CPI da Educação é prorrogada por mais 60 dias e fica para depois das eleições

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Depois de muitas manobras e até transformar a CPI da Educação em caso de polícia, o prefeito de Divinópolis, Gleidson Azevedo (PSC), venceu a queda de braço e o relatório final será votado somente após as eleições. O Executivo denunciou a Comissão à Polícia Civil, alegando que houve fraudes nos orçamentos apresentados pela CPI.

Instalada em abril após denúncias de superfaturamento de preços feitas pelo vereador Ademir Silva (MDB) a CPI concluiu que houve um desvio de cerca de R$ 8,5 milhões na compra de brinquedos e materiais didáticos pela Secretaria Municipal de Educação. Posteriormente, após constatar um erro em um dos orçamentos fornecidos, o valor foi reduzido a pouco mais de R$ 7 milhões.

O relatório final deveria ser colocado em votação essa semana, entretanto, o prazo para conclusão dos trabalhos foi prorrogado por mais 60 dias, a pedido do presidente da Comissão Parlamentar, vereador Josafá Anderson (Cidadania). A prorrogação do prazo foi concedida no dia 1º desse mês, porém a portaria 102/2022 confirmando o adiamento da CPI só foi publicada na edição desta segunda-feira (5) do Diário Oficial dos Municípios.

POLÍCIA

Na sexta-feira (2) o prefeito Gleidson Azevedo e a vice-prefeita, Janete Aparecida, apresentaram oficialmente o requerimento endereçado à Polícia Civil pedindo a instauração de inquérito policial para apurar orçamentos supostamente fraudulentos fornecidos, por uma empresa da cidade, para a CPI da Educação.

A vice-prefeita afirmou que o relatório da CPI é totalmente equivocado e que foi encontrado subfaturamento em vários itens orçados pela Comissão para fins de comparação com os produtos adquiridos pela Secretaria Municipal de Educação. “Encontramos subfaturamento de mais de 2.100%. O número de mais de R$ 8 milhões de superfaturamento, apresentado no relatório final da CPI chega a ser fantasioso, vergonhoso. Não analisaram os valores apresentados nos orçamentos, a diferença é descabida. Isso é uma irresponsabilidade muito grande de quem está por trás de um relatório de uma CPI. É preciso ter lisura, transparência e muito cuidado ao fazer um relatório final”, disse Janete.

De acordo com a Diretoria de Comunicação, a Prefeitura de Divinópolis aguardará o resultado da investigação da Polícia Civil e também já remeteu as mesmas informações ao Ministério Público.

Reportagem: Jotha Lee
Comunicação Sintram
Foto: Após leitura do relatório ocorrida no dia 24, CPI foi adiada a pedido do seu presidente
(Foto: Dircom/CMD)

 

 


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