A equipe de técnicos do Diviprev, acompanhada do superintendente, Aguinaldo Lage, esteve, na última sexta-feira (08/11), na Câmara Municipal de Divinópolis para prestação de contas do terceiro trimestre de 2019 (julho, agosto e setembro). O resultado do período apontou superávit de R$12.285.604,94 nas contas do instituto.
A prestação de contas teve início com o gerente do setor de benefícios, Denis Dias, que apresentou dados relativos à atividade do instituto como os números de concessões de aposentadorias, auxílios doenças, atendimentos, requerimentos, análises de benefícios, etc. De acordo com os dados apresentados, ocorreram no trimestre 54 concessões de aposentadorias, sendo: 42 voluntárias, sete por idade, uma por invalidez, quatro especiais. Também no período foram concedidas quatro pensões. O número de dias pagos para auxílio-doença foi de 8313 dias. Dos 187 requerimentos para concessão de auxílio doença, 100 foram pela primeira vez e 87 prorrogações. Os profissionais da Secretaria municipal de Educação lideram os pedidos de perícias médicas um total de 92, seguidos pelos servidores da Secretaria de Saúde – Semusa que apresentaram 59 e as demais Secretarias 36.
Na sequência a palavra foi passada para a contadora do Diviprev, Aparecida Lúcia. Relativo às receitas correntes orçamentárias o montante foi mais de R$9,6 milhões, sendo que mais de R$4,09 milhões são de contribuições de servidores. Já as receitas correntes intra-orçamentárias foram mais de R$ 9,03 milhões no trimestre, sendo que relativo aos repasses patronais e aportes para correção do déficit atuarial entrou em caixa mais de R$6,09 milhões. Além disso, cerca de R$ 2,4 milhões foram repassados ao Diviprev para pagamento de parcelamentos vigentes, sendo que R$ 341.843,32 são derivados dos juros da operação. Segundo os dados apresentados a receita geral no período foi de R$ 31.944.967,96 e a despesa de R$ 19.659.363,02, gerando um superávit de R$ 12.285.604,94.
INVESTIMENTOS
Após a explanação contábil, a palavra foi passada para a gerente financeira do instituto, Patrícia Rocha, que apresentou a posição dos investimentos no período. Ela iniciou a apresentação abordando a evolução do patrimônio líquido do instituto, em um comparativo dos fechamentos de 2017 (R$368.302.374,21) e 2018 (R$385.364.358,03) com o atual trimestre (set/2019 = R$428.527.455,19), concluindo que a variação líquida no período foi de R$13.601.166,94.
Na sequência, a gerente abordou a distribuição dos investimentos do Diviprev, sendo que 81,16% estão hoje aplicados em renda fixa e 18,84% em renda variável. “Em relação a nossa carteira mantivemos a mesma base do trimestre anterior e a gente vem abrindo aí apenas alguns ajustes táticos para aproveitar as oportunidades de mercado. Foram ajustes em momentos oportunos, bem realizados que traduziu uma rentabilidade neste terceiro trimestre”, destacou a técnica.
Em detalhes, a gerente apresentou como estão distribuídos os investimentos em renda fixa do instituto, sendo: 59% estão em Fundos 100% títulos públicos; 19% em fundos de renda fixa (livre), 1% em FIDC, 2% em Crédito Privado. Já a renda variável 4% estão em Fundos Multimercados, 11% em Fundo de ações, 3% em Fundo de Participações e 1% em Fundos Imobiliários.
A técnica destacou o investimento no título IMA-B e IMA-B 5+ como uma estratégia acertada ao longo de 2018 e 2019, que trouxe uma rentabilidade maior ao Diviprev e também os fundos de ações que em 2018 tiveram uma rentabilidade de 8.98% e em setembro de 2019 fechou em 11,07%. “Foi tudo isso que nós trabalhamos ao longo do ano que foi alongar um pouco a nossa carteira, fundos mais longos a gente busca uma rentabilidade maior, corre um risco maior, mas é o que a gente vem sempre trabalhando aí para cercar essa questão do risco retorno e a exposição a fundo de ações”, disse.
Também foram apresentados a distribuição da carteira de investimentos do Diviprev, que engloba 13 gestores. “Hoje, o Diviprev busca trabalhar com instituições sólidas, essas instituições passam anualmente por um processo de credenciamento dentro do Diviprev e dentro desse credenciamento a gente busca cumprir todas as exigências que a secretaria da previdência nos impõe”, destacou.
META ATUARIAL
Finalizando a apresentação, a gerente explicou que o Diviprev superou a meta atuarial do período, que estava prevista em 1,8% e alcançou 2,77%. A meta atuarial é uma meta para avaliar a menor rentabilidade que deve ser atingida na aplicação de um investimento. “No acumulado do ano nós estamos com 11,13% contra uma meta atuarial de 7,07%, então estamos a 4,06% acima da meta atuarial. É um bom resultado, a gente acredita que vamos fechar o ano de 2019 bem positivos e o Comitê já vem trabalhando para traçar as metas de 2020. Nós já estamos desenvolvendo a política de investimentos, o manual onde a gente traça todas as diretrizes, analisa cenário econômico para o próximo ano, onde traçamos as nossas estratégias e objetivos para continuar cumprindo e entregando uma boa rentabilidade”, finalizou Patrícia.
RESULTADO
O superintendente, Aguinaldo Lage, atribuiu o resultado positivo ao comprometimento e desempenho da equipe técnica do Instituto, especialmente ao Comitê de Investimentos, que faz o monitoramento diário da carteira de investimentos no mercado financeiro “O que tem ocasionado esse superávit é fruto do monitoramento constante dos fundos (…) e a diversificação de aplicação (…). Eu acredito que nós vamos bater a meta atuarial, hoje estamos 4,06 acima da meta atuarial, então é fruto do desempenho e comprometimento constante do pessoal que compõe o comitê”, explicou.
O Comitê de Investimentos é composto pelo superintendente, pela gerente financeira, Patrícia Rocha, pela contadora, Aparecida Lúcia, e pelos conselheiros, Silas Rodrigues, (Conselho Administrativo) e Bruno Camargos (Conselho Fiscal). Além disso, uma empresa de consultoria financeira dá suporte à equipe do Comitê. Na entrevista ao setor de comunicação, o superintendente inclusive citou que o contrato com a atual não foi renovado e uma nova licitação será realizada para contratação do serviço. “Eu optei por não renovar, e vou fazer uma nova licitação para poder contratar uma outra consultoria financeira, mas o divisor de águas é realmente o desempenho nosso, é a ida em cursos. Nós temos participado efetivamente de treinamentos , que proporcionam um maior conhecimento”, destacou Aguinaldo.
DÉFICIT ATUARIAL
Ao final da prestação de contas, a reportagem questionou ao superintendente sobre o déficit atuarial do Diviprev, que segundo últimas informações já estaria em mais de R$1 bilhão. Em resposta, o superintendente destacou que um novo cálculo será feito, uma vez que as mudanças da Reforma da Previdência irão impactar nesta questão. “Esse déficit atuarial será abordado em um novo cálculo atuarial e esse cálculo atuarial vai demonstrar de forma efetiva se realmente procede esse déficit. Eu acredito que esse déficit deve haver uma redução porque todos os auxílios doenças que eram pagos pelo Instituto de Previdência com a Reforma da Previdência irão para o ente, ou seja, quem vai ter que custear é o município, então isso irá gerar um impacto muito grande. E tem uma outra questão polêmica que vai ser a possibilidade dos institutos de previdência fazerem empréstimo consignado para servidor, então isso vai ser uma forma de equalizar esse déficit atuarial”, disse o representante.
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Reportagem: Flávia Brandão
Comunicação Sintram