Categoria: Minas Gerais

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Polícia Federal deflagra operação em Minas Gerais contra juízes suspeitos de vender sentenças

Polícia Federal deflagra operação em Minas Gerais contra juízes suspeitos de vender sentenças

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta sexta-feira (23) mais uma operação em Tocantins, desta vez contra magistrados do Tribunal de Justiça suspeitos de venda de sentenças.

Viaturas da PF amanheceram em frente ao Tribunal de Justiça de Tocantins, e alguns servidores não puderam entrar para trabalhar. Os agentes cumprem dois mandados de prisão preventiva e 60 mandados de busca e apreensão, todos autorizados pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Além do Tocantins, os mandados são cumpridos em Minas Gerais, São Paulo, Goiás e Distrito Federal. Outras medidas foram ordenadas, como o afastamento de cargo público, o sequestro e a indisponibilidade de bens, direitos e valores dos envolvidos.

Os alvos das investigações não foram revelados, mas imagens da TV Anhanguera, filiada à Rede Globo no estado, flagraram agentes da PF na casa do desembargador João Rigo Guimarães, no município de Araguaína, no norte do Tocantins. O magistrado já foi presidente do TJTO e é o atual presidente do Tribunal Regional Eleitoral do estado.

Além dos crimes de corrupção ativa e exploração de prestígio, a PF informou que apura a existência de uma organização criminosa e atos de lavagem de dinheiro.

“As investigações apuram suposta negociação para compra e venda de decisões e atos jurisdicionais, bem como condutas que visam lavar o dinheiro oriundo da prática criminosa investigada”, informou a corporação, em nota.

O nome da operação faz referência à personagem do filme Gladiador (Máximus), que lutou contra a corrupção na cúpula do poder no Império Romano.

A Agência Brasil entrou em contato com o TJTO pedindo posicionamento e tenta contato com o desembargador João Rigo Guimarães ou sua defesa.

A ação ocorre dois dias depois de a PF ter deflagrado a Operação Fames-19 contra o governador do estado, Wanderlei Barbosa, sobre desvios na contratação de empresas para a distribuição de cestas básicas.

Fonte: Agência Brasil

Polícia Civil  de Minas inicia campanha de coleta de amostras biológicas de familiares de pessoas desaparecidas

Polícia Civil  de Minas inicia campanha de coleta de amostras biológicas de familiares de pessoas desaparecidas

Delegado Alexandre Oliveira da Fonseca e O perito Giovanni Vitral demonstram o swab usado durante coleta de saliva (Foto: PCMG)

Segundo a delegada Ingrid Estevam, chefe da Divisão de Referência à Pessoa Desaparecida (DRPD), é fundamental que os familiares de pessoas desaparecidas se engajem nesta causa para que haja possíveis identificações. “A PCMG está devidamente preparada para receber, com toda a estrutura necessária, para que possamos alcançar resultados significativos”, afirma.

De acordo com o chefe de Laboratório de DNA da PCMG, perito criminal Giovanni Vitral, nos últimos cinco anos já foram identificadas 26 pessoas pelo banco de perfis genéticos. “O trabalho no Instituto de Identificação teve início em 2014, mas as compatibilidades começaram em 2019, a partir do projeto de fortalecimento da Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos (RIBPG), quando pudemos processar mais amostras de restos mortais e de familiares”, explica o perito.

PONTOS FOCAIS

Em Belo Horizonte, os familiares deverão procurar a DRPD para emitir requisição pericial, portando documento de identificação e o Registro de Evento de Defesa Social (Reds) do desaparecimento que tenha sido registrado na DRPD.

Em seguida, eles serão direcionados ao Instituto Médico-Legal (IML) Dr. André Roquette para coleta do material, das 8h às 18h.

No interior do estado, os familiares deverão procurar a Delegacia Regional de Polícia Civil, para emissão da requisição pericial e, posteriormente, serão direcionados ao Posto Médico-Legal, das 8h às 18h.

Os familiares deverão levar identidade e o Reds do desaparecimento realizado na Delegacia Regional de Polícia.

Consulte os endereços das unidades aqui.

MATERIAL GENÉTICO

No IML, o familiar pode entregar qualquer material de uso pessoal do desaparecido, como barbeadores, escovas de dente, bonés, roupas usadas pelo desaparecido e que não tenham sido lavadas, escova de cabelo ou pente de uso exclusivo do desaparecido, entre outros. Em relação ao grau de parentesco, a ordem de preferência para a coleta é de pai e mãe, pai ou mãe acompanhado de filhos, pai ou mãe, filhos e irmãos de mesmo pai e mesma mãe (no mínimo dois).

O perito Giovanni Vitral esclarece que a coleta é simples e indolor. Após o procedimento, o material é encaminhado ao Laboratório de DNA para processamento e obtenção do perfil genético. O código é inserido no banco de dados, que busca por compatibilidades, apontando ou não a identificação da pessoa desaparecida.

Há, atualmente, 473 perfis genéticos de restos mortais não identificados oriundos de Minas Gerais no Banco Nacional, porém, no Banco Estadual existem 533 cadastrados. “Nem todos os perfis genéticos possuem os critérios para serem inseridos no nacional, mas apresentam critérios para serem buscados no nosso banco local”, esclarece Vitral.

As coletas de material biológico de familiares de pessoas desaparecidas podem ser realizadas durante todo ano e devem ser efetuadas no IML Dr. André Roquette (na capital) e nos postos Médico-Legais (no interior do estado).

Fonte: Polícia Civil