O desleixo da administração do governo Zema ficou evidenciado essa semana, com a publicação de um laudo encomendado pela Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag) que mostram a situação precária nos prédios que compõem o conjunto da Cidade Administrativa, sede do governo estadual.
Elevadores sociais com riscos em função de “colapso dos pilares metálicos decorrente de vícios construtivos” foram a causa da interdição de 22 equipamentos do prédio Gerais da Cidade Administrativa, em 21 de novembro do ano passado. Desde então os elevadores não funcionam e usuários e servidores são obrigados a subir enormes lances de escadas. Os problemas também foram atestados nos aparelhos do prédio Gerais, que continuam em operação.
Essas informações constam nas mais de 900 páginas de um laudo contratado pela Seplag, em que três engenheiros responsáveis pela avaliação orientam a realização de obras corretivas. A situação deixa tensos os servidores que trabalham no complexo de edifícios que compõem o centro de poder do Estado de Minas Gerais. Segundo a Seplag, intervenções serão feitas, mas não sabe quando.
De acordo com a TV Globo Minas, um servidor morreu após subir vários lances de escadas. A TV não divulgou o nome do servidor.
PROCDEDIMENTOS
Após a divulgação do laudo, a Seplag disse que está finalizando os procedimentos para a contratação, ainda esta semana, da empresa de engenharia para a correção das falhas que interditaram 22 elevadores do Prédio Minas, da Cidade Administrativa. Segundo a Seplag a interdição dos equipamentos foi necessária para garantir a segurança de servidores e visitantes. Disse ainda que foi solicitada a realização de perícia técnica de engenharia para identificar a causa e apontar as intervenções necessárias para a retomada segura da utilização dos elevadores. A partir da conclusão do laudo, foram iniciados os procedimentos para a execução dos serviços, garantiu a Seplag. Entretanto, a pasta não informou quando os elevadores estarão novamente em condições de uso.
A Seplag disse ainda que solicitou orçamentos de três empresas especializadas de engenharia para a execução do serviço conforme estabelecido no documento técnico. Informou que em março recebeu os orçamentos e realizado o processo, que inclui análise técnica e jurídica, para definir a empresa que irá realizar o serviço conforme as regras da dispensa de licitação por emergência. Definida a empresa, o procedimento de contratação já está em andamento, garantiu.
O laudo apontou que, na construção da Cidade Administrativa, os pilares metálicos dos contrapesos dos elevadores não foram chumbados conforme projeto, resultando um espaço vazio entre a viga de concreto armado e as chapas de fixação dos pilares, provocando um efeito “pino”. A situação seria decorrente, conforme o documento, de obra mal feita pelo então governo de Aécio Neves, responsável pela construção da Cidade Administrativa.
A Seplag disse que o laudo não aponta problemas na estrutura predial e que a falha detectada “não afeta a integridade, nem estabilidade nem a solidez da estrutura do Prédio Minas”. No caso do Prédio Gerais, o documento constata que não há colapso estrutural e que é necessário o reforço apontado como prevenção a ocorrências futuras.
Reportagem: Jotha Lee
Comunicação Sintram