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Assembleia dá posse a deputado substituto de Macaé Evaristo, nomeada ministra do presidente Lula

Assembleia dá posse a deputado substituto de Macaé Evaristo, nomeada ministra do presidente Lula

Hely Tarquínio (PV) retornou à Assembleia para cumprir seu oitavo mandato (Foto: Guilherme Dardanhan/ALMG)

Tomou posse na manhã de terça-feira (17), como deputado estadual da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), o médico Hely Tarquínio (PV). Ele retorna para cumprir seu oitavo mandato parlamentar por ter sido o primeiro suplente, nas eleições de 2022, da federação partidária composta pelo seu partido, o PV, e também pelo PT e PCdoB. A vaga ocupada por ele foi deixada pela deputada licenciada e agora ministra dos Direitos Humanos do presidente Lula, Macaé Evaristo (PT).

A cerimônia de posse foi realizada no Salão Nobre e conduzida pelo presidente da ALMG, deputado Tadeu Leite (MDB). Seguindo o rito previsto no Regimento Interno, Hely Tarquínio firmou seu compromisso de atuação no Legislativo mineiro e, após a leitura do termo de posse pelo 3º-secretário da Assembleia, deputado João Vitor Xavier (Cidadania), assinou o documento que referendou seu retorno ao Parlamento.

Ao discursar, o médico ressaltou a importância do diálogo e do respeito à Constituição Federal para uma boa atuação parlamentar. Enfatizou que é preciso um olhar especial para a Educação como forma de inspirar maior compreensão e reciprocidade entre as pessoas, combatendo o que chamou de um “meio ambiente poluído” nas relações sociais e políticas atuais. Em especial, defendeu a ampliação do acesso ao ensino superior para a criação de mais oportunidades para todos. “A Constituição não pode ser manchada, nem desobedecida. Esse respeito à lei é o que vamos praticar no Parlamento, onde já aprendi tanto”, afirmou

O presidente da ALMG, Tadeu Leite, celebrou o retorno de Hely Tarquinio e destacou o fato de que ele retorna já com muita experiência na construção do Parlamento Mineiro. Ao concluir as congratulações ao deputado recém-empossado, ele citou os versos do poeta Mário de Andrade para frisar a referência criada por Hely em tantos anos de atuação na ALMG: “Não devemos servir de exemplo a ninguém, mas podemos servir de lição”.

PERFIL

Médico-cirurgião, Hely Tarquínio foi deputado estadual anteriormente por sete mandatos, sendo três consecutivos, entre 1991 e 2003, e mais quatro entre 2007 e 2023.

Formado pela Faculdade Federal do Triângulo Mineiro (1966), foi cirurgião-geral dos Hospitais Vera Cruz e Imaculada Conceição, diretor e cirurgião do Hospital Regional Antônio Dias, todos em Patos de Minas (Alto Paranaíba), e supervisor do Inamps também de Patos de Minas.

Exerceu, ainda, o cargo de secretário-adjunto de Estado de Saúde na primeira gestão do governador Aécio Neves (2003-2006).

Em sua trajetória no Parlamento mineiro, foi Ouvidor da ALMG, na 18ª e 19ª Legislaturas, e 2º- vice-presidente da Assembleia, na 17ª Legislatura. Também foi, na 19ª Legislatura, presidente da Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária e membro das CPIs dos Fura-Filas da Vacinação e da Cemig.

Fonte: ALMG

Sete em cada 10 municípios têm risco alto ou muito alto para pólio

Sete em cada 10 municípios têm risco alto ou muito alto para pólio

Dos 5.570 municípios brasileiros, pelo menos 68% estão classificados atualmente como em risco alto ou muito alto para poliomielite, conhecida popularmente como paralisia infantil. O índice representa um total de 3.781 cidades, sendo a maioria (2.104) categorizada com alto risco para a doença. Há ainda 1.342 municípios brasileiros classificados como em médio risco e apenas 447 catalogados como em baixo risco para a pólio.

Os dados foram apresentados nesta quarta-feira (18) durante a 26ª Jornada Nacional de Imunizações, em Recife, e constam no Plano de Mitigação de Risco de Reintrodução do Poliovírus Selvagem e Surgimento do Poliovírus Derivado da Vacina. Ao comentar os números, a consultora em imunizações da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) Franciele Fontana avaliou o cenário como preocupante.

“Vemos grande parte do país em vermelho e em vermelho forte”, disse, ao se referir às cores que sinalizam riscos elevados para a doença, erradicada do território brasileiro em 1994, após uma série de campanhas de vacinação em massa. O último caso de pólio no país foi confirmado em março de 1989. “A gente vem de uma série histórica de alto e muito alto risco de introdução no país e isso nos preocupa”, completou.

A série histórica a que Franciele se refere são os resultados de uma avaliação de risco feita pela Comissão Regional de Certificação para a Erradicação da Pólio na Região das Américas. Em 2020 e em 2021, por exemplo, o Brasil havia sido classificado como em risco alto para a doença. Já em 2022, a categorização subiu para risco muito alto, ao lado do Haiti e da República Dominicana. No ano passado, o país voltou a registrar risco alto para pólio.

As coberturas vacinais contra a doença no Brasil sofreram quedas ao longo dos últimos anos. Em 2022, a cobertura ficou em 77,19%, longe da meta de 95%. Em 2023, o índice subiu para 84,63%.

RECOMENDAÇÕES

Franciele lembrou que, em junho deste ano, a comissão emitiu uma série de recomendações ao Brasil, incluindo investigar as causas das baixas coberturas vacinais contra a pólio. Dentre as hipóteses elencadas pela entidade estão o acesso limitado a doses em áreas mais remotas, a quantidade insuficiente de doses em determinadas localidades e a hesitação ou desconfiança da população acerca do imunizante.

A comissão também pediu ao Brasil que priorize a vacinação em municípios classificados como em alto risco para pólio, iniciando as ações onde a taxa de imunização é inferior a 50%. Outra estratégia sugerida consiste num sistema de recompensa destinado a estados e municípios que cumpram metas definidas. A entidade solicitou ainda que uma comissão nacional se reúna uma vez ao ano para tratar do tema.

Por fim, a comissão sugeriu ao Brasil realizar um exercício de simulação para pólio que envolva todos os setores relevantes, encenando uma resposta a um surto da doença no país. “Precisamos que todas as nossas salas de vacina estejam abastecidas com insumos pra que a gente não perca oportunidades”, avaliou Franciele, ao citar ainda que serviços de rotina em saúde precisam estar prontos para captar eventuais casos da doença.

Fonte: MEC