Delegada de Lagoa da Prata é afastada por cobranças irregulares na emissão de carteira de identidade

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Corregedoria da Polícia instaura procedimento interno para investigar as denúncias

Setor de agendamento para obtenção de identidade em Lagoa da Prata (Foto: Reprodução)

Uma delegada da Polícia Civil de Lagoa da Prata foi afastada do cargo por determinação da Justiça, suspeita de cobranças irregulares para emissão de carteiras de identidade. A informação foi confirmada pelo Ministério Público de Minas Gerais, autor da Ação Civil Pública que culminou com o afastamento da delegada, cujo nome não foi divulgado.

A delegada é acusada de improbidade administrativa na Ação Civil Pública com pedido liminar de tutela de urgência antecipada. O MP relata diversos casos de cidadãos que buscavam emitir carteiras de identidade e eram indevidamente cobrados pela delegada, que se enriquecia ilicitamente.

Segundo o MP, a delegada usava artifícios para mascarar a ação. De acordo com o documento encaminhado à Justiça, a delegada adotava mecanismos para ocultar a cobrança indevida, como a recusa em fornecer qualquer comprovante e a exigência de pagamentos exclusivamente em dinheiro. Para o MP, isso evidencia a intenção deliberada de impedir que a prática ilegal fosse descoberta.

A ação ressalta ainda que a sdelegada utilizou-se indevidamente de sua função pública para obter enriquecimento ilícito, mesmo ciente da ilegalidade de suas condutas. “Tais práticas configuram graves violações aos princípios constitucionais que regem a Administração Pública, especialmente aqueles previstos no artigo 37 da Constituição Federal de 1988, como princípios da legalidade e moralidade”.

Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) aceitou o argumentação do MP e deferiu a tutela de urgência para determinar o afastamento imediato da delegada das funções e do cargo que exerce na Delegacia de Polícia Civil de Lagoa da Prata.

A denúncia foi feita por cidadãos que procuraram a delegacia para emitir documentos e foram surpreendidos com a cobrança irregular. O MP ressaltou que tais práticas comprometem a confiança da população nas instituições e representam um grave desvio de conduta.

Em nota enviada ao Portal do Sintram, a Policia Civil de Minas Gerais disse que já existe “um procedimento  tramitando, sob sigilo, na Corregedoria-Geral, em desfavor da citada servidora para apuração de falta funcional”. Isso significa que a além da Ação Civil que afastou a delegada, a Polícia Civil também já tem em andamento um procedimento interno para investigar as suspeitas.

Com informações do MP


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