Com 34 medicamentos em falta na Farmácia Municipal, secretário afirma que problema está na entrega

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O secretário de Saúde, Alan Rodrigo, responsabiliza fornecedores pela falta de medicamentos na Farmácia da Prefeitura (Foto: Jotha Lee/Sintram)

Na segunda-feira da semana passada, a aposentada Maria Antônia de Jesus, 69 anos, esteve na Farmácia Municipal para retirada de uma medicação para controle de pressão. Foi informada de que o medicamento estava em falta e não havia previsão para a reposição do estoque. Fatos como esse tem se repetido e dezenas de pacientes sofrem com a falta de medicação, inclusive de uso contínuo.  Só para se ter uma ideia, na semana passada não havia soro fisiológico disponível.

A relação da medicação em falta na Farmácia Municipal, atualizada no último dia 15, informa que 34 medicamentos não estão disponíveis. Entre esses medicamentos estão antibióticos, antialérgicos e até o glicosímetro, um dispositivo portátil utilizado para medir os níveis de glicose no sangue de forma rápida e precisa.

Questionado pela falta de medicamentos na prestação de contas feita pela Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) na Câmara Municipal, o secretário Alan Rodrigo da Silva transferiu a responsabilidade para as empresas, especialmente as distribuidoras. Sobre o soro fisiológico, Alan Rodrigo disse que já foi feita a ordem de compra “há algum tempo”, mas não deu uma previsão para a normalização do fornecimento.

Sobre a falta de medicamentos, Alan Rodrigo garantiu que a “gestão tem feito as compras, mas este é um problema crônico no mercado”. De acordo com o secretário, a falta é responsabilidade de empresas que vencem os processos licitatórios de compra, mas não entregam o produto.

Segundo Alan, o principal problema está nas distribuidoras de medicamentos. “Para se ter uma ideia, já houve caso de empresa que pagou multa de R$ 90 mil [à Prefeitura] por não ter entregado o produto. Muitas [distribuidoras] estão sendo excluídas dos processos licitatórios públicos por desobediência na entrega”, afirmou o secretário.

Alan Rodrigo da Silva afirmou que a falta de medicamentos ocorre em todas as farmácias públicas do Estado e citou outro problema: “Poucas empresas se sentem atraídas a vender para o setor público, por causa do baixo preço que o setor público paga por conta de tabelas oficiais”, assegurou.

Clique aqui e veja a relação dos medicamentos em falta na Farmácia Municipal, conforme lista atualizada no último dia 15.

Reportagem: Jotha Lee
Comunicação Sintram

 

 


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