
A Prefeitura de Divinópolis abriu oficialmente nesta quinta-feira (30) a Semana Municipal Lixo Zero, instituída por lei em 2018. A abertura coincide com a publicação do edital para o Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI) que vai apresentar estudos que viabilizem uma nova política de tratamento do lixo produzido pelo município (ver reportagem).
Nesta quinta-feira, no início da manhã, aconteceu o café com os catadores, no Centro Municipal de Triagem. Nesta sexta-feira (31) acontecerá gincanas nas escolas da rede municipal, tendo a reciclagem como principal tema.
No início da semana a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Cuidado Animal (Semac), abriu a exposição “Lixo Zero: A Arte de Viver Sem Desperdício”. A mostra está disponível para visitas no Espaço Flávia Mourão, no Centro Administrativo.
Segundo a Semac, a mostra faz parte da Semana Municipal Lixo Zero, que segue até o dia 3 de novembro. A exposição apresenta ações educativas voltadas à conscientização ambiental e ao incentivo de práticas sustentáveis no cotidiano. A exposição exibe peças e mobiliários criados a partir de materiais recicláveis, pneus e paletes, para mostrar que o lixo pode ser reaproveitado.
Para o secretário municipal de Meio Ambiente, Danilo Teixeira, há uma evolução ambiental no município “Nos últimos anos, Divinópolis tem avançado de forma significativa na pauta ambiental. Nosso centro de triagem, que antes apresentava muitas limitações, passou por melhorias importantes e hoje conta com melhores condições de trabalho e estrutura. Estamos consolidando ferramentas sólidas para que a cidade continue evoluindo”, afirmou.
Entretanto, é questionável a afirmação do secretário de evolução ambiental no município. Recentes mudanças na Lei de Uso e Ocupação do Solo ignoraram completamente a pauta ambiental, há denúncias de degradação na Lagoa do Sidil para beneficiar um empreendimento imobiliário, a Mata do Noé está sendo praticamente loteada e o Rio Itapecerica continua poluído. Há ainda a questão do aterro controlado, cuja solução deveria ter ocorrido até 2022 e o município não respeitou os prazos federais.
Ainda com relação a Lagoa do Sidil, o Ministério Público investiga a conduta do Conselho Municipal de Conservação e Defesa do Meio Ambiente (Codema), suspeito de conceder privilégios na concessão de licenciamentos ambientais sem pareceres técnicos para construção de condomínio no entorno da Lagoa do Sidil.
Não bastasse isso, o MP também investiga a “abertura da Avenida Divino Espírito Santo até o barramento do curso d’água [da Lagoa] e limpeza dos locais de intervenção, mediante uso de máquinas, além da violação do princípio da publicidade e alteração irregular da composição do Codema.
Reportagem: Jotha Lee
Sintram Comunicação