Autor: Jota

Mulheres são minoria nos cargos públicos de confiança com salários mais altos em Minas Gerais

Mulheres são minoria nos cargos públicos de confiança com salários mais altos em Minas Gerais

Mulheres ainda são minoria em cargos comissionados com remuneração acima de R$ 10 mil no serviço público em Minas Gerais. Esse foi o resultado de um estudo realizado pelo Tribunal de Contas de Minas Gerais com objetivo de avaliar a participação feminina em cargos de gestão e assessoramento no governo estadual e em prefeituras mineiras.

Enquanto as mulheres são maioria (70%) nos cargos de recrutamento amplo, com salários de até R$ 5 mil no Estado, elas são minoria nos cargos acima de R$ 10 mil (42%) e de R$ 20 mil (44%). Nas prefeituras, o cenário se repete. Nos cargos de livre nomeação com remuneração de até R$ 5 mil, 57% são mulheres. Já nos cargos com salários acima de R$ 10 mil, apenas 43% são ocupados por elas.

A realidade é ainda mais destoante no recrutamento restrito, cargos em comissão que são ocupados apenas por servidores concursados. No governo estadual, 58% são mulheres, quando a remuneração é de até R$ 5mil. Nos cargos com salários acima de R$ 10 mil, apenas 33% são ocupados por mulheres. Nas prefeituras, mulheres estão em 65% dos cargos de até R$ 5mil, ocupando apenas 23% dos cargos com vencimentos acima de R$ 20 mil.

De acordo com o diretor de Inteligência do TCE, Pedro Henrique Azevedo,  “embora o ingresso na Administração Pública se dê de forma neutra, por meio de concurso público, independentemente do gênero, é fato que, uma vez empossados, os homens ainda tendem a ocupar, em maior número, os cargos de gestão, no caso do recrutamento restrito. A mesma desigualdade foi observada nos casos de recrutamento amplo”.

SUGESTÕES

Para o diretor-geral do TCEMG, Gustavo Vidigal, “o relatório destaca a persistência das desigualdades salariais e as dificuldades de ascensão profissional para as mulheres, apesar dos avanços alcançados”. Ele ressalta que foram sugeridas medidas como “a revisão de políticas de recrutamento, estudos aprofundados sobre as causas das desigualdades, programas de capacitação para mulheres em cargos de liderança e a promoção da conscientização social”.

No relatório, o Tribunal de Contas sugere medidas que podem ser tomadas pelo Poder Público para garantir acesso igualitário aos cargos em comissão.

– Instituir ou revisar políticas de recrutamento e seleção para cargos comissionados, garantindo que os processos sejam justos e igualitários, com critérios transparentes, a fim de promover maior equidade salarial, especialmente nas faixas salariais mais altas;

– Realizar estudos mais aprofundados sobre as variáveis que influenciam as desigualdades salariais, como formação, experiência e tempo de serviço, para compreender melhor as causas dessas disparidades;

– Desenvolver programas de capacitação para o empoderamento das mulheres em cargos de liderança na administração pública, além de fortalecer políticas públicas que incentivem a paridade salarial;

– Promover a conscientização social, incentivando a sociedade a se manter vigilante em relação aos debates sobre igualdade de gênero e ao combate a formas de discriminação.

Com informações do TCE

Dengue: Brasil ultrapassa meio milhão de casos prováveis este ano

Dengue: Brasil ultrapassa meio milhão de casos prováveis este ano

De janeiro a março deste ano, o Brasil registrou 502.317 casos prováveis de dengue. Durante o período, foram confirmadas 235 mortes pela doença, enquanto 491 óbitos permanecem em investigação. O coeficiente de incidência no país, neste momento, é de 236,3 casos de dengue para cada 100 mil habitantes.

Os dados são do Painel de Monitoramento das Arboviroses, do Ministério da Saúde. De acordo com a plataforma, 55% dos casos prováveis de dengue registrados este ano foram entre mulheres e 45%, entre homens. As faixas etárias que mais concentram casos são de 20 a 29 anos, de 30 a 39 anos e de 40 a 49 anos.

São Paulo lidera o ranking de estados, com 291.423 casos prováveis. Em seguida estão Minas Gerais (57.348), Paraná (31.786) e Goiás (27.081). Em relação ao coeficiente de incidência, o Acre aparece em primeiro lugar, com 760,9 casos para cada 100 mil habitantes, seguido por São Paulo (633,9), Mato Grosso (470,2) e Goiás (368,4).

Com Agência Brasil