Autor: Sintram

Um mês após inocentar a gestão da UPA por mortes na Unidade, Prefeitura de Divinópolis rescinde com IBRAPP

Um mês após inocentar a gestão da UPA por mortes na Unidade, Prefeitura de Divinópolis rescinde com IBRAPP

A publicação da rescisão cita o “interesse público relevante” como justificativa, mas não fornece detalhes concretos sobre o que motivou essa mudança de gestão.
A vice-prefeita Janete Aparecida e o prefeito Gleidson Azevedo, deram entrevista coletiva em abril para tentar eximir a responsabilidade da administração da tragédia instalada na UPA Divinópolis (Foto: Reprodução)
A vice-prefeita, Janete Aparecida, e o prefeito, Gleidson Azevedo, deram entrevista coletiva em abril para tentar eximir a responsabilidade da administração da tragédia instalada na UPA Divinópolis (Foto: Reprodução)

A Prefeitura de Divinópolis publicou no Diário Oficial dos Municípios Mineiros a rescisão contratual com o Instituto Brasileiro de Políticas Públicas (IBRAPP), responsável pela gestão da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24h Padre Roberto. A decisão foi oficializada no dia 15 de julho de 2024, apenas um mês após a Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) concluir uma sindicância isentando a gestão da UPA de qualquer responsabilidade pelas mortes ocorridas na unidade. Porém essa rescisão levanta sérias dúvidas sobre a coerência e a transparência da administração municipal.

RESCISÃO CONTRADIZ SINDICÂNCIA RECENTE

No mês passado, a Semusa conduziu uma sindicância para investigar as mortes que ocorreram na UPA. Mas, apesar das evidências e dos depoimentos emocionados de familiares, a sindicância inocentou a UPA, atribuindo as mortes a causas externas, como a chikungunya no caso da menina Thallya. No entanto, a rescisão contratual com o IBRAPP parece ignorar essa conclusão, gerando questionamentos sobre a real motivação por trás dessa decisão abrupta.

TERCEIRIZAÇÃO

O Sintram, sindicato que representa os servidores públicos municipais de Divinópolis e região, sempre foi contrário à terceirização da UPA e dos serviços públicos. Além disso, desde o início da gestão do atual prefeito, o sindicato alertou sobre os riscos e as consequências negativas dessa prática. 

Vale lembrar que, durante a campanha eleitoral, o prefeito assinou um termo de compromisso com o Sintram, prometendo não terceirizar os serviços públicos. Porém essa promessa, claramente, foi quebrada por Gleidson Azevedo (Novo).

INCOERÊNCIAS E FALTA DE RESPOSTAS

Em diversas reportagens publicadas pelo Portal do Sintram, apontamos falhas na gestão da UPA em Divinópolis sob a responsabilidade do IBRAPP. Desde a perda de espaço pelos servidores efetivos em cargos comissionados até denúncias de erro médico e a falta de transparência na divulgação dos relatórios de sindicância. Portanto, a rescisão contratual, baseada no “interesse público relevante” segundo a própria Semusa, levanta mais perguntas do que respostas.

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RESCISÃO SEM EXPLICAÇÕES SATISFATÓRIAS

O extrato de rescisão contratual publicado no Diário Oficial cita o “interesse público relevante” como justificativa, mas não fornece detalhes concretos sobre o que motivou essa mudança de gestão. A falta de transparência e de explicações, no entanto, mais detalhadas só aumenta a desconfiança da população e dos servidores municipais.

TRANSPARÊNCIA E RESPONSABILIDADE

O Sintram exige que a Prefeitura de Divinópolis forneça explicações detalhadas sobre a rescisão do contrato com o IBRAPP. Afinal, a gestão pública deveria ser pautada pela transparência, coerência e compromisso com a verdade. 

A falta de clareza nas ações da administração municipal só serve para aumentar a desconfiança e a insatisfação da população.

A rescisão do contrato com o IBRAPP apenas um mês após a conclusão da sindicância que isentou a UPA de responsabilidade é uma clara demonstração da falta de coerência e transparência da atual administração municipal. 

O Sintram continuará lutando pela verdade, pela justiça e pelos direitos dos servidores públicos municipais, exigindo que a Prefeitura de Divinópolis cumpra suas promessas e atue com responsabilidade e transparência.

Servidores do INSS entram em greve por tempo indeterminado

Servidores do INSS entram em greve por tempo indeterminado

Os servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) iniciaram uma greve por tempo indeterminado, reivindicando melhores condições de trabalho e valorização profissional.
Os servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) iniciaram uma greve por tempo indeterminado, reivindicando melhores condições de trabalho e valorização profissional. Foto: Reprodução

Os servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) iniciaram uma greve por tempo indeterminado, reivindicando melhores condições de trabalho e valorização profissional. O movimento, que teve início nesta semana, conta com o total apoio do Sintram.

REIVINDICAÇÕES DOS SERVIDORES

Os servidores do INSS enfrentam condições de trabalho insustentáveis, com sobrecarga de tarefas, falta de recursos e infraestrutura inadequada. Além disso, a categoria busca reajustes salariais e o cumprimento de acordos previamente firmados pelo governo federal, que até agora não foram cumpridos.

IMPACTOS DA GREVE NO INSS

A paralisação dos servidores do INSS já começa a impactar a população, com atrasos e suspensões de serviços essenciais, como concessão de benefícios e atendimentos presenciais. No entanto, o movimento grevista é um reflexo da negligência do governo em atender às demandas justas da categoria. 

Os servidores lutam não apenas por si, mas também por um sistema previdenciário mais eficiente e justo para todos os brasileiros.

É preciso que o governo federal reconheça a importância desses profissionais e atenda às suas reivindicações. A greve é um direito legítimo dos trabalhadores e um instrumento necessário para garantir que suas vozes sejam ouvidas.

A luta por dignidade e respeito no ambiente de trabalho é uma causa justa e necessária, e estaremos sempre ao lado dos trabalhadores em busca de seus direitos.