Autor: house

Sintram promove reunião com conselheiros do Diviprev para discutir situação da superintendente afastada

O Sintram realizou ontem (19/08) reunião com os conselheiros do Diviprev para discutir a situação do processo de afastamento da superintendente, devido à investigação do Ministério Público, por suposta fraude na contratação de serviços de advocacia.  A necessidade de convocação de uma reunião foi trazida à diretoria do Sintram, em assembleia no último dia 02 de agosto, visto que há preocupação com a saúde financeira do Diviprev, que desde o início das investigações do MP está arcando com dois cargos de superintendência, o que soma 40 mil mensais.

A diretoria do Sintram foi representada na reunião pela presidente Luciana Santos, pelo vice-presidente, Wellington Silva, pelo diretor jurídico, Antônio Leonardo, e pelo diretor financeiro e também conselheiro do Diviprev, Marco Aurélio Gomes.  A presidente Luciana Santos abriu o encontro e apresentou aos presentes a justificativa de ausência de  quatro  conselheiros, Clarissa Ferreira, Alexsandro Vasconcelos,  Anderson Oliveira e Bruno Camargos.  Luciana agradeceu a presença de todos os servidores e dos conselheiros que se dispuseram a participar da reunião.  Explicou que o objetivo do encontro, como foi acordado no início do ano, era discutir com os conselheiros os problemas que são de interesse da categoria, compartilhando as questões, no sentido de preservar o patrimônio do Diviprev.

O diretor jurídico, Antônio Leonardo, explicou que esteve em reunião com o promotor de Justiça, Gilberto Osório, acompanhando o conselheiro, Darli Salvador, na última semana, e em discussão com os advogados do setor jurídico foi concluído que cabe aos conselheiros enviar ou não a recomendação de exoneração do cargo em comissão ao Prefeito municipal, conforme prevê a Lei 126/2006, que rege o Diviprev. Neste sentido, o sindicato não irá intervir na decisão, visto que a competência de decidir sobre a questão é dos conselheiros.

AFASTAMENTO

No último dia 09 de agosto no Diário Oficial dos Municípios, o Decreto 13.415, assinado pelo prefeito Galileu Teixeira Machado (MDB), prorrogou por mais 90 dias o afastamento do cargo da superintendente investigada, que desde fevereiro não exerce suas atividades. “Em cumprimento à decisão judicial exarada nos autos do processo nº 0012037-71.2019.8.13.0223, fica afastada do cargo em comissão de Superintendente do Instituto de Previdência dos Servidores do Município de Divinópolis – DIVIPREV, pelo prazo de 90 (noventa dias) – sujeito a alterações por determinação judicial -, a servidora REJANE ALVES CAMPOS DE SOUZA, sem prejuízo de sua remuneração, conforme consta na referida ordem”, traz o texto do decreto.

DIVERGêNCIAS

Na reunião ficou claro que a maioria dos conselheiros tem muitas dúvidas sobre a situação e não há um consenso sobre se seria legal ou não sugerir a exoneração do cargo em comissão da superintendente afastada ao Executivo.

O conselheiro Darli Salvador disse que em reunião com o promotor de Justiça, Gilberto Osório,  foi dito que o caminho de esgotar as vias administrativas está correto e que caso não fosse alcançado êxito junto ao Executivo, que poderiam recorrer ao MP, que  o promotor analisaria a questão e se constatada a necessidade enviaria uma recomendação ao Executivo sobre a exoneração do cargo em comissão.  Darli Salvador citou que o parecer jurídico esclarece todas as dúvidas sobre a competência dos conselheiros e espera a nova votação do Conselho Administrativo sobe a sugestão de destituição do cargo em comissão da superintendente afastada. Frisou, mais uma vez, que não é nada pessoal e que a saúde financeira do Diviprev é a sua preocupação.

CAUTELA

O conselheiro Marco Aurélio Gomes disse que todos já estão de posse do parecer jurídico, mas que o mesmo ainda será apreciado pelos seus pares no próximo dia 21, quarta-feira, e a decisão é colegiada. Ressaltou que é preciso cautela e prudência, que a servidora afastada não foi processada e está sim sendo investigada. “Por enquanto ela está sendo investigada e se chegar ao final da investigação e ela for considerada inocente? Como nós, conselheiros, vamos ficar? A gente tem que tomar certo cuidado”, alertou. O conselheiro disse que a lei 126/2006 prevê todo um trâmite, e as situações que cabe o pedido de afastamento. Citou que deve ser respeitado o prazo de 15 dias para defesa da superintendente afastada para ser apresentado ao Conselho e que tudo isso deve ser observado e respeitado para não haver por parte dos representantes ilegalidades ou injustiças.

PARECER

O conselheiro Cássio Morais disse que é preciso ter conhecimento do parecer jurídico antes de qualquer decisão, destacou que concorda que a situação de dois cargos comissionados para a superintendência não é saudável para o patrimônio do instituto, mas que eles estão de “mãos atadas” visto que há uma determinação judicial que sustenta a manutenção dos vencimentos da superintendente afastada. Disse que os dois conselhos não se reuniram ainda, ao que foi explicado que o órgão que vota, inicialmente, sobre a questão é o Conselho Administrativo. Caso o Conselho Administrativo aprove a sugestão de exoneração do cargo em comissão da superintendente, então uma nova votação com os dois conselhos, Fiscal e Administrativo, deve ser feita, sendo necessário 2/3  dos votos para que o pedido seja por fim encaminhado ao prefeito.

Também foi ponderada na reunião pelos servidores presentes, que poderia ser verificada a legalidade do superintendente interino ser pago pela Prefeitura e não pelo Diviprev, o que seria também “uma saída” para a questão, já que é consenso que os cofres do instituto estão sendo prejudicados.

VOTAçãO

Após os debates e explanação de opiniões diversas, foi ressaltado que na próxima quarta-feira, às 18h30, a pauta deverá ser debatida no Conselho Administrativo, agora de posse do parecer jurídico emitido pela procuradoria do Diviprev. Os conselheiros presentes destacaram que os servidores interessados poderão participar da reunião como ouvintes.

Conselheiros presentes

Conselho Fiscal

Cássio Morais
Cristina Santos

Conselho Administrativo

Silas Rodrigues
Marco Aurélio Gomes
Vitor Sousa Moreira
Darli Salvador

Junta de Recursos

Mônica Batista
Hermes Fonseca
Renné Nogueira

Movimento Sindical reúne deputados para discutir projeto que prevê cortes de recursos, demissões e privatizações em Minas

A recuperação econômica do Estado de Minas Gerais passa pela adesão ao Programa de Recuperação Fiscal, lançado no primeiro semestre pelo governo federal. Entretanto, a adesão ao programa pode custar caro ao povo mineiro, já que o governo federal faz uma série de exigências. A adesão depende ainda de uma aprovação da Assembleia Legislativa, que deve aprovar, também, as contrapartidas do governo mineiro. A União condicionou a adesão de Minas, entre outras medidas, ao congelamento de salários e demissões de servidores públicos, proibição de concursos públicos, além da privatização de estatais como a Cemig, Copasa e Codemig.  Por mês, Minas paga R$ 520 milhões à União, de uma dívida total de R$ 82,7 bilhões.

Quais serão os reflexos dessas medidas para os municípios mineiros? Essa é a resposta que o Movimento Unificado de Divinópolis (MUD), que reúne 10 sindicatos atuantes na cidade, buscará no encontro marcado para esta quarta-feira (21), às 19h, no plenário da Câmara Municipal. O encontro, aberto ao público, tem por objetivo ampliar a visão política dessas medidas, com debates entre deputados situacionistas e oposicionistas. “Nosso objetivo é esclarecer ao cidadão quais serão os reflexos dessas medidas na vida do povo mineiro. O governo fala apenas da necessidade de tomar as medidas exigidas para a adesão ao programa, mas não mostra de forma clara quais serão os resultados. é o que vamos buscar nesse encontro”, esclarece o vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Divinópolis e Região Centro-Oeste (Sintram), Wellington Silva, um dos organizadores do evento.

Já está confirmada a presença do deputado Cristiano Silveira (PT). As deputadas Marília Campos (PT) e Andreia de Jesus (PSOL), por motivo de agenda não poderão comparecer, mas já confirmaram a presença de representantes. Os deputados Fábio Avelar (Avante) e Inácio Franco (PV), confirmarão presença ao encontro ainda nesta terça-feira. O deputado por Divinópolis, Cleiton Azevedo (PPS), não vai comparecer ao encontro e informou que tem outra agenda a ser cumprida na mesma data. Também está confirmada a presença da presidente da Affemg (Associação dos Fiscais de Minas Gerais), Maria Aparecida Neto Lacerda e Meloni.