O Corpo de Bombeiros de Minas Gerais está utilizando tecnologia avançada, como monitoramento por satélite e equipes estratégicas em campo, para prevenir e combater os incêndios que atingem o estado nessa época do ano. Em 2024, os focos de incêndio estão concentrados na região central do Estado e são mais freqüentes e intensos, em razão dos quase quatro meses sem chuvas. Mais grave, ainda, é a existência de haver no Estado um braço de uma possível organização que esteja por traz dos grandes focos de incêndio que estão sendo registrados em todo o país.
O trabalho dos Bombeiros parte do Centro Integrado de Comando e Controlem coordenado pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) e conta com a participação de 18 instituições federais, estaduais e municipais. A integração entre as forças, que ficam reunidas em um mesmo espaço, contribui para a tomada de decisões rápidas e inteligentes e para a otimização de recursos e execução de ações coordenadas.
Neste ano, a novidade é o uso da tecnologia de satélites para identificar focos de incêndio no estado por meio de sensores de calor. De acordo com a corporação, 80% dos focos de incêndio são combatidos em menos de 24 horas.
AÇÕES ESTRATÉGICAS
O comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG), coronel Erlon Dias, explicou que a tecnologia por satélite permite o acionamento das equipes de forma quase instantânea à identificação de incêndios.
“Estamos aproveitando essa tecnologia para monitorar focos de calor. Quando identificamos esses focos, acionamos as equipes em campo, que se deslocam rapidamente para minimizar o impacto inicial das chamas”, disse.
O coronel destaca, ainda, a logística dos Bombeiros para enfrentar os incêndios, incluindo uma atenção redobrada para as áreas mais críticas, a partir de bases montadas estrategicamente em locais que comumente sofrem com os focos de queimada.
“Estamos com bases avançadas, especialmente no Norte de Minas, e contratamos mais de 260 brigadistas em todo o estado. Somando isso às nossas equipes em campo, estamos conseguindo manter uma média histórica no combate aos incêndios nesta região”, afirmou o comandante. Ao todo, cerca de 800 brigadistas ajudam no enfrentamento aos incêndios em todo o estado.
COMBATE AO CRIME
A Polícia Militar de Minas Gerais também auxilia no combate aos focos de calor em Minas Gerais, a partir de estratégias de inteligência para identificar e inibir ações criminosas nas florestas do estado, como explica o comandante-geral, coronel Rodrigo Piassi.
“Em agosto, estamos executando a Operação Verde Minas, que mobiliza mais de 900 policiais militares em conjunto com a Defesa Civil e a Secretaria de Meio Ambiente, para realizar o policiamento nas zonas rurais e inibir esses incêndios provocados por pessoas. Além disso, estamos empregando aeronaves da PM em operações que visam prevenir o início de incêndios e dar suporte ao combate das chamas”, detalhou.
FORÇA-TAREFA
O tenente-coronel Carlos Eduardo Lopes, coordenador da Defesa Civil de Minas Gerais (Cedec-MG), ressaltou a importância da atuação integrada das Forças de Segurança, principalmente neste período de maior incidência de incêndios florestais, seja pelas condições de estiagem ou pela ação humana.
“Estamos trabalhando em estreita colaboração com os municípios. A operação também envolve o cidadão, incentivando-o a evitar incêndios e, se necessário, emitindo alertas sobre ondas de calor e baixa umidade, que podem potencializar os incêndios. Estamos determinados a atravessar este período crítico de seca, combatendo os focos de incêndio o mais rápido possível. E contamos com a ajuda de todos”, afirmou.
MONITORAMENTO
O centro de monitoramento e planejamento operacional possui 1,4 mil câmeras em funcionamento 24 horas por dia, sete dias por semana, 365 dias por ano. A estrutura, pioneira no Brasil, começou a funcionar em 2013 e, atualmente, está instalada na Cidade Administrativa, em Belo Horizonte, de onde é possível monitorar centenas de pontos da capital, da região metropolitana, incluindo as principais rodovias de entrada e saída do estado.
Com informações da Agência Minas