Autor: Gerência de Comunicação

Chega a 226 o número de municípios em situação de emergência pelas chuvas em Minas

Chega a 226 o número de municípios em situação de emergência pelas chuvas em Minas

Minas Gerais tem 226 municípios em situação de emergência por conta de ocorrências relacionadas ao período chuvoso, segundo o boletim da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec).

Aimorés, Dom Cavati, Jequitinhonha, Oliveira, Porto Firme, Santana do Deserto e Senhora dos Remédios passaram a integrar a lista.

Em Minas Gerais, o número de pessoas que morreram com as fortes precipitações que atingiram o estado permanece em 21, com 2.025 pessoas desabrigadas e 11.415 desalojadas.

São Domingos do Prata, na região Central de Minas, obteve o reconhecimento de estado de calamidade pública (ECP) por conta de estragos provocados pelas chuvas. É o primeiro município do estado, neste período chuvoso, a ter o decreto que atesta incapacidade de prestar o apoio necessário à população por conta própria.

Diante do cenário, a prefeitura cancelou o Carnaval 2023. “Estamos tomando esta decisão porque precisamos de forças para reconstruir nossa querida São Domingos do Prata”, disse o prefeito Fernando Rolla, em vídeo publicado nas redes sociais do município. Segundo ele, há vias danificadas, deslizamentos de terra e outros problemas na cidade.

No caso de São Domingos do Prata, ocorreu um pedido de reconhecimento de ECP diretamente à União. Dessa forma, cabe ao Estado, se solicitado, auxiliar no aporte logístico, envio de equipes para restabelecimento e de material de ajuda humanitária, além de reconhecimento de situação de anormalidade, e intermediação de recursos junto ao governo federal.

Ações no estado

A Cedec vem atuando com todas as equipes em campo, em um trabalho conjunto com o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG), Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) e autoridades locais para realizar um trabalho preventivo junto aos municípios e atuar em situações de resgate. Além disso, o órgão trabalha na distribuição de alimentos, kits de higiene, limpeza, colchões e outros materiais nas cidades afetadas, com foco nas pessoas desabrigadas e desalojadas.

Também está em andamento em Minas a Campanha SOS Chuvas. O objetivo da iniciativa, que é uma parceria entre a filial mineira da Cruz Vermelha e o Serviço Social Autônomo (Servas), é auxiliar a população mais vulnerável em cidades que tiveram ocorrências provocadas pelas chuvas.

Para ajudar com qualquer valor, basta fazer um Pix para a chave pix@cvbmg.org.br. Após isso, aparecerá o nome da Cruz Vermelha Brasileira – Filial Minas Gerais. O dinheiro é transferido direto para a conta da SOS Chuvas.

A quantia vai abastecer os cartões humanitários que são distribuídos nas cidades atingidas pelas chuvas. Eles têm duas modalidades de crédito: o cartão alimentação, para a compra de alimentos, materiais de limpeza e higiene, e o cartão construção, para adquirir telhas e outros materiais para reparo ou reconstrução de imóveis danificados.

Segurança

Entre as principais dicas para prevenção às chuvas estão as recomendações para que as pessoas nunca se abriguem embaixo de árvores ou de proteções metálicas frágeis, que podem apresentar risco de quedas; evitem trafegar por áreas alagadas e por regiões próximas a rios e cachoeiras; e não permaneça nas proximidades de janelas, portas, canos e outros objetos metálicos.

Além disso, recomenda-se à população evitar áreas sujeitas a deslizamentos e inundações e não tentar salvar bens materiais, em caso de risco imediato, como a rápida subida do nível de água.

Diante de qualquer problema, a população pode ligar para a Defesa Civil no número 199, ou para o Corpo de Bombeiros, no 193. Se houver sinal de trincas na estrutura da casa e movimentação de solo a pessoa deve deixar o imóvel imediatamente e chamar o 199.

Fonte: Agência Minas 

Foto: Gil Leonardi/ Imprensa MG 

Governo brasileiro anuncia saída do consenso internacional de Genebra

Governo brasileiro anuncia saída do consenso internacional de Genebra

O governo brasileiro informou hoje (17) que o país vai se desligar da Declaração do Consenso de Genebra sobre Saúde da Mulher e Fortalecimento da Família.

A adesão à declaração foi feita durante o governo Jair Bolsonaro. Em 2020, o Brasil e mais 30 países assinaram o acordo, que representa uma posição das nações contra o aborto e pelo reconhecimento da família como base da sociedade.

Em nota, os ministérios das Relações Exteriores, da Saúde, das Mulheres, dos Direitos Humanos e da Cidadania afirmaram que o governo considera que o documento possui “entendimento limitativo dos direitos sexuais e reprodutivos e do conceito de família”.

Além disso, segundo o governo federal, a mudança de posição tem objetivo de cumprir a legislação brasileira e compromissos internacionais assumidos pelo Brasil na defesa dos direitos humanos e das liberdades fundamentais.

Também foi anunciada a entrada no Compromisso de Santiago e na Declaração do Panamá.

“O governo entende que o Compromisso de Santiago e a Declaração do Panamá estão plenamente alinhados com a legislação brasileira pertinente, em particular no que respeita à promoção da igualdade e da equidade de gênero em diferentes esferas, à participação política das mulheres, ao combate a todas as formas de violência e discriminação, bem como aos direitos sexuais e reprodutivos”, diz a nota.

A adesão foi informada por meio de comunicado conjunto dos ministérios envolvidos.

Fonte: Agência Brasil 

Foto: Marcello Casal Jr/ Agência Brasil