COVID-19: Em resposta ao Sintram, Prefeitura de Divinópolis relata vistoria na Policlínica, CRER, SAE e Raio X

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Em ofícios à administração, Sintram cobrou testes, parecer técnico e troca de máscaras e redução do fluxo de estudantes na Policlínica

Sempre vigilante e atuante no que se refere à preservação à saúde, condições dignas de trabalho e cumprimento dos direitos dos servidores de Divinópolis e região Centro-Oeste, a diretoria do Sintram esteve, no último dia 04 de junho, em visita na Policlínica. O motivo da visita do sindicato foi devido a informações, que haviam chegado ao conhecimento da diretoria de possível surto de Covid-19 no local, visto que seis profissionais testaram positivo na unidade. A Policlínica e SAE já haviam sido também, anteriormente, alvo de reclamações dos servidores, no dia 27 de abril, que relataram inadequação de máscaras faciais a função e uso prolongado, sendo que o sindicato questionou e cobrou providências da administração. Clique aqui e confira matéria de denúncia do sindicato

Em visita à Policlínica, a diretoria do Sintram esteve em reunião com o gerente da unidade, Wanderson Freitas. Na ocasião, a diretoria do sindicato destacou a necessidade de testagem de todos os servidores  e questionou sobre as providências tomadas até então diante dos seis casos positivos na unidade. Wanderson Freitas explicou que a segurança dos servidores e usuários é prioridade e que todos os protocolos de segurança estão sendo cumpridos, citou inclusive que a equipe de segurança do Cresst esteve no local, dias antes da visita do sindicato.

Antes de encaminhar oficio à administração, diretoria esteve no local para reunião com o gerente da Policlínica, Wanderson Freitas, questionando e cobrando medidas para resguardar saúde dos servidores.

O gerente disse que todos servidores foram vacinados e que várias medidas relativas à segurança foram implementadas como: controle de acesso ao local (só é permitido entrada de  pacientes agendados e se realmente necessário a entrada do acompanhante); orientação sobre os Epis; e em qualquer sintoma a orientação repassada é que o servidor procure um médico, que será fornecido o teste para Covid-19. Sobre o pedido do Sintram de testagem de todos os trabalhadores do local, o gerente explicou que é seguido  protocolo, o qual estabelece que os servidores, que apresentam sintomas, têm o afastamento, em quarentena resguardado e  partir do início dos sintomas é oferecido o teste da Covid-19.

Na visita, a diretoria destacou a importância da testagem de todos os trabalhadores, diante de vários casos, sendo preciso descartar um possível surto no local e citou inclusive o caso do Centro de Atendimento ao Cidadão – CAC, que havia sido fechado, devido à contaminação de vários servidores.  “É importante ressaltar que temos que seguir um protocolo  e esse  protocolo vem tanto do nível central  para que a gente teste todos os servidores, no momento, com sintomas. Como  tivemos algumas pessoas, que testaram positivo, estamos agora solicitando, que sejam testados todos os outros colegas, numa maior segurança, mas resguardando o direito de todo servidor,  no menor sinal de sintoma, já ser afastado, imediatamente, para os cuidados a sua saúde”, explicou Anderson, sobre o protocolo, mas garantindo que, de todo modo, iria solicitar a testagem de todos os servidores.

Ofício

Após reunião com o gerente, a diretoria do Sintram encaminhou ofício à coordenadora do Cresst, Inara Tavares, ao secretário de Administração, Thiago Nunes, e também ao gerente da Policlínica. No ofício, o sindicato solicitou medidas para a devida preservação à saúde aos servidores e usuários, sendo: a imediata testagem de todos os servidores do local; a  substituição das máscaras fornecidas por máscaras adequadas a função, ou seja, PFF2(S) para riscos biológicos,  visto que a máscara, que está sendo fornecida é inadequada e não tem OCP INMETRO (Ministério do Trabalho e Emprego) e registro na Anvisa; e por fim o sindicato cobrou maior controle de pessoas transitando no local, visto que com aumento da demanda de consultas e de estagiários da UFSJ, aumentou o a circulação no local, o que favorece um maior risco de contaminação, considerando que a estrutura física da Policlínica  não permite ventilação adequada para o momento de pandemia.

Segurança

Em resposta ao sindicato, foi encaminhado o ofício  Cresst-Coord nº 047/2021, datado em 15 de junho, e assinado pelo secretário de administração, Thiago Nunes, pela coordenadora do Cresst e enfermeira do trabalho, Inara Tavares, e pela engenheira de segurança do Trabalho, Rinara Duarte.  No documento, é relatado que foi realizada inspeção nos ambientes laboratoriais da Policlínica, SAE, CRER e Raio X, no dia 31 de maio, pelo equipe de segurança do Cresst, e emitido Boletim de Inspeção de Segurança nº09/2021 com encaminhamento ao secretário de Saúde, Alan Rodrigo.

Máscaras

É afirmando no documento, que na vistoria aos locais de trabalho foi verificado, que estão sendo disponibilizadas máscaras faciais adequadas na Policlínica (máscaras cirúrgicas e/ ou N95) conforme atividade laboral. Já no Centro de Reabilitação – CRER, a equipe solicitou a regularização do fornecimento de máscaras cirúrgicas e/ou N95 à Semusa, através do ofício Cresst-Coord nº044/2021. Ainda no ofício Cresst – Coord 047 é relatado que em laudo técnico de Segurança do Trabalho acerca da máscara SNOP, anteriormente, fornecida aos servidores municipais também foi encaminhado ao secretário de saúde para conhecimento e diligências.

Denúncia
Tal máscara citada no ofício da administração da marca SNOP, que na embalagem consta que é indicado para indústrias têxteis, construção civil, área alimentícia, eletrônica, cimentos, vidros, jardinagem, limpeza geral e agricultura, foi alvo de questionamento do Sintram, como citado acima em data de 27 de abril a Prefeitura. Além da inadequação do material para o local, a reclamação dos servidores, era que a recomendação repassada foi de uso por cinco dias do mesmo material, sendo que na embalagem consta que o material deveria ser descartado após o turno de serviço ou ao sofrer algum dano.  Na época, inclusive a assessora administrativa e interface jurídica da Semusa, Sheila Salvino,  em resposta ao ofício do sindicato, que questionou o material e essa recomendação de uso prolongado, alegou que o material estava adequado e inclusive a duração do uso estava em consonância com a Nota Técnica da Anvisa 004/2021. “Quanto ao questionamento acerca do uso estendido da mascara PFF2, citado no relatório de inspeção como 15 (quinze) dias, esclarecemos que as referidas máscaras estão sendo distribuídas para uso do mesmo profissional por 5 (cinco) dias, em consonância com a Nota Técnica da Anvisa 004/2021”, diz  o oficio da Semusa, encaminhado ao Sintram.   Clique aqui e veja ofício.  

Segurança

O sindicato, por sua vez, solicitou, em data de 02 de junho, parecer técnico da equipe de segurança, Cresst, relativo à máscara da marca SNOP. Em resposta, via ofício CRESST-COORD nº 045/2021, de 10 de junho,  o secretário de administração e equipe de segurança do Cresst relataram,  que a Equipe de Segurança do Trabalho, em data de 06 de abril, encaminhou Laudo Técnico 01/2021 ao Secretário de Saúde, relativa a avaliação do EPI. “Salientamos que foram solicitadas providências de regularização do fornecimento de máscaras cirúrgicas ou N95/PFF2 de acordo com a atividade laboral. Informamos ainda que a equipe técnica do Cresst encontra-se disponível para avaliação dos equipamentos de proteção individual na análise, licitação e processo de compra”, expressa o ofício.  Foi alegado ainda que o laudo técnico relativo a mascaras SNOP, por ser “de natureza técnica”  é de uso interno da Prefeitura e o compartilhamento a outros órgãos teria que ser solicitado via protocolo ao secretário. Clique aqui e veja ofício.

Em síntese, não foi afirmado claramente a inadequação do material, no entanto, a Secretaria de Administração e CRESST afirmam, em ofício, que  solicitaram providências e regularização do fornecimento de máscaras cirúrgicas ou N95/PFF2 de acordo com atividade laboral.

Gerência

Durante a visita da diretoria à Policlínica, a reportagem questionou essa  denúncia dos servidores relativo a inadequação da máscara e uso prolongado da mesma. O gerente Wanderson frisou que relativo aos Epis, que a qualquer momento se essa  máscara tiver úmida, cair, sujar,  o material será substituído, imediatamente, e garantiu que não há falta de Epis aos trabalhadores, e que o material fornecido é adequado a função.  “Se a pessoa está com aquela máscara, ela umideceu, ela é trocada de imediato. Os servidores têm o direito garantido de trabalhar, usando EPI.  Com relação  ao tipo de máscara, sim foi feita uma solicitação e a resposta é que a máscara atende os critérios técnicos científicos e o registro na Anvisa. Nós fomos provocados pelas máscaras e  solicitamos, que fosse feita a avaliação para quem de direito, que essa máscara é comprada por profissional de nível superior, enfermeiro, tem um setor de compra, um setor jurídico,  que estabelecem os critérios de cada EPI”, garantiu o gerente, em entrevista ao sindicato.

Por fim, o gerente disse que  como servidor de carreira prima pela saúde dos colegas. “Em qualquer  tempo a saúde do servidor deve ser colocada em primeiro lugar. Tivemos aqui alguns casos, a gente tentou seguir  as recomendações, os protocolos, tanto protocolo de limpeza, protocolo de acesso,  de uso  de EPI, distanciamento, infelizmente, estamos passando por uma pandemia mundial, que várias  pessoas identificam que contraíram o Covid-19, outras tantas também, provavelmente,  tiveram contato com o vírus e nem sabem; então cabe  cuidado redobrado para que mais pessoas  não adoeçam e infelizmente não venham a óbito”, finalizou o gerente.

Testes

Relativa ao pedido do Sintram de  testagem de todos dos servidores do local, a administração alegou ainda no ofício, que segundo avaliação técnica do Cresst, Vigilância em Saúde e seguindo o protocolo do SARS-CoV-2 no que tange as definições de casos operacionais, fluxos de testagem laboratorial,  notificação dos casos e orientações para isolamento, ainda não seria necessária a testagem de todos os servidores da Policlínica. “Estamos realizando o monitoramento do número de casos positivos para Covid-19 entre servidores, a fim de verificarmos necessidade da testagem e/ou da adoção de outras medidas preventivas, conforme informações das chefias imediatas do local”, diz o ofício.

 Fluxo estagiários

Relativo ao fluxo de estagiários no local, que o sindicato pediu maior controle, a Secretaria de Administração e o Cresst alegaram que a Vigilância em Saúde Ambiental realizou vistorias no local e foram emitidas recomendações em relatório próprio, as quais foram atendidas pela gerência da Policlínica. “Implantada barreira física adicional na entrada da Policlínica, sendo permitida somente a entrada de pacientes em atendimento médico (sem acompanhante, quando possível), com aferição de temperatura e álcool em gel.

Sintram  

A presidente do Sintram, Luciana Santos, disse que os servidores podem contar sempre com apoio e intervenção do sindicato, caso a administração não esteja cumprindo com os protocolos de segurança a Covid-19. “O sindicato está sempre vigilante e pronto a exigir e lutar pelo direito do servidor. Principalmente nas unidades de saúde o cuidado tem que ser redobrado porque é linha de frente da pandemia, os EPIS devem ser adequados à função e garantida toda segurança aos nossos servidores para que possam exercer a função com tranqüilidade e segurança”, disse a presidente.

O vice-presidente, Wellington Silva, disse que é preciso priorizar o setor de segurança da Prefeitura, para evitar insegurança dos trabalhadores municipais relativo aos EPis e recomendações de uso. “Ao analisar os ofícios há divergência relativo à questão dos EPIS ofertados aos trabalhadores municipais. A questão das máscaras SNOP, que foi alvo de reclamação dos servidores,  a Semusa em oficio ao sindicato disse que é máscara é adequada. Já o setor de segurança disse que encaminhou laudo técnico ao secretário de saúde, pedindo  providências de regularização do fornecimento de máscaras cirúrgicas ou N95/PFF2 de acordo com a atividade laboral. O que o sindicato frisa é que haja respeito as normas técnicas e aos setores competentes e responsáveis pela saúde do trabalhador, não pode haver dúvidas e divergências, quando se trata da segurança do trabalhador”, criticou Wellington,

Clique aqui e confira o ofício Cresst- coord 047/2021.

Reportagem: Flávia Brandão
Comunicação Sintram


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