Eleitor divinopolitano escolhe no domingo quem vai administrar um orçamento de R$ 1,451 bilhão

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Cada vereador vai custar quase R$ 2 milhões ao contribuinte no ano que vem

Laiz Soares e Gleidson Azevedo: quem leva essa? (Fotos: Reprodução/Montagem Sintram)

No próximo domingo, os 171.673 eleitores divinopolitanos vão às urnas para eleger prefeito, vice-prefeito e 17 vereadores. A eleição desse ano é atípica, uma vez que apenas dois candidatos disputarão o cargo majoritário. De um lado está a candidata de oposição, Laiz Soares (PSD) e, do outro, o candidato à reeleição Gleidson Azevedo (Novo). Laiz Soares tem como candidato a vice-prefeito o atual vereador Ademir Silva (PSDB), enquanto o prefeito decidiu apostar na dupla vitoriosa de 2020, tendo como candidata a vice-prefeita, a ex-vereadora Janete Aparecida (Avante).

Conforme o Portal do Sintram antecipou em reportagem publicada no último dia 2, o próximo prefeito vai administrar um orçamento de R$ 1.451.952.161,24. É o maior orçamento da história do município, com crescimento de 8,91% em relação a esse ano, cujo orçamento é de  R$ 1,3 bilhão. O próximo chefe do Executivo terá a responsabilidade de gerir todos esses recursos e com um volume tão expressivo, também é responsabilidade do eleitorado acertar em suas escolhas para a eleição da Câmara, que tem a obrigação de fiscalizar a aplicação do dinheiro público.

Alguns números do orçamento chamam a atenção, como por exemplo o enorme volume de recursos que o Executivo terá para gastar no ano que vem sem autorização da Câmara. O Projeto de Lei 42/2024, que orça a receita e fixa a despesa, confirma o índice de 20% sobre a receita para gastos sem autorização legislativa, o que garante ao próximo prefeito, ou prefeita, R$ 290,4 milhões para gastos sem prestar contas.

A Secretaria Municipal de Saúde, a exemplo dos anos anteriores, deve merecer atenção especial. Isso porque, além dos serviços prestados bastante duvidosos e questionados nos últimos quatro anos, a pasta terá um aumento gigantesco no volume de recursos para 2025. Esse ano os gastos no sistema de saúde devem atingir a R$ 387,4 milhões, enquanto em 2025 a pasta terá R$ 502,3 milhões, conforme previsão orçamentária. São R$ 119,8 milhões a mais em relação ao atual orçamento o que representa um aumento de 30,94% no volume de recursos destinados à saúde.  

O próximo prefeito, ou prefeita, vai custar R$ 601 mil para o contribuinte em 2025, enquanto o vice, incluindo os gastos de seu gabinete, terá um custo de R$ 507 mil.

CÂMARA

Para a Câmara Municipal, os eleitores vão escolher 17 vereadores entre 247 candidatos que chegam aptos a disputar o pleito. Para o ano que vem, a Câmara terá R$ 33,2 milhões para bancar as despesas geradas pelos 17 parlamentares. Na prática, cada um dos vereadores vai custar quase R$ 2 milhões aos cofres públicos, já que todos os recursos destinados à Câmara são utilizados para cobrir as despesas legislativas, geradas pelos parlamentares. Só em salários, os vereadores custarão no ano que vem R$ 6,8 milhões aos cofres públicos.

RESPONSABILIDADE

Com volumes tão significativos, a transparência e a correta aplicação dos recursos poderão minimizar os problemas enfrentados hoje pela população, especialmente no sistema de saúde, que fecha a atual gestão sem apresentar nenhuma evolução em relação ao governo anterior. Mortes inexplicáveis na Unidade de Pronto Atendimento, postos de saúde sem médicos, a crescente fila a espera de uma cirurgia, falta de medicamentos na farmácia municipal, são algumas das mazelas que marcaram os quatro anos da atual gestão.

“O orçamento para 2025 nos mostra que dinheiro tem. E, se tem, deve ser utilizado em benefício do cidadão, já que são recursos que saem do bolso de cada um através dos impostos. E é preciso lembrar que o serviço público só funciona adequadamente com seriedade administrativa, honestidade e responsabilidade com os servidores públicos que estão na ponta do atendimento ao cidadão. O que nós esperamos é que o próximo prefeito, ou prefeita, também tenha uma relação mais cordial com o Sintram, sem pressões, sem ameaças, sem terrorismo, porque nossa função é defender o servidor público e denunciar eventuais falhas que possam gerar prejuízos à sociedade”, afirma o vice-presidente do  Sintram, Darly Salvador.   

Reportagem: Jotha Lee
Comunicação Sintram


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