ESCOLAS
As notícias de violência nas escolas em Divinópolis nãos são poucas desde o ano passado. A insegurança que domina o ambiente escolar, interno e externo, é visível e não se vê uma atitude da autoridade policial para mudar esse quadro. Em 2011, a Polícia Militar lançou na cidade o Projeto Patrulha Escolar, que tinha como objetivo dar segurança e orientar estudantes. O Projeto existiu até 2012, porém foi extinto sem maiores explicações.
Um dos desafios, até agora não enfrentados pelas autoridades municipais e forças de segurança, é o aumento do tráfico de drogas no entorno das escolas. A situação é recorrente e visível a olho nu, entretanto não há um projeto conjunto para mudar esse quadro. A presença da PM ocorre quando há alguma solicitação, fora isso, não há presença policial com regularidade nas escolas, nem mesmo em áreas consideradas mais conflituosas.
Reportagem: Jotha Lee
Sintram Comunicação