
Os servidores municipais de Bambui, com participação da população, realizaram no início da noite desta quarta-feira (2) uma ruidosa carreata pelas ruas centrais da cidade. A ordem judicial para o retorno dos 114 professores que estavam parados retornarem às salas de aula foi cumprida a partir da última segunda-feira. Já os servidores de outros setores da Prefeitura também estão retornando ao trabalho, após a decisão liminar do Tribunal de Justiça de Minas Gerais. A greve da categoria foi deflagrada na terça-feira passada, 24 de junho.
A carreata desta quarta-feira teve como objetivo mostrar à população, que embora a greve tenha sido esvaziada pela decisão judicial, os servidores continuam mobilizados e a categoria continuará lutando contra a terceirização em massa dos serviços públicos, conforme pretende o prefeito Firmino Júnior (Podemos).
“A liminar concedida pela justiça em um dissídio coletivo ajuizado pelo prefeito causou um impacto importante na greve. Os servidores se sentiram intimidados, já que assédio moral e pressão sobre a categoria já se normalizaram no serviço público da cidade. Mas os servidores também não aceitam que a Prefeitura seja entregue de mão beijada para terceiros e estão dispostos a continuar demonstrando isso com manifestações pacíficas, como aconteceu na noite de ontem”, declara o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Divinópolis e Região Centro-Oeste (Sintram), Marco Aurélio Gomes.
O presidente do Sindicato lamenta que o prefeito tenha fugido do diálogo. “Infelizmente o prefeito, que por sinal é servidor público, viu a greve como uma questão pessoal, não entendeu que os servidores estão lutando por seus direitos e se negou a dialogar. A pretensão de negociar sem a presença do sindicado, como ele propôs, é totalmente absurda e inaceitável”, afirmou.
Marco Aurélio Gomes disse ainda que essa situação ainda não foi resolvida. “Vamos aguardar a audiência de conciliação que deverá acontecer nos próximos dias e, não havendo um acordo aguardaremos o julgamento do mérito do dissídio coletivo. O prefeito preferiu judicializar uma questão que, diante de sua intransigência, não pôde ser resolvido no diálogo. A partir da manifestação final da Justiça, analisaremos com os servidores quais os próximos passos vamos adotar para continuar na luta contra a terceirização”, finalizou Marco Aurélio Gomes.
Reportagem: Jotha Lee
Sintram Comunicação