Divinópolis investiga 15 casos suspeitos de febre maculosa e coloca áreas da cidade em alerta

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O Parque da Ilha foi interditado em 2018 após mortes por febre maculosa e só foi reaberto em 2020, ainda assim com monitoramento permanente (Foto: arquivo/janeiro de 2020)

A Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) divulgou boletim epidemiológico nesta quarta-feira (12), informando que 15 casos suspeitos de febre maculosa estão sendo investigados em Divinópolis. De acordo com a pasta, 16 casos foram notificados, porém um já foi descartado. Algumas regiões da cidade estão em alerta, apontadas como “áreas com possível risco de contaminação”.

De acordo com a Semusa, de 2012 a 2023, o que compreende um período de 10 anos, foram confirmados 94 casos de febre maculosa em Divinópolis e 43 pessoas tiveram que ser internadas. Nesse período, seis pessoas morreram na cidade vítimas da doença. A última morte provocada pela doença na cidade foi em agosto de 2018 e a vítima foi um homem de 63 anos. Em 2019, o carrapato-estrela voltou a ser encontrado no Parque da Ilhas, mas não houve óbitos.

Ainda em agosto de 2018, após três mortes provocadas pela Febre maculosa, o Parque da Ilha foi interditado. Em 2019, o carrapato-estrela voltou a ser encontrado no Parque, mas nesse ano não houve óbitos. O Parque da Ilha só foi reaberto em janeiro de 2020.

As regiões onde foi detectado o maior número de casos ao longo dos últimos 10 anos foram os bairros Niterói, Padre Eustáquio, Centro, Sagrada Família, Ipiranga, Porto Velho, São José, São Luís, Belvedere e Catalão.

A faixa etária mais atingida está entre 20 e 39 anos, com 27 casos, seguida da faixa entre 10 e 19 anos, com 23 casos, e de 40 a 59 anos, com 20 casos. Com 25 casos, 2018 foi o ano com o maior número de registros, vindo logo depois 2023, com 16 até agora.

A Semusa informa, ainda, que oito regiões estão em monitoramento constante, sendo o calçadão do Porto Velho, campos do Bom Sucesso, do Flamengo e do Manoel Valinhas, Estádio Farião, Parque da Ilha, Região do Shopping (Bom Pastor) e Rua Maria da Paz (Danilo Passos).

A Semusa alerta que a doença é transmitida pelo carrapato-estrela, cuja proliferação é mais comum em bovinos e equinos e, principalmente na capivara, animal que habita as margens do Rio Itapecerica. Cães, aves domésticas, gambás e coelhos também podem carregar o carrapato, porém isso é mais raro.

Reportagem: Jotha Lee
Comunicação Sintram

 

 


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