A Trancid, dona de quase 100% das linhas do transporte coletivo urbano de Divinópolis, continua sendo uma péssima prestadora do serviço. Dona de 92.86% de todas as linhas urbanas, a empresa se notabilizou ao longo dos anos pelo descumprimento de cláusulas contratuais, como cumprimento de horários, superlotação e fornecimento de veículos adequados.
A Trancid liderou um grupo de empresas para a formação do Consórcio Transoeste, que em 2012 venceu uma suspeita concorrência pública para continuar dando as cartas no transporte coletivo da cidade. Além da Trancid, também fazem parte do consórcio, porém com participações insignificantes, as empresas Transpratur (5,1%), Vidatur (1,05%), Braunlino (0,68%) e Viação São Cristovão (0,19%).
A Trancid, além de ser a maior detentora das linhas urbanas, também é a campeã em desrespeitar os direitos dos usuários. Quem utiliza o transporte coletivo enfrenta nos horários de pico veículos superlotados, transportando passageiros em risco total. O descumprimento de horários também é motivo de reclamação frequente, porém, o que mais gera transtorno ao usuário é quando deixa de cumprir o itinerário. Essa situação foi verificada na manhã desta quarta-feira (2), quando centenas de passageiros de vários bairros da Região Sudeste ficaram sem transporte no início da manhã.
Um dos registros aconteceu na linha que atende aos bairros Niterói, Mangabeiras e Maria Helena, quando centenas de usuários ficaram sem ônibus no horário das 7h. O ônibus que atende a linha 16-A não circulou no horário, causando superlotação nos demais horários.
A reportagem do Portal do Sintram apurou que outras linhas também foram afetadas e o motivo foi a quebra de dois ônibus, que logo após deixarem a garagem apresentaram problemas mecânicos. Os ônibus danificados foram estacionados no ponto localizado no início da Rua Pernambuco, esquina com Getúlio Vargas e só foram levados para a garagem as 8h. Até esse horário a empresa ainda não havia regularizado o transporte nas linhas afetadas, conforme relato de vários usuários.
Problemas mecânicos, provocados por veículos velhos e com falhas na manutenção, são recorrentes. Esse tipo de incidente ocorre com frequência, deixando passageiros no meio do caminho e causando prejuízos a usuários que têm horários a serem cumpridos. Embora haja previsão contratual que prevê punições para essas falhas, a Trancid ignora as regras e continua mantendo ônibus velhos nas linhas, superlotação para as regiões de maior movimento nos horários e picos e descumprimento de horários.
Essa situação gera desgaste para os motoristas, que agora também são obrigados a acumular a função de cobrador. A exemplo da Prefeitura, o Sindicato da categoria, que deveria exigir medidas para melhorar as condições de trabalho, também não atua em busca de uma solução que beneficiaria a população, porém traria menos desconforto e mais tranquilidade aos trabalhadores no exercício de sua atividade profissional.
Reportagem: Jotha Lee
Comunicação Sintram