Autor: Gerência de Comunicação

Governo retoma tramitação do Regime de Recuperação Fiscal

Governo retoma tramitação do Regime de Recuperação Fiscal

O governador Romeu Zema solicitou o desarquivamento do Projeto de Lei (PL) 1.202/19, que autoriza a adesão do Estado ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF). A mensagem governamental com esse pedido foi recebida pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) durante a Reunião Ordinária de Plenário realizada nesta terça-feira (13/6/23).

O RRF foi concebido em 2017 como uma tentativa de ajuda do Governo Federal para os Estados que precisam reequilibrar suas finanças. Com a adesão ao regime, o Estado ganha melhores condições para pagar sua dívida com a União. Como contrapartida, ficam vedadas a concessão de benefícios fiscais e de reajustes salariais para servidores estaduais.

Na mensagem recebida pela ALMG nesta terça-feira (13), o governador Romeu Zema também encaminha o substitutivo nº 3 ao PL 1.202/19. Segundo o chefe do Poder Executivo, o novo texto se justifica devido às sucessivas alterações por que passou o RRF desde 2021.

De acordo com essa nova redação, o RRF terá vigência de nove exercícios financeiros e se inicia com a homologação do Plano de Recuperação Fiscal pelo presidente da República. Esse documento deve conter metas, compromissos e o detalhamento das medidas de ajuste a serem implementadas pelo Estado, juntamente com um diagnóstico em que se reconhece a situação de desequilíbrio financeiro.

O Plano de Recuperação Fiscal deverá ser elaborado pelo Poder Executivo, em ação coordenada com todos os Poderes e órgãos públicos, além de Ministério Público, Defensoria Pública e Tribunal de Contas do Estado.

Ainda conforme o substitutivo nº 3, o Estado fica autorizado a realizar leilões de pagamento, de modo a negociar descontos para a quitação de precatórios, dívidas com fornecedores e outras obrigações inscritas em restos a pagar. Além disso, o novo texto autoriza a redução de pelo menos 20% dos benefícios fiscais que levam à renúncia de receita do Estado.

Caso a adesão ao RRF seja aprovada pela ALMG, será implementado um teto de gastos estaduais. Isso significa que o crescimento anual das despesas primárias do Estado ficará limitado à variação da inflação medida pelo IPCA, como dispõe o substitutivo nº 3. O objetivo é conter o crescimento das despesas estaduais, de modo que elas sejam reconduzidas aos limites estabelecidos pelo RRF.

No ano passado, o PL 1.202/19 tramitou em regime de urgência e chegou a travar a pauta do Plenário, uma vez que não havia acordo para sua aprovação. Os deputados questionavam as contrapartidas exigidas pelo Governo Federal, que poderiam levar à privatização de empresas estatais, como Cemig, Copasa e Codemig.

O PL 1.202/19 foi arquivado no final da legislatura passada. Com o desarquivamento solicitado pelo governador Romeu Zema, o projeto retoma sua tramitação normal. Ele precisa ser analisado pelas Comissões de Constituição e Justiça, de Administração Pública e de Fiscalização Financeira e Orçamentária.

Outras mensagens recebidas em Plenário

Ainda na Reunião Ordinária de Plenário desta terça-feira (13), foram recebidas mensagens do governador encaminhando os seguintes projetos:

  • PL 875/23, que autoriza a contratação de professores para atender à necessidade temporária de excepcional interesse público. Os contratos terão duração máxima de dois anos e vão viabilizar a alocação de mão de obra nas escolas e universidades estaduais, nas unidades do Colégio Tiradentes e em autarquias como Fundação João Pinheiro, Utramig e Fundação Clóvis Salgado.
  • PL 876/23, que autoriza a alienação dos imóveis onde funcionavam os escritórios regionais da Junta Comercial do Estado.
  • PL 877/23, que desvincula o pagamento do prêmio de produtividade do acordo de resultados firmado com os servidores da vigilância sanitária estadual. Com isso, o pagamento dessa gratificação fica atrelado somente à avaliação de desempenho dos servidores.
  • PL 878/23, que autoriza o Estado a oferecer à União as contragarantias necessárias para a contratação de um empréstimo pelo Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG). Os recursos da ordem de 200 milhões de dólares serão captados no New Development Bank (NDB) e serão aplicados no Programa de Financiamento à Infraestrutura e ao Desenvolvimento Sustentável do Estado. Segundo a justificativa do governador, esse programa deve financiar investimentos em transporte, mobilidade urbana, saneamento básico e energias renováveis.

Outra mensagem do governador recebida em Plenário encaminha emenda ao PL 729/23, que contém as diretrizes para a elaboração do Orçamento do Estado (LDO). O objetivo é fazer correções pontuais em erros verificados no anexo que contém as metas fiscais do Estado para o próximo ano.

Também foi recebido ofício do Tribunal de Justiça encaminhando o Projeto de Lei Complementar (PLC) 24/23, que prevê a inclusão Programa de Residência Jurídica na estrutura dos órgãos auxiliares da Justiça estadual.

Fonte: ALMG 

Foto: Daniel Protzner

Servidores da educação municipal de Bambuí definem novos rumos da negociação do pagamento do piso salarial

Servidores da educação municipal de Bambuí definem novos rumos da negociação do pagamento do piso salarial

O Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Divinópolis e da Região Centro Oeste (Sintram) realizou na última segunda-feira, 12, uma Assembleia Geral com os profissionais da educação municipal de Bambuí, para definir os próximos passos da negociação para o pagamento do piso salarial da categoria.

Em um ofício enviado ao Sintram no dia 17 de fevereiro, o prefeito de Bambuí, Olívio Teixeira comunicou que o Município não pagará o piso salarial estabelecido pelo Ministério da Educação (MEC). No comunicado, o Chefe do Executivo informou que a arrecadação municipal não tinha tido acréscimo proporcional ao reajuste feito pelo Governo Federal, e por isso não seria possível cumprir a Portaria do MEC. Ainda segundo o prefeito, o Município estava empenhado em conceder aos profissionais abarcados pelo piso salarial do magistério o reajuste dado aos demais servidores que é o IPCA-IPEAD, de 6,33%.

Durante as negociações, o Executivo enviou no dia 5 de junho, ao Sindicato o Informativo Técnico sobre a indisponibilidade de o Município conceder o reajuste de 8,62% aos professores. No documento, a Prefeitura informou que os servidores que ainda não recebem o mínimo previsto no Piso Nacional do Magistério, terão sua remuneração reajustada de forma a cumprir a Lei Municipal e Federal. O Executivo comunicou que aqueles que não recebem o mínimo estabelecido pelo Governo Federal, terão o reajuste retroativo a janeiro de 2023.

A Assembleia realizada na última segunda-feira foi comandada pela conselheira fiscal do Sintram, Amerci Teodoro, e pelo diretor de planejamento, Vantuil Alves. De acordo com a conselheira, as justificativas do Município foram apresentadas aos servidores da educação, que contestaram as informações dadas pela Prefeitura.

“Diante a situações os servidores decidiram então enviar a documentação obtida durante as negociações para análise do jurídico do Sindicato. Após essa avaliação nós marcaremos uma nova Assembleia, para que a categoria decidida se será judicializado ou não, o pagamento do piso salarial”, detalha.

PISO SALARIAL

A portaria definindo o reajuste foi publicada no dia 17 de janeiro no Diário Oficial da União, e o piso nacional dos professores subiu para R$ 4.420,55 em 2023, um reajuste de 14,95% em relação ao piso do ano passado, que era de R$ 3.845,63.

Comunicação Sintram

Reportagem: Pollyanna Martins