Associação dos Deficientes Físicos se manifesta e repudia tentativas de envolver a entidade em crime sexual

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O presidente da Associação dos Deficientes Físicos do Oeste de Minas (Adefom) se manifestou nesta terça-feira (21) sobre a tentativa de envolvimento da entidade a crimes sexuais cometidos contra menores por um ex-coordenador e ex-conselheiro da associação. Os crimes só foram revelados há 30 dias, quando veio a público a condenação de MHO, 74 anos, que teria abusado de três crianças.

MHO foi condenado a 60 anos de prisão pelo juiz de primeira instância Ivan Pacheco de Castro, da 1ª Vara Criminal de Divinópolis. O processo correu em segredo de justiça e a condenação veio a público através do pai das vítimas, que foi a fonte de notícias de um veículo digital da cidade.

Segundo as informações publicadas por parte da imprensa da cidade, os abusos ocorreram na casa da avó das três vítimas, com quem o acusado era casado. Os abusos teriam ocorrido quando as vítimas tinham um e quatro anos. Hoje elas estão com 15 e 22 anos. Os abusos foram descobertos em 2022.

A ADEFOM

De acordo com nota divulgada nesta terça-feira “a Adefom e seus diretores só ficaram sabendo do processo que envolve um de seus associados, por causa da matéria veiculada no Jornal Agora datada de 18 de janeiro de 2025”. A Adefom afirma que a reportagem citou “a instituição de forma arbitrária no intuito de dar notoriedade e alavancar a matéria, por ser a Adefom uma instituição de grande relevância e história na região Centro Oeste”.

O presidente da Adefom denuncia, ainda, que diretores da entidade foram assediados por um outro veículo de imprensa, que os acusou de “conivência” com os eventos envolvendo MHO. Diz ainda que reportagem publicada no dia 20 acusou a entidade de “omissão e descaso”, mesmo sabendo que a Adefom, seus diretores e trabalhadores “não tinham o menor conhecimento dos termos da denúncia, visto que a Adefom não é parte no processo”.

Na nota, a entidade afirma que é preciso que se faça justiça. “A Adefom repudia veementemente toda e qualquer violência cometida contra crianças e adolescentes, neste caso em especial a violência noticiada pelos veículos de informação on-line de Divinópolis que envolvem o ex-coordenador MHO. A Adefom se solidariza na dor e sofrimento das menores e de suas famílias e pede que o Estado aplique o devido rigor da lei para que a justiça seja feita”.

Sobre o ex-coordenador, a Adefom apresentou as seguintes explicações:

1 – O acusado M.H.O. nunca atendeu crianças na Adefom, seu trabalho voluntário sempre foi no atendimento de adultos e participação nas inúmeras ações desenvolvidas pela instituição, assim como outros inúmeros voluntários, além disso nos últimos anos, face a idade e questões de saúde, este foi se afastando cada vez mais dos trabalhos voluntários.

2 – Fato é que a violência ora denunciada ocorria na residência deste, conforme matérias noticiadas e relato do Pai das menores, sendo que a Adefom desconhece todas as partes envolvidas, não sendo estas associadas a Adefom.

3 – Os atendimentos feitos aos menores/crianças na Adefom são realizados exclusivamente por profissionais qualificados com a devida supervisão dos pais que tem a liberdade de estar sempre com seus filhos assistidos, pois a habilitação e a reabilitação passam pela participação, presença física e empenho das famílias dos atendidos na Adefom. O que reflete a seriedade da Instituição, bem como o seu comprometimento com a transparência e a proteção dos envolvidos em todas as suas ações.

A entidade termina a nota reafirmando o “compromisso com a transparência e com a justiça. Confiamos que as medidas cabíveis serão aplicadas com o rigor necessário. A Adefom permanece firme em sua missão de promover a inclusão social, garantir direitos e oferecer suporte às pessoas com deficiência e suas famílias”.

A Associação dos Deficientes Físicos do Oeste de Minas foi fundada em 1982. Ao completar 43 anos em 2025, a entidade contabiliza dezenas de conquistas que transformaram a vida de centenas pessoas com deficiência e mudaram a vida de muitas famílias. Transformada em entidade de utilidade pública em 1983, através da Lei Municipal 1.935, a Adefom é uma das principais entidades do terceiro setor que promove inclusão e qualidade de vida para dezenas de cidadãos, entre crianças, jovens e adultos.

Leia a íntegra da nota da Adefom

Reportagem: Jotha Lee
Sintram Comunicação


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