Depois de irritar o filho do ex-presidente, Cleitinho se humilha e pede perdão

As eleições de 2026 já estão causando danos ao bolsonarismo e os principais nomes do partido já começam a trocar farpas em rede sociais. Ainda sem declarar abertamente qual o cargo vai disputar no ano que vem, o senador divinopolitano Cleitinho Azevedo (Republicanos) irritou o deputado Eduardo Bolsonaro (PL), que continua foragido nos Estados Unidos, porém ainda é uma das vozes mais fortes do legado político do pai, o ex-presidente Jair Bosonaro.
Na semana passada, em uma entrevista concedida a um jornal digital, o senador tentou mostrar-se independente do Bolsonarismo, ao afirmar que já tinha quitado sua dívida política com o ex-presidente. Cleitinho se colocou contrário ao lançamento da candidatura de Eduardo Bolsonaro à presidência em 2026 por ele estar fora do Brasil, avaliando a hipótese como “imprudente”.
Na entrevista, Cleitinho disse que tem gratidão a Bolsonaro. “Se eu achar que não tenho os mesmos pensamentos que esse candidato que o Bolsonaro que apoiar, eu não preciso apoiar, não. Tenho gratidão com o Bolsonaro. Não é com a família dele, com os apoiadores, não. É com ele. Uma gratidão que eu também já paguei e pago apoiando e votando nele em 2022. Não é porque vai chegar em mim e falar “ó tem esse candidato aqui que eu vou apoiar” que eu vou apoiar. Se eu não concordar, não vou”, afirmar.
Em resposta, o deputado Eduardo Bolsonaro fez uma postagem em rede social na sexta-feira e disse que “imprudente foi darmos a vaga do Senado para você”, em referência a Cleitinho. “Mas muitos dos nossos erros iremos corrigir”, acrescentou o filho do ex-presidente.
PEDIU ARREGO
A suposta independência de Cleitinho da família Bolsonaro caiu por terra. Um dia depois da postagem de Eduardo, Cletinho usou o Instagram para, literalmente, pedir perdão. Invocou a Bíblia, fez um discurso público e admitiu que errou. “Venho pedir perdão porque reconheço – e tenho a humildade em reconhecer – que errei”.
“Em uma parte de uma entrevista que dei, me perguntaram sobre apoio político no ano que vem, e eu falei que minha gratidão era pelo presidente Bolsonaro, que paguei e pago essa gratidão para ele e não para outros políticos. Falhei nessa resposta, porque você não paga gratidão — gratidão é para a vida toda”, afirmou. Sem citar Eduardo Bolsonaro, acrescentou: “Falhei e peço perdão a quem não gostou da minha resposta”, acrescentou.
Reportagem: Jotha Lee
Sintram Comunicação