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Justiça anula criação de cargos comissionados na prefeitura de Araxá

Justiça anula criação de cargos comissionados na prefeitura de Araxá

O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), por meio do Órgão Especial, julgou procedente pedido do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e anulou a criação de lei que instituía quatro cargos comissionados de assessoramento no Teatro Municipal Maximiliano Rocha, mantido pela prefeitura de Araxá, no Triângulo Mineiro. A decisão se deu no âmbito de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) que alegava, entre outros argumentos, que os cargos não eram propriamente de assessoria e nem estabeleciam relação de imediata subordinação ao nomeante. Com isso, os requisitos indispensáveis para enquadrar uma função como cargo de confiança não foram cumpridos. O acórdão estabeleceu prazo de 12 meses para desligamento dos servidores nomeados irregularmente.

Os quatro cargos comissionados objeto da ADI eram para assessores de coordenação de eventos; de comunicação; de realização de cerimoniais e de apoio técnico e logística. Segundo os argumentos do MPMG aceitos pela Justiça, a lei municipal 7.693/2021, que instituiu os cargos, previu atribuições de teor “essencialmente burocrático, operacional, executivo e administrativo”, além de várias tarefas idênticas e de descrições vagas. Com essa configuração, as funções se distanciam, conceitualmente, daquelas típicas de chefia, direção e assessoramento. Dessa forma, se observados os preceitos constitucionais, a investidura deveria se dar por concurso público e não por livre nomeação, o que implicou na inconstitucionalidade do texto legal.

De forma taxativa, o acórdão ressalta que a criação de cargos em comissão deve ser medida excepcional e que a vulgarização desse tipo de medida pode constituir fraude. Por sua vez, o prazo de 12 meses para aplicação prática da decisão levou em conta o princípio da segurança jurídica. O TJMG entendeu que a exoneração imediata dos ocupantes dos cargos poderia causar prejuízo injustificado aos servidores, tendo em vista que as nomeações foram aceitas presumindo-se a constitucionalidade dos atos.

Fonte: MP

Romeu Zema nomeia mais um aliado para Procurador Geral do Estado

Romeu Zema nomeia mais um aliado para Procurador Geral do Estado

De aliado de Zema, a procurador geral do Estado, Paulo de Tarso assume o mais alto cargo do Ministério Público (Foto: MP)

O governador Romeu Zema (Novo) terá mais um aliado no cargo de Procurador Geral do Estado. Sai Jarbas Soares Júnior, que pretende se candidatar a deputado federal pela região do Vale do Jequitinhonha, e entra o promotor de Justiça Paulo dee Tarso Morais Filho para ocupar o cargo no biênio 2025/2026. O nome de Paulo de Tarso foi oficilizado na tarde deesta quarta-feira (20).

Será a primeira vez que um promotor de Justiça assume o cargo de procurador-geral de Justiça de Minas Gerais. Esta foi a terceira eleição em que promotores de Justiça concorreram à chefia do Ministério Público de Minas Gerais. Anteriormente, apenas procuradores de Justiça podiam se candidatar.

Segundo o governador, a nomeação será publicada no Diário Oficial de Minas Gerais nos próximos dias. Paulo de Tarso compôs a lista tríplice, formada após votação na última segunda-feira, dia 18, com os procuradores de Justiça Carlos André Mariani Bittencourt e Marcos Tofani Baer Bahia.

QUEM É O NOVO PROCURADOR – Natural de Entre Rios de Minas, Paulo de Tarso Morais Filho tem 57 anos e uma carreira de quase 30 anos dedicada ao Ministério Público, tendo ingressado na instituição em 1995. Ocupava, desde 2021, a chefia de gabinete da instituição.

Paulo de Tarso foi o segundo colocado na eleição interna do MP, ficando com 659 votos, apenas um voto atrás de Carlos André Mariani Bittencourt, que obteve 660 votos. Em terceiro lugar na lista tríplice entregue ao governador ficou Marcos Tofani Baer Bahia, com 322 votos. Paulo de Tarso atuava como chefe de gabinete de Jarbas Soares Júnior até recentemente, mas não contou com o apoio do atual Procurador-Geral, que lançou a candidatura do procurador-geral adjunto institucional, Carlos André.

Tarso, por sua vez, contava com o apoio político da Família Aro, grupo ligado ao secretário de Estado de Casa Civil, Marcelo Aro, o que fortaleceu sua posição na corrida. Segundo fontes de bastidores, seu discurso de inovação e renovação dentro do MP foi um dos principais pontos de sua candidatura.

Marcelo Aro é filiado ao Partido Progressista e já foi deputado fedeal por Minas Gerais em dois mandatos. Sua ligação com Paulo de Tarso garante mais um aliado de Zema n cargo de Procurador Geral do Estado.

Marcelo Aro é filho do ex-presidente da Federação Mineira de Futebol e atual deputado estadual José Guilherme Ferreira Filho O irmão de Marelo, Adriano  Aro, é o atual presidente da FMF.

O cargo de Procurador-Geral de Justiça é o de maior autoridade no Ministério Público, responsável pela administração da instituição e pela supervisão de investigações e ações contra membros do governo, do Judiciário e da Assembleia Legislativa. Está a primeira vez que Zema não nomeia o nome que lidera a lista tríplice.

Reportagem: Jotha Lee
Comunicação Sintram