Conselho Municipal de Saúde de Divinópolis denuncia prefeito, vice e secretário de saúde ao Ministério público pela condução da pandemia

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Em reportagem publicada em sua edição on line desta quinta-feira (8) o Jornal Agora apresenta informações sobre a denúncia protocolada no Ministério Público Estadual pelo Conselho Municipal de Saúde de Divinópolis. Na peça, o Conselho denuncia o prefeito Gleidson Azevedo (PSC), a vice-prefeita, Janete Aparecida (PSC) e o secretário municipal de Saúde, Alan Rodrigo da Silva, pela condução da pandemia do coronavirus. Segundo o Conselho, ação do Executivo, representado pelos três denunciados, contribui para o aumento do número de casos e mortes pelo coronavirus na cidade.

Na peça de 11 páginas, o Conselho de Saúde assegura que a gestão municipal tem conduta negacionista em relação à pandemia. “Há um descompasso surreal entre a gravidade da pandemia e as ações do Executivo. Esse governo desfraldou desde as primeiras horas a bandeira negacionista (…) mantendo baixa mobilização de recursos humanos e materiais”, diz o Conselho de Saúde.

O Conselho destaca, ainda, o decreto 14.298, publicado pela Prefeitura na semana passada, que permitiu a reabertura de diversas atividades consideradas não essenciais, tais como academias, autoescolas e o comércio varejista de modo geral. O decreto foi publicado na semana em que Divinópolis registrou 29 mortes pela covid-19.

Ainda de acordo com o Conselho de Saúde, o Executivo se negou a cumprir resoluções da entidade, como também não prestou informações claras sobre a situação da pandemia na cidade. Para o Conselho, há um claro posicionamento pelo tratamento precoce e denuncia que médicos estão sendo coagidos por colegas para aplicar esse tipo de atendimento “prática suspeita de concorrer para diversos males”.

O Conselho formaliza três pedidos iniciais, sendo a divulgação dos dados epidemiológicos com clareza, Pede ainda que a Prefeitura apresente dados científicos sobre o tratamento precoce e que sejam aumentadas as medidas de isolamento social.

Em nota enviada ao Jornal Agora a Prefeitura respondeu somente sobre  o decreto  14.298, informando que as medidas contidas no documento foram discutidas com o Ministério Público. Agora, cabe ao MP analisar o teor da petição e decidir pela denúncia ou não.

Reportagem: Jotha Lee
Com informações do Jornal Agora

 

 

 


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