Autor: Jota

Com aval da Câmara, prefeito de Pequi cria novos cargos comissionados e efetivos

Com aval da Câmara, prefeito de Pequi cria novos cargos comissionados e efetivos

Prefeito de Pequi, André Melgaço, conta com aval da Câmara para criar novos cargos
(Foto: Reprodução/Instagram)

O prefeito da cidade de Pequi, André Melgaço (Avante), vai promover alterações na Lei Complementar 01/2015, que trata das carreiras dos servidores municipais e define o quadro funcional da Prefeitura. As mudanças estão em Projetos de Lei já em tramitação na Câmara.

Além da criação de cargos efetivos, o prefeito vai criar novos setores para cargos comissionados e um centro para garantir reforço escolar aos estudantes da rede municipal de ensino.

Através do Projeto de Lei 18/2025, será criado o Centro Municipal de Intervenção Pedagógica (Cemip), que vai oferecer suporte pedagógico e multidisciplinar aos estudantes da rede municipal que apresentem deficiência de aprendizagem e também aos alunos que comprovem, através de laudo médico, que justifiquem atendimento especializado. O Cemip funcionará em dois turnos e os estudantes que precisarem do o serviço deverão ser encaminhados pelas escolas.

Para funcionamento do Centro, serão necessários nove servidores, sendo dois professores e outros profissionais, como fonoaudiólogo, psicólogo, assistente social e nutricionista. O Cemip será administrado por um coordenador, cargo comissionado que também está sendo criado.

O Projeto de Lei Complementar 06/2025, também pronto para ser votado na Câmara, cria o Setor de Projetos e Captação de Recursos na Secretaria que possui o mesmo nome. O setor será dirigido por um chefe, representando mais um cargo comissionado.

Já o projeto de Lei Complementar 04/2025, abre mais duas vagas para o cargo de secretário escolar. O cargo é de provimento efetivo e o salário é de R$ 2,2 mil.

O Projeto de Lei Complementar 05/2025 cria 10 novos cargos de provimento efetivo. São duas vagas para enfermeiros, uma para coordenador, três vagas para pedreiro e uma vaga para bombeiro hidráulico e para mecânico.

O mesmo projeto aumenta o número de vagas disponíveis em quatro cargos e diminui em um. Sobe de duas vagas para cinco o cargo de agente administrativo; de uma para quatro o cargo de auxiliar de farmácia; e de 3 para 10 vagas o cargo de enfermagem 40 horas. Por outro lado, serão reduzidas as vagas atualmente disponíveis para o cargo de auxiliar de serviços, que cairão de 55 para 30, corte de 25 vagas.

Com as alterações, o prefeito abre 32 novas vagas no quadro efetivo e corta 25. No quadro de comissionadas estão sendo criadas três vagas novas, aumentando o número dos atuais 40 para 43 cargos de livre nomeação.

Reportagem: Jotha Lee
Sintram Comunicação

Moraes libera acesso público a vídeos e áudios de delação de Mauro Cid

Moraes libera acesso público a vídeos e áudios de delação de Mauro Cid

Delação de Mauro Cid foi fundamental na denúncia contra golpistas (Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil)

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), disponibilizou nesta quinta-feira (20) o acesso público a todo material em vídeo e áudio que foi captado durante os depoimentos do tenente-coronel Mauro Cid, que fechou acordo de colaboração premiada com a Justiça e revelou detalhes sobre um plano de golpe tramado na cúpula do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.

A transcrição dos depoimentos, todos colhidos em ao menos cinco dias no ano passado, já havia sido liberada nesta quarta-feira (19) pelo ministro, que é relator da investigação sobre a trama golpista.

A delação de Cid, que foi ajudante de ordens e trabalhou ao lado de Bolsonaro durante todo seu mandato, serviu de base para a denúncia apresentada na terça (18) em que o procurador-geral da Republica, Paulo Gonet, acusou o ex-presidente e o próprio Cid, além de outras 32 pessoas, pelos crimes de tentativa de golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

Bolsonaro ainda foi denunciado como líder de uma organização criminosa armada, formada em grande parte por militares da reserva e da ativa, que estaria preparada para romper a ordem constitucional e usar a violência para manter o ex-presidente no poder.

Outros crimes imputados aos denunciados foram os de dano qualificado, agravado pelo uso de violência e grave ameaça ao patrimônio da União, e a deterioração de patrimônio tombado. Estes ilícitos estão relacionados aos ataques de 8 de janeiro de 2023, quando apoiadores de Bolsonaro invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes, em Brasília.

Cid fechou o acordo de delação premiada em setembro de 2023, diretamente o delegado de Polícia Federal (PF), quando já estava há pelos menos cinco meses preso preventivamente, sob suspeita de participação numa tentativa de acobertar o caso do desvio de joias sauditas do acervo presidencial.

TERMOS

Os termos do acordo também foram tornados públicos por Moraes. Em troca de revelar detalhes sobre diferentes linhas de investigação que tinham Bolsonaro como alvo, Cid pediu o perdão judicial pelos próprios crimes ou, se não fosse possível, que pegasse uma pena de, no máximo, dois anos de prisão.

O tenente-coronel também pediu que os benefícios fossem estendidos a seu pai, o general Mauro Lourena Cid, bem como a sua esposa e filha. Ele solicitou ainda proteção a sua família, o que foi concedido pela PF.

Ao pedir no máximo dois anos de prisão caso seja condenado, Cid buscou evitar de uma representação por indignidade e incompatibilidade. De acordo com a Constituição (artigo 142, § 3°, incisos VI e VII), esse tipo de ação deve ser aberta no Superior Tribunal Militar (STM), obrigatoriamente, se o oficial receber pena privativa de liberdade superior a dois anos, seja na Justiça comum ou militar, pela condenação por qualquer crime. A sanção prevista é a perda de todas as patentes e seus respectivos soldos.

Com Agência Brasil