Foi realizada ontem (03/10), no auditório do Sintram, assembleia para eleger comissão representativa dos servidores de Divinópolis, a qual será responsável juntamente com a diretoria do Sintram por elaborar uma contraproposta ao Projeto de Lei EM 50/2019. O projeto que já está em tramitação na Câmara Municipal, de autoria do Executivo Municipal, pretende diminuir o atual teto das Requisições de Pequeno Valor – RPV, que é de R$ 29.940,00 (30 salários mínimos &ndash, art. 87 do ADCT) para R$ 5.839,45 (teto dos benefícios do INSS).
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A presidente do Sintram, Luciana Santos, abriu os trabalhos da assembleia dando as boas-vindas aos servidores e destacando a importância da convocação e o papel da Comissão Eleita no sentido de evitar prejuízos aos servidores que tem ações na Justiça e à,queles que venham a ingressar. , Na sequência, a palavra foi repassada ao advogado do Sintram, José Maria Marques, que explicou a diferença entre as Requisições de Pequeno Valor-RPVs e os Precatórios e o que a mudança proposta pelo projeto irá prejudicar os trabalhadores. &ldquo,Esse assunto diz respeito não só aos servidores porque isso é qualquer pessoa, que tiver valores para receber do município, terá problema, vai sofrer as conseqü,ências deste projeto de lei, que está tramitando na Câmara&rdquo,, alertou Marques.
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Simplificando o assunto, o advogado disse que, na prática, todo pagamento judicial que o município faz, ou seja, , toda condenação judicial, existem duas formas para , a administração quitar essa obrigação. Uma forma é a Requisição de Pequeno Valor – RPV, a qual o teto hoje é de R$ 29.940,00, equivalente a 30 salários mínimos. &ldquo,Isso significa que se processo judicial render, digamos você ganhar até R$ 29.940,00 a forma de receber é através da RPV. E a RPV ela tem uma tramitação muito mais rápida que o precatório. A RPV depois que o processo acabou, aí nós apuramos o valor, apurado o valor e homologado, aí se for até R$ 29.940,00, como é hoje, o município é notificado a pagar dentro de dois meses, sob pena de multa e seqü,estro dos valores&rdquo,, explicou o advogado.
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PRECATóRIOS
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Na sequência, o advogado explicou que a Prefeitura quer com a aprovação do projeto de lei diminuir o teto das RPVs passando para R$ 5.839,45 (teto de benefícios do INSS). &ldquo,O projeto de lei que está na Câmara estabelece o valor da RPV no valor máximo do benefício da previdência. Isso significa que quem tem, por exemplo, R$ 10 mil para receber, não irá receber dentro de dois meses, vai ter que receber através de precatórios&rdquo,, disse.
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Os precatórios, segundo o advogado, têm uma sistemática legal mais complexa, uma vez que os valores são considerados &ldquo,maiores&rdquo,, o que, em síntese, , gera uma longa espera até o recebimento da dívida. Além disso, os municípios hoje têm um volume considerável de precatórios para pagar, o que somado a crise do estado, alguns gestores muitas vezes não cumprem essa exigência no prazo estipulado, adiando a dívida por anos, fazendo novos acordos judiciais com longos parcelamentos da dívida. &ldquo,Existe uma cultura que precatório pode atrasar&rdquo,, disse o advogado, citando que o Jurídico do Sindicato tem precatórios que venceram em 2014. A legislação atual determina que o município deve , pagar até 2024 os precatórios existentes hoje.
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O advogado alertou que atualmente a dívida de Divinópolis com precatórios ultrapassa os R$ 10 milhões e que essa redução no teto das RPVs irá prejudicar a categoria – que não tem grandes indenizações a receber em suas ações, a grande maioria é menos de 30 salários mínimos – e o próprio município já que o volume do orçamento comprometido com precatórios será , muito maior. , &ldquo,Quando mais baixo for o valor do teto das RPVs, mais acúmulo de dívida em precatório, vai crescer muito essa dívida e isso não é interessante para o município&rdquo,, disse.
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COMISSãO DE SERVIDORES
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Após a explicação do advogado, alguns servidores puderam esclarecer suas dúvidas e foi então eleita a Comissão que irá discutir uma contraproposta ao projeto. Foram eleitas as seguintes servidoras: Alair Azevedo, Karla de Fatima, Rosana Maria Morais e Zilma Alves. Já na próxima semana será agendada a primeira reunião do grupo para discutir o projeto.
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Reportagem: Flávia Brandão
Comunicação Sintram  ,