Casos de dengue explodem em Divinópolis e UPA não tem mais capacidade para receber pacientes

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O sistema de saúde público do município de Divinópolis ameaça entrar em colapso diante da explosão dos casos de dengue, aumento de internações e falta de vagas na rede conveniada para atender a pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). A situação provocou a superlotação da Unidade de Pronto Atendimento Padre Roberto (UPA 24h), que na sexta-feira (1º/3) atingiu a 150% de ocupação, segundo informou a Secretaria Municipal de Saúde (Semusa). De acordo com a pasta, na sexta-feira a capacidade instalada da UPA para pacientes em observação foi extrapolada. A taxa de ocupação chegou a 150% devido à baixa oferta de leitos hospitalares. A Prefeitura ainda não fez nova atualização da situação na unidade.

A Prefeitura de Divinópolis transfere a responsabilidade para o Estado. Segundo a nota da Semusa, a regulação de internação hospitalar para os casos provenientes da Rede de Urgência e Emergência, é da Secretaria Estadual de Saúde (SES/MG), acrescentando que o município “não tem governabilidade para tal regulação”.

Segundo a Semusa, a UPA conta com 42 leitos (Unidade de Média Complexidade, Unidade de Decisão Clínica, Unidade de Cuidados Intensivos e Pediatria). Na sexta-feira, 61 pacientes estavam internados na unidade e outros 47 pacientes ainda aguardam vaga em domicílio.

A Superintendência Regional de Saúde (SRS), por sua vez, permanece em silêncio diante do quadro caótico, que tinge toda a região. Responsável por 53 municípios, a SRS/Divinópolis tem se mostrado inoperante e ineficiente, uma vez que não assume suas responsabilidades na busca de uma solução para a permanente falta de vagas, agora com a situação agravada devido ao avanço da dengue em  toda a região central do Estado.

AVANÇO DA DENGUE

Embora a Semusa tenha omitido essa situação como responsável pela superlotação da UPA, o avanço da dengue é um dos principais motivos para o atual quadro no sistema de saúde do município. Em uma semana, os casos notificados de dengue na cidade aumentaram 43,06%, saltando de 2.250 no dia 23 de fevereiro para 3.219 no dia 1º de março. Já os casos confirmados da doença tiveram uma explosão no mesmo período, aumentando 75,82%. No dia 1º de fevereiro eram 972 casos confirmados, saltando para 1.709 no dia 1º desse mês. Seis mortes estão em investigação.

Reportagem: Jotha Lee
Comunicação Sintram

 

 


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