Mais de 60 pacientes continuam internados na UPA a espera de uma vaga hospitalar
(Foto: Jotha Lee/Sintram)
O aumento expressivo de doenças respiratórias em Divinópolis provocou, mais uma vez, o colapso no atendimento da UPA Padre Roberto na tarde desta quarta-feira (28). A situação atingiu tamanha gravidade, que no final do dia a Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) expediu uma nota informando que o atendimento na unidade estava lento e com atrasos. De acordo com a nota, o colapso foi provocado pelo “volume de pacientes superior ao habitual, muito ligado ao aumento expressivo de doenças respiratórias na cidade, o que tem ocasionado lentidão nos atendimentos, especialmente nos casos classificados como de menor gravidade”.
Ainda de acordo com a Semusa, o aumento na procura por assistência médica tem pressionado a capacidade operacional da equipe de plantão na UPA. Informou que ao final desta quarta-feira, a unidade atingiu uma taxa de ocupação de 150%, incluindo pacientes que aguardam vaga de transferência hospitalar e também em observação. As 18h desta quarta-feira (28), 55 pessoas aguardavam vagas de transferência hospitalar, sendo seis crianças e 49 adultos. Já nesta quinta-feira (29), de acordo com a assessoria de Imprensa da administração da UPA, subiu para 63 o número de pacientes internados na unidade a espera de uma vaga na rede hospitalar.
A Semusa esclareceu que “conforme protocolo do Ministério da Saúde, os pacientes são acolhidos por meio da classificação de risco, em que situações graves e emergenciais têm prioridade. Assim, usuários que apresentam sintomas leves ou quadros clínicos que não oferecem risco imediato à vida podem aguardar por mais tempo até serem atendidos”.
Para agilizar o quadro de atendimento diante da superlotação nesta quarta-feira, a administração da UPA disponibilizou quatro médicos generalista na porta para atender simultaneamente aos pacientes e dois para atendimento pediátrico nesta mesma condição.
PLANO EMERGENCIAL
No último dia 15 foi colocado em prática um plano emergencial em razão do aumento das doenças respiratórias. O plano foi estabelecido após uma reunião da qual participaram a vice-prefeita Janete Aparecida (Avante), a secretária municipal de Saúde, Sheila Salvino, o secretário executivo do Consórcio Intermunicipal responsável pela administração da UPA, José Márcio Zanardi, além de outras autoridades. Entre as medidas adotadas, o uso de máscara nas dependências da UPA passou a ser obrigatório.
A Semusa orientou que a população procure as unidade de Estratégias de Saúde da Família (ESF) da região onde mora para o tratamento de condições leves, como dores de cabeça, viroses, alergias, sintomas gripais leves, entre outros, para desafogar o atendimento na UPA. “Essa atitude consciente contribui para o melhor funcionamento da rede e garante que os casos graves sejam atendidos com maior agilidade”, frisou a Secretaria.
Reportagem: Jotha Lee
Sintram Comunicação
- Essa reportagem foi revisada as 16h25 para atualizar o número de pacientes internados na UPA a espera de vaga hospitalar