Categoria: Minas Gerais

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Polícia Civil encaminha última etapa para implantar sistema de tramitação de inquéritos papel

Polícia Civil encaminha última etapa para implantar sistema de tramitação de inquéritos papel

Dentro das iniciativas institucionais de modernização, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) avança para a última etapa do projeto de Procedimento de Polícia Judiciária Eletrônico (PPJ-e), conhecido como “inquérito sem papel”, permitindo a tramitação virtual de 100% dos procedimentos policiais via sistema em interoperacionalidade com o Poder Judiciário e o Ministério Público. Isso significa mais economia, celeridade e segurança nos processos.

Integrante da Comissão destinada a viabilizar a expansão do projeto, o delegado André Pelli pontua ganhos em economicidade. “O PPJ-e significa grande economia de papel e impressão, além de tempo de levar e buscar procedimentos no fórum e vice-versa, uma vez que os sistemas da PCMG e do Tribunal de Justiça de Minas Gerais dialogam”, explica.

Quanto à celeridade, o PPJ-e ainda reflete nos trabalhos de polícia judiciária. “Todos os procedimentos, instantaneamente, serão encaminhados à Justiça assim que concluídos. Por exemplo, um pedido de medida protetiva no âmbito de violência contra a mulher, hoje, já é produzido na unidade da Polícia Civil e tramita eletronicamente para atuação do Ministério Público e do Poder Judiciário no fato”, observa Pelli.

O delegado completa que a tramitação é mais segura, pois ocorre de forma on-line. “Isso evita extravio de peças, de autos, enfim, haverá uma grande segurança de tudo que é produzido, porque tudo é gerado eletronicamente”, reforça.

IMPLEMENTAÇÃO

Atualmente, em todo o estado, prisões em flagrante, pedidos de medidas protetivas, Termos Circunstanciados de Ocorrência (TCOs) e procedimentos infracionais já são feitos de forma eletrônica.

Agora, está em andamento a inclusão do inquérito policial nas unidades sediadas em Belo Horizonte, com previsão de expansão à totalidade das delegacias na Região Metropolitana e no interior até meados de 2025. Em relação aos procedimentos físicos, por meio de uma parceria com o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), está sendo realizada a digitalização do acervo da capital, com conclusão prevista para agosto.

MODERNIZAÇÃO

Pelli ressalta que o PPJ-e representa um marco na PCMG: “O trabalho continua para que a iniciativa seja totalmente implementada e aperfeiçoada, trazendo mais segurança, efetividade e eficiência nas ações da Polícia Civil em prol de todo o estado e da população mineira”.

O PPJ-e integra o projeto de Modernização dos Órgãos de Segurança Pública do Governo do Estado e, além da parceria do TJMG, conta com o apoio da Secretaria de Estado da Casa Civil e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Fonte: Polícia Civil

PF apura envolvimento de time mineiro em manipulação de resultado no Campeonato Brasileiro

PF apura envolvimento de time mineiro em manipulação de resultado no Campeonato Brasileiro

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quarta-feira (26) a Operação Jogo Limpo. É para apurar o que a corporação se refere como uma possível manipulação de resultado de partida de futebol, realizada no interior de São Paulo, pelo campeonato brasileiro da série D.

Estão sendo cumpridos 11 mandados de busca e apreensão – expedidos pela Justiça de São Paulo – nas cidades de Patrocínio (MG), São José do Rio Preto (SP), São Paulo, Rio de Janeiro, Tanguá (RJ) e Nova Friburgo (RJ).

Em Minas Gerais, o Patrocinense, da cidade de Patrocínio, foi o alto da operação de  hoje. Tradicional clube de Minas Gerais, o time foi alvo de uma busca na manhã desta quarta-feira. Veja a nota oficial publicada nesta quarta-feira pelo Patrocinense:

POLÍCIA FEDERAL

Em nota, a PF informou que a investigação começou por meio de ofício da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). No documento, um relatório da Sportradar reporta que a movimentação em casas de apostas indicava que apostadores detinham conhecimento prévio de que determinada equipe perderia o primeiro tempo da partida por pelo menos dois gols.

A Sportradar é uma companhia privada que atua na detecção de fraudes relacionadas a apostas e identificação de manipulação de resultados esportivos, com sede na Suíça. Desde 2005, a empresa desenvolve serviços para ajudar federações esportivas, autoridades estaduais e agências de aplicação da lei em todo o mundo a combater a corrupção no esporte.

“De acordo com a empresa, 99% da tentativa da rotatividade no mercado de ‘totais de gols do primeiro tempo’ nesta partida foram para tal resultado”, destacou a corporação. “Durante o jogo, verificou-se que a equipe visitante sofreu três gols ainda no primeiro tempo, sendo um deles contra.”

PARCERIA

Segundo o comunicado, são alvos da operação integrantes e ex-integrantes de uma das equipes. “Segundo apurado, determinada empresa teria firmado parceria com um dos clubes e vários jogadores por ela agenciados foram contratados. A investigação visa apurar a influência de tais pessoas no resultado da partida”.

Ainda segundo a Polícia Federal, trata-se, em tese, de crimes contra a incerteza do resultado esportivo, com condutas tipificadas na Lei Geral do Esporte e penas de dois a seis anos de reclusão.

A PF informou atuar no caso mediante autorização expressa do Ministro da Justiça e Segurança Pública, “tendo em vista a repercussão nacional do caso, que exige repressão uniforme”.

INTERCÂMBIO DE INFORMAÇÕES

Na nota, a Polícia Federal destacou ter firmado, com a Sportradar, um memorando de entendimento para intercâmbio de informações relevantes no combate à corrupção no esporte. O acordo de cooperação permite que a corporação tenha acesso a análises relacionadas à integridade esportiva em mercados de apostas, além de indicativos de manipulação de eventos esportivos. Os nomes das demais equipes e das pessoas envolvidas na fraude não foram divulgados.

Com informações da Agência Brasil