A Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) iniciou nesta segunda-feira (27) a Campanha de Vacinação contra a Poliomielite em Divinópolis. De acordo com a Semusa, o público-alvo são crianças menores de cinco anos. A campanha contra a paralisia infantil será realizada nas 44 Unidades de Saúde do município, das 8h às 16h, e nas 10 unidades do Programa Saúde da Hora, de 18h às 21h.
A Semusa explica que a poliomielite é uma doença que ocorre em crianças, que pode paralisar os músculos respiratórios e fazer com que a pessoa seja impossibilitada de respirar. No século passado, o vírus foi muito cruel e intenso. “Por isso, é essencial a mobilização e conscientização da população para que o grupo-alvo seja contemplado com a vacinação”, alerta a Secretaria.
Embora haja negacionistas da vacina no governo do município, a Semusa alerta que “sua coberturas vacinais no Brasil vêm apresentando um processo de queda nos últimos anos, provocando sérios problemas à saúde da população. Esse fato fica enfatizado pelo aumento de casos de algumas doenças ou reintrodução da transmissão delas, principalmente daquelas que já estavam controladas, como o sarampo, por exemplo”.
Segundo a Semusa, a expectativa é de imunizar 95% das crianças menores de cinco anos de idade (4 anos, 11 meses e 29 dias).
De acordo com o Ministério da Saúde, há 34 anos, em 19 de março de 1989, o Brasil confirmava o último caso de poliomielite em território nacional, antes mesmo do último registro no continente americano. A conquista foi possível graças às ações de vacinação em larga escala, que conferiram aos brasileiros a certificação de eliminação da doença. O último registro ocorreu no município de Sousa (PB). A erradicação da poliomielite no Brasil só foi possível graças às campanhas de imunização.
Também conhecida como paralisia infantil, a poliomielite é contagiosa. A doença causada pelo poliovírus pode infectar crianças e adultos, por meio do contato direto com fezes ou com secreções eliminadas pela boca das pessoas doentes. As consequências da poliomielite normalmente correspondem a sequelas motoras. Não há cura. Os principais efeitos da doença são ausência ou diminuição de força muscular no membro afetado e dores nas articulações.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 1975, antes da vacinação generalizada, quase seis mil crianças ficaram paralisadas nas Américas, em razão da poliomielite. Há preocupação, no entanto, com a reintrodução do vírus diante da atual baixa cobertura vacinal contra a doença. A proteção nunca esteve tão baixa: em 2022, o percentual de vacinação foi de 72%. No ano anterior, 2021, foi menor ainda, pouco menos de 71%.
Reportagem: Jotha Lee
Comunicação Sintram