A Diretoria do Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Divinópolis e Região Centro-Oeste (Sintram) comunica aos servidores municipais de Divinópolis, que o prefeito Gleidson Azevedo (PSC) encerrou unilateralmente as negociações para a campanha salarial desse ano.
Em 1º de fevereiro, o Sintram e o Sintemmd encaminharam ofício conjunto à administração municipal, comunicando oficialmente o resultado da assembleia realizada no dia 31 de janeiro, ocasião em que foi votada a contraproposta apresentada pelo Executivo.
Nesta quarta-feira, 2 de fevereiro, através de ofício encaminhado aos dois sindicatos, o prefeito colocou ponto final às negociações. Como os pontos mais importantes da contraproposta apresentada pela Prefeitura foram rejeitados pelos servidores, no ofício de encaminhamento ao Executivo do resultado da assembleia, os dois sindicatos solicitaram uma nova reunião para dar sequência às negociações.
De forma taxativa, no ofício resposta, o prefeito, além de ignorar o pedido de uma nova reunião, comunicou que está mantida a proposta do Executivo de revisão de 9,63%, com 5% na folha de fevereiro e 4,63% na folha de maio. Informou, também que manterá o reajuste de R$ 1 para o tíquete alimentação, com mais R$ 1 em 2023 e 2024. Informou, ainda, que o comprovante de vacinação não será exigido nas escolas, conforme foi pleiteado pelos professores.
A Diretoria do Sintram lamenta que o prefeito Gleidson Azevedo mais uma vez tenha exercido o seu costumeiro autoritarismo, se negando a manter o diálogo para que fosse discutida uma nova possibilidade de, pelo menos, reduzir as perdas salariais dos servidores.
É certo que uma decisão como essa, de fechar o diálogo mesmo sabendo que haverá perdas enormes para trabalhadores que ganham pouco mais que o mínimo, reflete com clareza o desrespeito dessa administração com os servidores e escancara o mentiroso discurso de campanha de valorização da categoria.
Escancara, ainda, uma administração comprometida apenas com o fisiologismo e o populismo, tão peculiar daqueles que querem se perpetuar no poder mesmo que para isso tenha que mandar ao sacrifício uma classe sempre comprometida com a boa prestação de serviços, mesmo trabalhando sob um clima hostil, criado pelo prefeito e sua vice Janete Aparecida.
Jamais se viu na história de Divinópolis uma administração com tamanha rejeição entre os servidores, não apenas por sua insensibilidade em cumprir a lei e pagar o que deve à categoria. Muito mais pelo comportamento patético de um governo que quer manter seu eleitorado com medidas descabidas, que atingem especialmente o servidor que mais trabalha, com vencimentos quase equivalente ao salário mínimo. Junte-se a isso o tratamento agressivo dispensado a uma classe extremamente eficiente, que vem se tornando vítima e refém de ocupantes de cargos de confiança inebriados pelo poder e pela alta conta bancária.
O Sintram lamenta que esse governo não consiga enxergar que Divinópolis só conseguiu o equilíbrio durante a pandemia, graças aos servidores, que mesmo colocando a própria vida em risco, lutaram incansavelmente na linha de frente no combate ao coronavirus, salvando vidas e confortando famílias.
Mais recentemente, durante as pesadas chuvas que caíram sobre as cidade, mais uma vez os servidores demonstraram a força de trabalho e o comprometimento com o bem estar da cidade. Foram eles que enfrentaram os momentos mai difíceis em socorro às vítimas, na ajuda humanitária e foram voz de apoio a muitas famílias que se viram sob ameaça.
O Sintram lamenta que o prefeito e sua vice tenham olhos somente para os seus interesses político-partidários e não tenham o discernimento de que a manutenção do poder de compra do salário é sagrado direito constitucional, bem como é a garantia de que o servidor terá, pelo menos, o mínimo, para uma vida menos dura.
Ao encerrar as negociações, o prefeito e sua vice batem as portas da Prefeitura na cara dos servidores.
Para o Sintram, a negociação ainda não está encerrada, pois, ao contrário do prefeito e sua vice, para nós, o servidor tem voz que deve e precisa ser ouvida. E essas cinco mil vozes ainda serão ouvidas pelo Sindicato.
A Diretoria