Numero de casos teve um crescimento superior a 797% de janeiro a maio
A Unidade de Pronto Atendimento Padre Roberto Cordeiro (UPA 24h) enfrentou mais uma semana de aumento expressivo nos atendimentos, provocados especialmente pelo crescimento de pacientes acometidos de doenças respiratórias graves. De acordo com dados da Secretaria Municipal de Saúde, de janeiro até o dia 26 desse mês, foram registrados 2.560 casos de doenças respiratórias em Divinópolis. De janeiro a maio, o número de casos teve um crescimento de 797,50%.
A Semusa divulgou nesta sexta-feira (30) a evolução dos casos de atendimentos por doenças respiratórias graves na rede pública municipal. De acordo com o levantamento da Semusa, foram 321 casos em janeiro, passando para 378 em fevereiro, 397 em março e 637 em abril. Esse mês, até esta sexta-feira (30), já foram registrados 827 casos, totalizando 2.560 atendimentos na rede pública esse ano.
Segundo a Semusa, o atual cenário acende um alerta e acrescenta que medidas estão sendo adotadas. “Para conter a pressão sobre os serviços de urgência e ampliar a capacidade de acolhimento, a Prefeitura adotou medidas emergenciais, entre elas a ampliação do número de médicos atuando na porta de entrada da UPA, agilizando o atendimento e reduzindo o tempo de espera”, disse a secretaria em nota publicada no site oficial da Prefeitura. A Semusa lembrou, ainda, que como forma de conter a propagação de vírus respiratórios dentro do ambiente hospitalar, passou a ser recomendado o uso de máscara no ambiente interno da UPA.
GESTÃO
O Consórcio Intermunicipal de Saúde que administra a UPA (CIS-URG), confirma o aumento na procura por atendimento na unidade, mas garante que todos os paciente estão sendo atendidos. Em nota, o Consórcio disse que “nenhum dos pacientes tem o tempo estourado seguindo os protocolos pré-triagem que garantem abordagem imediata a todo e qualquer agravo que possa comprometer a vida do paciente”.
A gestão da UPA afirmou que a população ainda continua se recusando a buscar assistência na atenção primária (unidades de saúde) e atribui isso à “à boa prática assistencial na UPA com o propósito de resolução breve da condição de doença”. “Com isso, houve um aumento de atendimentos diários de cerca de 50%”, afirmou.
A direção da UPA disse ainda que “todo e qualquer paciente, divinopolitano ou da microrregião, é assistido à chegada na unidade, independente da condição. Sendo assim, há dias de imediato atendimento e outros com demandas que serão assistidas com um prazo mais prolongado”. Há, ainda, um grande número de ambulâncias do Samu e Unidades do Corpo de Bombeiros chegando com casos mais graves.
Além dos casos que são atendidos e o paciente liberado, outro problema crônico enfrentado pela UPA é a grande quantidade de pacientes internados na unidade à espera de vaga hospitalar. Ontem a tarde, eram 63 pacientes a espera de vagas em um hospital. A regulação de leitos hospitalares é feita pelo Estado, cujos critérios, sendo a Secretaria de Estado da Saúde, estão entre a gravidade do quadro de paciente e a colocação na fila de espera.
Reportagem: Jotha Lee
Sintram Comunicação