Autor: Gerência de Comunicação

Moraes converte em preventiva 140 prisões por atos golpistas

Moraes converte em preventiva 140 prisões por atos golpistas

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou, até ontem (17), a conversão em preventiva (sem prazo definido) de 140 prisões em flagrante durante os atos de vandalismo ocorridos em 8 de janeiro, em Brasília.

Ao todo, 200 decisões já foram proferidas por Moraes, que liberou outras 60 pessoas, substituindo as prisões em flagrante por outras medidas cautelares, como uso de tornozeleira eletrônica, apresentação semanal ao juízo e proibição de se ausentar do país, com o cancelamento dos respectivos passaportes emitidos no Brasil, ou de se ausentar da comarca onde reside.

Em todos os casos, portes de arma de qualquer tipo em nome de investigados ficam suspensos, bem como qualquer autorização de compra de armas por colecionadores ou caçadores. Os envolvidos também ficam proibidos de conversarem entre si e de utilizar as redes sociais.

Ao todo, foram realizadas até terça-feira (17) 1.459 audiências de custódia, sendo 946 feitas por magistrados do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) e 513 por juízes do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT). Pelo procedimento, obrigatório por lei, qualquer preso deve ser levado o mais rápido possível à presença de um juiz, a quem cabe verificar a legalidade da prisão, as condições de encarceramento ou mesmo a necessidade da detenção. Representantes do Ministério Público e defesa dos presos devem estar presentes.

O trabalho de ouvir todos os presos por envolvimento nos atos golpistas de 8 de janeiro foi compartilhado por Moraes com outros magistrados diante do grande número de detidos, mas o ministro do Supremo reservou para si todas as decisões sobre relaxamento ou não das prisões, após analisar a ata de cada audiência de custódia.

De acordo com o STF, a previsão é de a análise sobre todas as prisões deva ser concluída até sexta-feira (20). Entre os motivos para manter algumas pessoas presas, Moraes apontou haver evidências sobre o cometimento de atos terroristas, inclusive preparatórios, e outros crimes previstos no Código Penal, como tentar abolir o Estado Democrático de Direito mediante violência, associação criminosa, tentativa de golpe de estado, ameaça, perseguição e incitação ao crime.

“As decisões estão sendo remetidas ao diretor do Presídio da Papuda e ao diretor da Polícia Federal. Além disso, o ministro determinou que a Procuradoria-Geral da República PGR), a Defensoria Pública e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) sejam intimadas para pleno conhecimento das decisões”, informou o Supremo, em nota, nesta quarta-feira (18).

Segundo a nota, “o ministro considerou que há provas nos autos da participação efetiva dos investigados em organização criminosa que atuou para tentar desestabilizar as instituições republicanas e destacou a necessidade de se apurar o financiamento da vinda e permanência em Brasília daqueles que concretizaram os ataques”.

As decisões sobre as prisões em decorrência do 8 de janeiro estão sendo publicadas em processo sigiloso no Supremo, e o inteiro teor delas não foi divulgado. O nome dos detidos, contudo, podem ser verificados no andamento processual do caso, a medida em que as decisões são publicadas. Advogados e defensores podem acessar os despachos por meio do sistema de peticionamento do STF.

Fonte: Agência Brasil 

Foto: Marcello Casal/ Agência Brasil 

Prefeito descumpre mais uma vez a Constituição Federal e anuncia corte do pagamento da insalubridade dos Agentes Comunitários de Saúde

Prefeito descumpre mais uma vez a Constituição Federal e anuncia corte do pagamento da insalubridade dos Agentes Comunitários de Saúde

O prefeito de Divinópolis, Gleidson Azevedo (PSC) afrontou mais uma vez a Constituição Federal, e anunciou nessa terça-feira, 17, a suspensão do pagamento do adicional de insalubridade dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS’s). Em reunião com a diretoria do Sindicato dos Trabalhadores de Divinópolis e da Região Centro Oeste (Sintram), que contou com a presença da vice-prefeita e secretária de governo, Janete Aparecida, o secretário municipal de Administração, Thiago Nunes, o procurador do Município, Leandro Mendes, o controlador, Diogo Andrade, a engenheira de segurança do trabalho do Cresst, Rinara Assis e o secretário municipal de saúde, Alan Silva, foi comunicado o corte do pagamento do benefício para toda categoria.

De acordo com a diretora de formação sindical, Irislaine Duarte, a administração informou ainda que será mantido o pagamento do adicional apenas para aqueles profissionais que acionaram a Justiça e ganharam a ação contra a Prefeitura. Ainda segundo a diretora de formação sindical, uma das justificativas do Município para a suspensão do pagamento é que a profissão não traz nenhum risco para os profissionais.

Apesar de a Emenda Constitucional 120, promulgada no dia 5 de maio de 2022, fixar o piso salarial dos agentes em dois salários mínimos e tornar obrigatório pagamento de insalubridade para a categoria, a administração municipal não se intimida em continuar descumprindo o que determina a Constituição Federal. Desde a fixação do piso salarial dos agentes, a Prefeitura vem causando um prejuízo mensal médio aos agentes de R$ 400 ao descumprir as regras constitucionais.

No artigo 10º da Emenda Constitucional está estabelecido que “os agentes comunitários de saúde e os Agentes de Combate as Endemias terão também, em razão dos riscos inerentes as funções desempenhadas, aposentadoria especial e, somado aos seus vencimentos, adicional de insalubridade”.

A decisão do Executivo Municipal foi informada à categoria na noite dessa terça-feira, durante a reunião realizada pelo Sintram com os profissionais. Participaram do encontro com a categoria, o vereador Roger Viegas, e o secretário geral da CTB Minas, Gelson Alves. Na reunião, a diretoria do Sintram comunicou aos agentes que exigirá o cumprimento da Constituição Federal, e marcará uma Assembleia para definir os próximos passos do movimento.

“A administração municipal está brincando com a cara dos servidores públicos. É inadmissível que os vereadores fiquem inertes vendo o prefeito e companhia descumprindo a Constituição Federal. Afinal de contas, para quê eles servem? Além da Constituição Federal determinas o pagamento da insalubridade, o Sintram apresentou o Laudo Técnico das Condições do Ambiente de Trabalho ao Município, que comprova que os agentes de saúde e de combate a endemias têm direito ao pagamento do adicional. O que nós queremos não é privilégio, mas sim o nosso direito, que está garantido pela Carta Magna, e nós vamos lutar por isso. O Sintram e a categoria não vão aceitar mais essa postura do Município de usurpar do servidor o pouco que ele tem”, reforça Irislaine.

Reportagem: Pollyanna Martins

Foto: Pollyanna Martins 

Comunicação Sintram