Autor: Gerência de Comunicação

Sintram se posiciona sobre fim das negociações da campanha salarial 2022

Sintram se posiciona sobre fim das negociações da campanha salarial 2022

A Diretoria do Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Divinópolis e Região Centro-Oeste (Sintram) comunica aos servidores municipais de Divinópolis, que o prefeito Gleidson Azevedo (PSC) encerrou unilateralmente as negociações para a campanha salarial desse ano.

Em 1º de fevereiro, o Sintram e o Sintemmd encaminharam ofício conjunto à administração municipal, comunicando oficialmente o resultado da assembleia realizada no dia 31 de janeiro, ocasião em que foi votada a contraproposta apresentada pelo Executivo.

Nesta quarta-feira, 2 de fevereiro, através de ofício encaminhado aos dois sindicatos, o prefeito colocou ponto final às negociações. Como os pontos mais importantes da contraproposta apresentada pela Prefeitura foram rejeitados pelos servidores, no ofício de encaminhamento ao Executivo do resultado da assembleia, os dois sindicatos solicitaram uma nova reunião para dar sequência às negociações.

De forma taxativa, no ofício resposta, o prefeito, além de ignorar o pedido de uma nova reunião, comunicou que está mantida a proposta do Executivo de revisão de 9,63%, com 5% na folha de fevereiro e 4,63% na folha de maio. Informou, também que manterá o reajuste de R$ 1 para o tíquete alimentação, com mais R$ 1 em 2023 e 2024. Informou, ainda, que o comprovante de vacinação não será exigido nas escolas, conforme foi pleiteado pelos professores.

A Diretoria do  Sintram lamenta que o prefeito Gleidson Azevedo mais uma vez tenha exercido o seu costumeiro autoritarismo, se negando a manter o diálogo para que fosse discutida uma nova possibilidade de, pelo menos, reduzir as perdas salariais dos servidores.

É certo que uma decisão como essa, de fechar o diálogo mesmo sabendo que haverá perdas enormes para trabalhadores que ganham pouco mais que o mínimo, reflete com clareza o desrespeito dessa administração com os servidores e escancara o mentiroso discurso de campanha de valorização da categoria.

Escancara, ainda, uma administração  comprometida apenas com o fisiologismo e o populismo, tão peculiar daqueles que querem se perpetuar no poder mesmo que para isso tenha que mandar  ao sacrifício uma classe sempre comprometida com a boa prestação de serviços, mesmo trabalhando sob um clima hostil, criado pelo prefeito e sua vice Janete Aparecida.

Jamais se viu na história de Divinópolis uma administração com tamanha rejeição entre os servidores, não apenas por sua insensibilidade em cumprir a lei e pagar o que deve à categoria. Muito mais pelo comportamento patético de um governo que quer manter seu eleitorado com medidas descabidas, que atingem especialmente o servidor que mais trabalha, com vencimentos quase equivalente ao salário mínimo. Junte-se a isso o tratamento agressivo dispensado a uma classe extremamente eficiente, que vem se tornando vítima e refém de ocupantes de cargos de confiança inebriados pelo poder e pela alta conta bancária.

O Sintram lamenta que esse governo não consiga enxergar que Divinópolis só conseguiu o equilíbrio durante a pandemia, graças aos servidores, que mesmo colocando a própria vida em risco, lutaram incansavelmente na linha de frente no combate ao coronavirus, salvando vidas e confortando famílias.

Mais recentemente, durante as pesadas chuvas que caíram sobre as cidade, mais uma vez os servidores demonstraram a força de trabalho e o comprometimento com o bem estar da cidade. Foram eles que enfrentaram os momentos mai difíceis em socorro às vítimas, na ajuda humanitária e foram voz de apoio a muitas famílias que se viram sob ameaça.

O Sintram lamenta que o prefeito e sua vice tenham olhos somente para os seus interesses político-partidários e não tenham o discernimento de que a manutenção do poder de compra do salário é sagrado direito constitucional, bem como é a garantia de que o servidor terá, pelo menos, o mínimo, para uma vida menos dura.

Ao encerrar as negociações, o prefeito e sua vice batem as portas da Prefeitura na cara dos servidores.

Para o Sintram, a negociação ainda não está encerrada, pois, ao contrário do prefeito e sua vice, para nós, o servidor tem voz que deve e precisa ser ouvida. E essas cinco mil vozes ainda serão ouvidas pelo Sindicato.

A Diretoria

Audiência pública discute vacinação contra Covid-19 em crianças

Audiência pública discute vacinação contra Covid-19 em crianças

O Ministério da Saúde promove nesta terça-feira (4), a partir das 10h, uma audiência pública para discutir a vacinação contra a covid-19 de crianças com idade de 5 a 11 anos. O debate será na sede da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), em Brasília.

Representantes da pasta e especialistas de entidades ligadas ao tema discutem a inclusão da faixa etária no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19. Até o momento, somente pessoas com 12 anos ou mais podem se imunizar contra a doença no Brasil.

Nessa segunda-feira (3), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que as doses para crianças de 5 a 11 anos devem começar a chegar ao Brasil na segunda quinzena de janeiro. O laboratório Pfizer, fabricante do imunizante, confirmou o prazo previsto pela pasta.

Anvisa

Há duas semanas, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deu aval para a aplicação da vacina da Pfizer em crianças na faixa etária em questão. Diante disso, o ministério liberou a vacinação para o público infantil, mediante apresentação de prescrição médica.

Até o momento, pelo menos 20 estados e o Distrito Federal já adiantaram que não vão exigir o pedido médico no ato da vacinação. São eles: Acre, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe.

Médicos

Em nota, a Associação Médica Brasileira (AMB) defendeu a vacinação de crianças de 5 a 11 anos. Segundo a entidade, a autorização da Anvisa para a aplicação do imunizante segue os mesmos critérios de segurança e eficácia utilizados para as demais faixas etárias.

“Enfatizamos que crianças podem também serem acometidas pela Síndrome Inflamatória Multissistêmica associada ao SARS-Cov-2; desenvolverem sequelas e covid longa. Portanto, a vacinação é essencial para reduzir/evitar sofrimento, hospitalizações e mortes”, declarou a AMB.

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) também divulgou nota técnica em que defende uma análise técnica rigorosa por parte da Anvisa no processo de autorização do imunizante. A entidade destacou que a vacinação infantil já foi iniciada em outros países e é considerada ferramenta fundamental no controle da pandemia.

Consulta pública

No último domingo (2), o ministério encerrou uma consulta pública sobre a vacinação de crianças contra a covid-19. A proposta, segundo a pasta, era “informar e conhecer as dúvidas e contribuições da sociedade científica e da população” sobre o tema.

Ainda de acordo com o governo federal, a inclusão da faixa etária no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação deverá priorizar crianças com deficiência permanente ou comorbidades e as que vivem com pessoas com alto risco para evolução grave de covid-19.

No caso de crianças sem comorbidade, a ordem de prioridade vai das mais velhas para as mais novas, iniciando com o grupo de 10 e 11 anos.

Supremo

A consulta pública foi contestada no Supremo Tribunal Federal (STF) pela Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos. Na última sexta-feira (31), a ministra Cármen Lúcia deu prazo de cinco dias para que o presidente Jair Bolsonaro e o ministro Marcelo Queiroga prestem informações.

A confederação quer que o Supremo determine à União que a vacinação do público infantil passe a ser obrigatória e que a faixa etária seja incluída com urgência no Plano Nacional de Imunizações.

Edição: Paula Laboissière

Fonte: Agência Brasil
Crédito foto: Reuters/Siphiwe Sibeko