Autor: Sintram

Entendimento entre Sintram e Prefeitura evita corte de gratificações para 71 servidores

O vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Divinópolis e Região Centro-Oeste (Sintram), Wellington Silva, acompanhado do advogado Everaldo Ribeiro e de representantes dos servidores, voltou a se reunir nesta quarta-feira (25) com o procurador geral de Divinópolis, Wendell Santos. Além de outros assuntos de interesse dos servidores, o encontro teve como principal objetivo fechar o acordo que permitirá a continuidade do pagamento de gratificações para 71 servidores municipais. Havia o risco de suspensão do pagamento dessas bonificações, em razão de uma decisão do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG).

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As gratificações ameaçadas estão previstas no artigo 11, do Plano de Carreira, Cargos e Salários (Lei 6.655/2007). São bonificações que variam de 20% a 130% do salário do servidor, dependendo da função. O Ministério Público entrou com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI), que foi acatada pelo TJMG. A alegação do MP era de inconstitucionalidade do artigo 11, uma vez que é ilegal o pagamento de gratificações com valores diferenciados para servidores de uma mesma função.

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Para evitar que essas gratificações fossem cortadas já na folha de pagamento de setembro, a procuradoria do município elaborou um projeto de lei alterando o artigo 11 da Lei 6.655. Com a adequação, segundo o procurador, as gratificações continuarão sendo pagas sem prejuízo para os servidores.

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CâMARA

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Nas duas últimas semanas, o Sintram atuou exaustivamente para que o projeto elaborado pelo Executivo para garantir as gratificações não traga nenhum prejuízo aos servidores e para que a proposta seja votada pela Câmara Municipal em tempo hábil, evitando o corte do benefício na folha de pagamento de setembro. &ldquo,Conseguimos adequar o projeto para garantir as gratificações e nenhum servidor sofrerá prejuízos. As gratificações continuarão sendo pagas nos mesmos valores&rdquo,, assegurou o vice-presidente do Sintram, Wellington Silva.

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Para que as gratificações estejam garantidas na folha de pagamento desse mês, agora depende da agilidade da Câmara Municipal. A Secretaria Municipal de Administração informou que o projeto precisa ser aprovado até a próxima terça-feira para que haja tempo hábil de incluir as bonificações na próxima folha de pagamento.

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Wendell Santos garantiu que o projeto será protocolado ainda nesta quinta-feira (26) na Câmara Municipal com pedido de urgência. Ele conta com a boa vontade do legislativo em agilizar a tramitação da proposta, com a imediata expedição dos pareceres das comissões permanentes, que permitirão a entrada do projeto na pauta da sessão legislativa da próxima terça-feira (1&ordf,/10). &ldquo,Com a aprovação do projeto nesta data e a imediata sansão da proposta pelo prefeito, publicaremos a lei na edição do dia 2 [de outubro] do Diário Oficial, garantindo assim a inclusão das gratificações na folha de setembro&rdquo,, explicou o procurador.

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&ldquo,Conseguimos mais uma vitória em favor dos servidores e cumprimos, como sempre, nosso papel de representantes da categoria. Ninguém sairá prejudicado e com certeza a Câmara aprovará o projeto dentro do prazo para que as gratificações estejam garantidas na folha de pagamento desse mês&rdquo,, concluiu o vice-presidente do Sintram.

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AGENTES DE TRâNSITO

Wellington Silva voltou a cobrar um posicionamento do procurador sobre o pagamento da insalubridade aos agentes de trânsito. Esse assunto já vem sendo discutido entre o Sintram e a Prefeitura, porém ainda há dúvidas sobre a legalidade do benefício. Um parecer encomendado pela Prefeitura indicou que a categoria não tinha direito &agrave, insalubridade. Outro parecer, desta vez encomendado pelos agentes, já apontou que esse é um direito da classe. Diante desse conflito, um terceiro parecer, dessa vez encomendado pelo Sintram, apontou que os agentes de trânsito estão sujeitos a altos níveis de ruídos, além de outros riscos, o que lhes garante o direito ao pagamento da insalubridade.

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Wendell Santos informou ao vice-presidente do Sintram que solicitou um parecer para verificar se os agentes de trânsito estão cobertos pela lei. A Insalubridade é definida pela legislação em função do grau do agente nocivo, levando em conta ainda o tipo de atividade desenvolvida pelo empregado no curso de sua jornada de trabalho, observados os limites de tolerância, as taxas de metabolismo e respectivos tempos de exposição durante a jornada.

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Assim, pela lei são consideradas insalubres as atividades ou operações que por sua natureza, condições ou métodos de trabalho, expõem o empregado a agentes nocivos &agrave, saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza, da intensidade e o tempo de exposição aos seus efeitos. A discriminação dos agentes considerados nocivos &agrave, saúde, bem como os limites de tolerância, está prevista pela Norma Regulamentadora 15, do Ministério do Trabalho.

O exercício de atividades em condições insalubres assegura ao trabalhador adicionais de 40%, 20% e 10% sobre o salário, segundo

a classificação de graus máximo, médio e mínimo, respectivamente, conforme prevê o artigo 192 da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT).

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Reportagem: Jotha Lee
Comunicação Sintram

Sintram participa de audiência sobre a Lei Orçamentária para 2020 e Plano Plurianual

Sintram participa de audiência sobre a Lei Orçamentária para 2020 e Plano Plurianual

O Sintram, representado pelo vice-presidente Wellington Silva, esteve presente na terça-feira (25/09), no plenário da Câmara Municipal de Divinópolis, para acompanhar a audiência pública que apresentou a proposta da Lei Orçamentária Anual (LOA) 2020 e a revisão do Plano Plurianual (PPA) do exercício de 2018 a 2021.&nbsp, O orçamento do município para 2020 está previsto em cerca de R$ 775 milhões, considerando a arrecadação municipal e os repasses estaduais e federais.

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O gerente de orçamento da Secretaria Municipal de Administração, Orçamento e Informação, Lucas Carrilho, fez a explanação da proposta da LOA e PPA. Na audiência foram citadas as previsões das receitas do município e das despesas de cada secretaria da Administração Municipal, bem como o montante destinado &agrave, Câmara Municipal de Divinópolis e ao Instituto de Previdência dos Servidores Municipais.

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As secretarias com maior previsão no orçamento serão Educação e Saúde, um total de mais de R$ 400 milhões. De acordo com os dados apresentados, a&nbsp, Saúde terá um orçamento de mais R$ 261 milhões e Educação mais de R$ 144 milhões. A Constituição Federal prevê que as pastas de Saúde e Educação devem ter índices mínimos de investimentos dentro do orçamento, sendo exigidos 15% para Saúde e 25% para educação. De acordo com Lucas Carrilho,&nbsp, o município de Divinópolis, historicamente, investe dentro do orçamento mais que esses percentuais constitucionais, sendo que a média dos últimos nove anos foi de 24,57% na Saúde e 27,59% na Educação.

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De acordo com as planilhas apresentadas para 2020 há a previsão de uma despesa corrente de R$ 660.350.580,20 milhões, sendo que R$ 381.034.349,86 estão previstos para cobrir Despesa com Pessoal e Encargos sociais.

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DETALHAMENTO

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Para a Câmara Municipal de Divinópolis está previsto um orçamento de R$20,1 milhões e o instituto de Previdência dos Servidores – Diviprev o montante de R$106,9 milhões.&nbsp, O ranking de secretarias com maior previsão de recursos dentro do município será o seguinte: Saúde R$261,1 milhões, Educação R$144,1 milhões, Operações e Serviços Urbanos R$56,4 milhões, Fiscalização e Obras Públicas R$52,5 milhões, Fazenda R$40,3 milhões, Administração, Orçamento e Informação R$20,8 milhões, Assistência Social R$17 milhões, Trânsito e Transportes R$13,2 milhões, Gabinete do Prefeito R$12,1 milhões, Meio Ambiente e Políticas de Mobilidade R$10 milhões, Cultura R$6,6 milhões, Agronegócios R$4,4 milhões, Secretaria de Governo R$3,4 milhões, Desenvolvimento Econ&ocirc,mico Sustentável R$2,6 milhões,&nbsp, Esporte e Juventude R$2,4 milhões ( confira tabela com detalhamento).

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DISCREPâNCIAS

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O vereador Marcos Vinícius chamou atenção para o fato das receitas próprias do município (IPTU, ITBI, ISSQN) estarem aquém do orçamento. Na oportunidade,&nbsp, o vereador solicitou ao gerente, Lucas Carrilho, que providencie para a próxima audiência pública a variação histórica da arrecadação desses impostos nos últimos 30 anos, para &ldquo,tentar entender essa discrepância&rdquo, no município. &ldquo,Isso chama a responsabilidade de todos nós para termos uma análise mais conjuntural e medidas preventivas para evitar que essa cidade fique ingovernável, só dependendo cada vez mais dos repasses dos entes federados. Isso já foi manifestado pelo Tribunal de Contas, que pediu que os municípios façam o dever de casa, as receitas municipais&nbsp, devem ser tratadas com o devido critério&rdquo,,&nbsp, disse o vereador.

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IPTU

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Marcos Vinicius citou que a previsão da arrecadação é de R$30 milhões de IPTU, 50 milhões de ISSQN e ITBI 12 milhões. &ldquo,Pedi esse levantamento histórico para a próxima audiência, mostrando o que o IPTU está representando neste percentual de arrecadação municipal e o que pode acontecer com a cidade se a gente não corrigir isso. Se faz necessária uma atualização, a revisão da planta de valores para se praticar a justiça fiscal, mas antes de tudo a justiça social. O que não se pode permitir mais é o favorecimento &agrave, especulação imobiliária, nós sabemos&nbsp, que isso é gritante na cidade,&nbsp, (…) tantos imóveis&nbsp, pagando centavos de IPTU, então a cidade hoje está clamando por uma justiça fiscal e justiça social. Não pode se conceber condomínios luxuosos,&nbsp, pagando centavos de IPTU, o que não compensa nem a emissão e distribuição da guia de arrecadação, a despesa com os Correios&rdquo,, acusou.

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PRECATóRIOS

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O vice-presidente Wellington Silva, no uso da palavra a população, citou o projeto de lei EM -050 da Prefeitura de Divinópolis que modifica o teto das requisições de pequeno valor &ndash, RPV.&nbsp, O vice-presidente argumentou que com mudança o volume de precatórios irá crescer no município, tomando maior parte do orçamento.&nbsp, &ldquo,O governo provoca dificuldade para ele próprio, a exemplo essa proposta que apelidei de &ldquo,Projeto dos Precatórios&rdquo,, que visa adiar o pagamento de dívidas da Prefeitura, transformando &nbsp,em precatórios. Depois a administração tem dificuldades para cumprir suas obrigações, como exemplo, a revisão salarial que é um dever que administração publica tem que cumprir com seus servidores ano a ano&rdquo,, criticou o vice-presidente.

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De acordo com dados da explanação, as despesas com precatórios estão inclusas na previsão da pasta &ldquo,Gabinete do Prefeito&rdquo,, que engloba também a Controladoria e a Procuradoria do município.

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REVISãO SALARIAL

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Em entrevista &agrave, Comunicação do Sintram, o gerente foi questionado se estava previsto no orçamento a revisão salarial dos servidores municipais, conforme determina a lei municipal do gatilho salarial.&nbsp, Lucas explicou que previsão sempre é colocada na Lei de Diretrizes Orçamentárias &ndash, LDO. &ldquo,A gente sempre coloca essa determinada previsão, inclusive nem é na Lei Orçamentária Anual, é na Lei de Diretrizes Orçamentárias. Se eu não me engano o percentual que está lá – considerando anuênio, triênio, mais o percentual do gatilho – está em&nbsp, 8,87%. Mas o fato disso se realizar é o prefeito que irá determinar, é o Executivo que irá possibilitar esse aumento ou não&rdquo,, explicou.

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PRóXIMA AUDIêNCIA

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Uma nova audiência deverá ser agendada pelo poder Legislativo para continuar a discutir a proposta orçamentária. &ldquo,é extremamente importante a audiência porque é quando a população tem a oportunidade para fazer as sugestões daquilo que ainda não está programado. Tem determinada política, que talvez não esteja no orçamento, que o cidadão gostaria que fosse para sua localidade, ele pode fazer a sugestão específica. Então é importante que ele participe tanto antes&nbsp, da entrega, quando durante a discussão, que é na próxima audiência&rdquo,,&nbsp, explicou.

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TRAMITAçãO

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De acordo com Lucas Carrilho na próxima segunda-feira (30) o Executivo deverá entregar a proposta do orçamento ao Legislativo. Os vereadores só entram em recesso parlamentar após a votação da&nbsp, LOA e até lá o projeto poderá receber emendas dos vereadores.

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Redação: Flávia Brandão
Comunicação Sintram