A Agente Comunitária de Saúde (ACS), Edivalda Lopes foi atacada por um cachorro da raça pitbull, nessa quinta-feira, 13, enquanto tentava fazer uma visita domiciliar na comunidade do Choro, em Divinópolis. De acordo com a agente, por volta de 12h40, ela chegou à residência, para fazer o seu trabalho, e chamou pelos proprietários da residência no portão, porém como não houve resposta, ela abriu o portão e entrou em busca dos donos da casa, como é feito habitualmente.
Ainda segundo Edivalda, logo após entrar na residência, o cão que estava solto a atacou. A agente relata que não viu o animal se aproximando, e que foi surpreendida pelo ataque.
“Ele se soltou, e os donos não tinham visto. Ele já veio, pulou em mim, e eu coloquei o braço na frente para me defender. Os donos da casa me ajudaram, me deram socorro e me levaram para atendimento na Unidade de Pronto Atendimento (UPA 24h)”, conta.
Conforme informou a ACS, durante o atendimento médico foi preciso dar um ponto em seu braço devido à gravidade do ferimento. Edivalda revela ainda, que esta não é a primeira situação de risco que ela enfrenta.
“Os donos do cachorro me deram total assistência, me levaram na UPA, me auxiliaram com tudo. Eu sou agente de saúde há 23 anos e essa não é a primeira situação de risco que enfrento. Um homem já me perseguiu, já corri de cachorro em outras vezes, mas nunca tinha sido atacada, essa foi a primeira vez, já corri de vaca. A realidade que os agentes enfrentam não é fácil. Nós enfrentamos vários riscos diariamente”, relata.
A diretora de formação sindical, Irislaine Duarte lamenta o ocorrido com a profissional, e destaca que é preciso valorizar a categoria.
“Muita gente não sabe, mas os agentes de saúde são peça chave para o funcionamento do Sistema Único de Saúde (SUS), porque eles estão lá na ponta. Eles que trazem os recursos para o município, que conhecem a realidade. É muito triste ver colegas passando por isso, e a Prefeitura se negar a pagar insalubridade para alguns profissionais, se negar a pagar o piso para a categoria, que é o mínimo, que é nosso por direito, que está la na Constituição Federal. É preciso que a população saiba que sem o agente de saúde não tem recurso, não tem SUS”, ressalta.
Reportagem: Pollyanna Martins
Comunicação Sintram