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Banana de Zema é alvo de discursos na Assembleia e deputados criticam postura do governador

Banana de Zema é alvo de discursos na Assembleia e deputados criticam postura do governador

Zema no Instagram: comendo banana com casca (Foto: Reprodução/Instagram)

O governador de Minas Geais, Romeu Zema (Novo), aliado de Jair Bolsonaro, postou um vídeo nesta quarta-feira (12) em seu perfil no Instagram no qual ele aparece comendo uma banana com casca, para criticar a alta dos alimentos no país. “Comer banana com casca não fica tão bom quanto banana pura, mas dá para encarar nesses tempos em que os preços dispararam. Fica aí uma sugestão que pode funcionar. Comendo com a casca a gente pode economizar”, disse Zema no vídeo.

O ministro dos Transportes, Renan Filho, foi o primeiro integrante do governo federal a reagir à provocação de Zema. Na mesma rede social, Renan Filho classificou o vídeo como programa de Telettubies, programa infantil da TV na década de 1990. Se dirigindo ao governador o ministro afirmou: “Instagram Telettubie só serve para dissimular, para enganar as pessoas, e para esconder o governo fraco que Zema vem fazendo”, disse o Ministro.

ASSEMBLEIA

A postura de Romeu Zema diante de temas como a alta no preço dos alimentos e a falta de recomposição salarial para a segurança pública pautou discursos proferidos por parlamentares mineiros na reunião desta quarta-feira (12/2/25), na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).

O deputado Cristiano Silveira (PT), condenou o vídeo publicado pelo governador Romeu Zema (Novo) nas redes sociais, no qual o político aparece comendo uma banana com casca como forma de ironizar a alta no preço dos alimentos.

O parlamentar chamou a atitude de “vale tudo pelo like” e sugeriu, por outro lado, que o governador gravasse vídeos apontando soluções para os problemas do Estado, como as estradas, a necessidade de valorização dos servidores e as filas de pacientes nas unidades de saúde. Cristiano Silveira lamentou ainda que Romeu Zema e sua base aliada não tenham se pronunciado sobre a taxação do aço americano anunciada por Donald Trump e que impactará diretamente a economia mineira.

O silêncio de parlamentares da direita sobre o assunto também foi reprovado pelo deputado Jean Freire (PT). Ele lembrou que Minas Gerais é o estado brasileiro que será mais prejudicado com a sobretaxa, especialmente na área da construção civil.

Ao comentar o vídeo de Romeu Zema, Jean Freire apontou itens constantes na lista de compras da Cidade Administrativa de Minas Gerais, os quais chamou de “tudo do bom e do melhor” em comparação à sugestão do governador de que a população deveria comer banana com casca para economizar.

Com informações da ALMG

Vendas no comércio fecham 2024 com alta de 4,7%, a maior desde 2012

Vendas no comércio fecham 2024 com alta de 4,7%, a maior desde 2012

As vendas no comércio cresceram 4,7% em 2024 na comparação com o ano anterior. Além de ser o oitavo ano seguido de expansão, é também a maior alta desde 2012, quando aumentou 8,4%. Os dados fazem parte da Pesquisa Mensal do Comércio, divulgada nesta quinta-feira (13) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). “É um número bastante expressivo”, apontou o gerente da pesquisa, Cristiano Santos.

A alta anual se consolidou mesmo com o resultado de dezembro, que ficou 0,1% abaixo de novembro, movimento considerado pelo IBGE como estabilidade, ou seja, não é um recuo expressivo. Em comparação com dezembro de 2023, houve expansão de 2%.

A média móvel trimestral, isto é, o comportamento dos três últimos meses do ano, foi também de estabilidade (0%). O IBGE destacou que o resultado de dezembro coloca o comércio brasileiro 0,3% abaixo do ponto mais alto registrado em outubro de 2024. “É uma estabilidade na alta”, avalia Santos sobre o comportamento do comércio no fim do ano.

O analista do IBGE explica que entre os fatores que impulsionaram o comércio em 2024 estão a expansão da massa de rendimento dos trabalhadores, o número de pessoas ocupadas e o crédito estável. A taxa de desemprego de 2024, de 6,6%, foi a menor da série histórica do IBGE.

Santos aponta que fatores que impediram um aumento maior das vendas são a inflação e a alta do dólar, que encarecem os produtos, notadamente os de informática e comunicação. Em 2024, o país fechou com inflação de 4,83%, acima da meta do governo, de 4,5%. Já o dólar subiu 27% no ano passado.

BALANÇO 2024

Ao longo de 2024, oito das 11 atividades pesquisadas pelo IBGE apresentaram expansão, com destaque para artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria, grupo que subiu 14,2%. É a única que, assim como o conjunto do setor de comércio, acumula 8 anos seguidos de alta. Os subsetores de produtos farmacêuticos em si e o de perfumaria e cosméticos também cresceram.

Cristiano Santos destaca ainda que, desde 2004, quando começou a série histórica do setor farmacêutico, só houve queda nas vendas em 2016, ano em que todo comércio brasileiro fechou com taxa negativa.

As demais atividades com alta em 2024 foram veículos e motos, partes e peças (11,7%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (7,1%), material de construção (4,7%), hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (4,6%), móveis e eletrodomésticos (4,2%), tecidos, vestuário e calçados (2,8%) e equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (0,7%). 

As três atividades que tiveram diminuição nas vendas foram combustíveis e lubrificantes (1,5%), atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo (7,1%) e livros, jornais, revistas e papelaria (7,7%).

O segmento de livros, jornais, revistas e papelaria já vem acumulando quedas há alguns anos, com uma única alta, em 2022, nos últimos 11 anos. “Isso está relacionado ao crescente processo de digitalização de parte de seus produtos. O que vem sustentando essa atividade é o livro didático”, explica o analista do IBGE.

A pesquisa do IBGE buscou dados de 6.770 empresas formais do setor de comércio, com ao menos 20 pessoas ocupadas, de todos os estados e do Distrito Federal.

Com Agência IBGE