Categoria: Minas Gerais

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Apenas cinco capitais, entre elas Belo Horizonte não alcançam nota média em transparência

Apenas cinco capitais, entre elas Belo Horizonte não alcançam nota média em transparência

A capital mineira não atingiu o limite mínimo de transparência (Foto: Clima ao Vivo)

Somente cinco capitais brasileiras – São Paulo, Belo Horizonte, Recife, Curitiba e Fortaleza – não receberam a nota mínima no Índice de Dados Abertos para Cidades (ODI Cidades) 2023 da Open Knowledge Brasil (OKBR), que avaliou as 26 cidades mais importantes do país quanto à transparência dos órgãos públicos.

A pontuação do índice varia em uma escala de 0 a 100% e é classificada em cinco níveis: Opaco (0 a 20%); Baixo (21% a 40%); Médio (41% a 60%); Bom (61% a 80%); e Alto (81% a 100%).

São Paulo, com índice de 48%, e Belo Horizonte (47%) não atingiram 50% da pontuação do índice e apresentam nível médio de abertura de dados na escala da avaliação. Recife (38%), Curitiba (27%) e Fortaleza (26%), que ocupam as posições seguintes do ranking, alcançaram nível de abertura baixo. As demais 21 capitais ficaram com classificação opaco.

“É um contexto preocupante, que nos faz questionar: se a situação naquelas que estão entre as maiores cidades do país é esta, como é o cenário em outros municípios do Brasil?”, destaca a coordenadora de Advocacy e Pesquisa da Open Knowledge Brasil, Danielle Bello.

Para elaboração do índice, foram avaliados seis grupos de indicadores: acesso, licenciamento, documentação, formato, detalhamento e temporalidade. A avaliação verificou se os dados estavam disponíveis online, de forma gratuita e sem necessidade de solicitação de acesso; se o conjunto de informações estava também disponibilizado em metadados, em formato de arquivo não proprietário e processável, e se foi atualizado de acordo com a periodicidade declarada.

Foram analisados os dados das áreas de administração pública, assistência social, cultura, educação, esporte e lazer, finanças públicas, habitação, infraestrutura urbana, legislação, meio ambiente, mobilidade e transporte público, ordenamento territorial e uso do solo, saúde e segurança pública.

Leia o relatório completo aqui

Fonte: Open Knowledge Brasil

Zema está no Top Cinco dos maiores salários entre os governadores do Brasil

Zema está no Top Cinco dos maiores salários entre os governadores do Brasil

Aumento no salário do governador de Minas Gerais foi de 278% no ano passado

Romeu Zema: aumento de 278% no próprio salário (Foto: Luís Ivo)

Reportagem publicada pelo UOL indica que três governadores aprovaram aumentos de mais de 100% sobre os próprios salários desde 2022. Os dados foram obtidos jun às Assembleias Legislativas estaduais e portais de transparência. Em Minas, por exemplo, Romeu Zema aumentou o próprio salário em 278%.

O governador Carlos Brandão (PSB), do Maranhão, aprovou neste mês aumento de 107%. O rendimento mensal dele vai passar de R$ 15.915,00 a R$ 33.006,39 a partir de junho. Em nota, o governo maranhense disse que Brandão recebia o menor salário entre os governadores de todo o Brasil, e que não tinha reajuste desde 2014.

Antes dele, Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais, aprovou aumento de 278% em maio passado, e o caso foi parar na Justiça. Em dezembro passado, o STF rejeitou um pedido para reverter esse acréscimo. O subsídio mensal de Zema passou de R$ 10,5 mil para R$ 41,8 mil.

Pernambuco, comandado por Raquel Lyra (PSDB), também sancionou aumento de 129%. Em dezembro de 2022, a Assembleia Legislativa de Pernambuco aprovou que o salário da governadora passasse de R$ 9,6 mil a R$ 22 mil. No entanto, este não é o valor que Raquel Lyra recebe. Ela escolhe continuar a receber R$ 42.145 mensais como procuradora do estado, cargo que ocupava antes de entrar para a política.

Raquel Lyra tem o maior salário entre os governadores brasileiros, e também é quem recebe melhor na comparação com a renda média do estado. O salário dela é quase 38 vezes maior do que a renda per capita média do pernambucano em 2023, de R$ 1.113, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Para o cientista político André César, não há justificativa para reajustes tão altos. “O seu vencimento tem que ser de acordo com a realidade local”, disse. “A inflação é muito menor que esses índices de reajuste, e o homem público tem que ser um exemplo para a sociedade. Nesses casos, é realmente tudo menos exemplar.

Entre os maiores salários dos governadores brasileiros, Romeu Zemaé o terceiro colocado com mais de R$ 41 mil. O menor salário entre os governadores é de Elmano de Freitas (PT), governador do Ceará, que recebe mensalmente R$ 20.629,59. Veja os 10 governadores que lideram o ranking dos maiores salários:

  • Pernambuco – Raquel Lyra (PSDB) – R$ 42.145,88
  • Sergipe – Fábio Mitidieri (PSD) – R$ 41.650,92
  • Minas Gerais – Romeu Zema (Novo) – R$ 41,8 mil
  • Acre – Gladson Cameli (PP) – R$ 40.137,69
  • Mato Grosso do Sul – Eduardo Riedel (PSDB) – R$ 35.462,27
  • Rondônia – Marcos Rocha (União) – R$ 35.462,22
  • Rio Grande do Sul – Eduardo Leite (PSDB) – R$ 35.462,22
  • Bahia – Jerônimo Rodrigues (PT) – R$ 35.462,22
  • Pará – Helder Barbalho (MDB) – R$ 35.363,55
  • São Paulo – Tarcisio de Freitas (Republicanos) – R$ 34.572,89

Reportagem completa no UOL